Dia 16 – Dia de Omulú.

o Teat(r)o Oficina faz 59 anos em Plena  Pandemía y Comemora Hoje às 18h com a Encenação Dirigida por Marcelo Drummond para a Internet “O Bailado do Deus Morto” do Grande Artista da Pintura, Arquitetura, Literatura,

Performance:  Flávio de Carvalho.

O 1º Teatro Oficina teve a pedra fundamental do Prédio Batizada por uma Garrafa de Champagne quebrada no cimento pela Atriz Maior do Teatro Brasileiro Cacilda Becker. Com o impacto cai uma estátua de São Jorge, q se espatifa y liberta o Cavalo do Cavalheiro São Jorge.

Criado pelo Arquitetura de Joaquim Guedes, Duas Platéias confrontando-se em Duas Arquibancadas, batizado “Teatro Sanduíche”. Com possibilidade de Cenografia nas Paredes Laterais y com pé direito Alto  no Centro sempre com Estruturas vazadas. Foi custeado por venda de “Cadeiras Cativas” sobretudo à Comunidade Israelita de São Paulo, pela atriz Etty Frazer onde havia sido o Teatro Espírita Mesa Branca “Novos Comediantes”. A Companhía tinha Eugenio Kusnet ator q havia trabalho com Stanislaviski na Ópera de Moscou, depois no Brasil no TBC atuando y encontrando-se com um Elenco estudioso y Praticante de Laboratórios de Interpretação do  Método de Stanislawiski: Renato Borghi, Célia Helena, Fauzi Arap, Jairo Arco e Flexa, Etty Frazer, Chico Martins, Fuad Jorge, Ronaldo Daniel .Estreou no  dia 16 de Agosto de 1961 “A Vida Impressa em Dolar” (“Awake and Sing”) de Clifford Odets. Peça criada pelo “Group Theater”.

Inteiramente dedicado ao Método, q iria dar lugar ao “Actors Studio”.   A Peça emplacou y Fauzi Arap recebeu da Associação de Críticos de SP o prêmio de Melhor Ator Coadjuvante y coube a mim o de Revelação como Diretor.

O Maior sucesso foi “Pequenos Burgueses” de Máximo Gorki, encenada mais de 1.000 vezes dentro y fora do

Oficina. A Peça foi interpretada pela Juventude da Época como um Suicídio do ser “Pequeno Burguês” transfigurando-se em um Revolucionário.

Veio o Golpe Civil Militar de 1964. A Peça saiu de Cartaz y a direção do Teatro ficou com a Atriz Itala Nandi. Foi montada “Toda Donzela tem um Pai q é uma Féra” de Gláucio Gil, uma Comédia com o já famoso Tarcísio Meira,

Cláudio Marzo, Miriam Mehler, Lílian Lemmertz, Itala Nandi, Eugenio Kusnet. O $ucesso da peça permitiu q fosse dado dinheiro pra muitas atrizes y atores q tiveram d fugir, não só os do Oficina.

“Todo Anjo é Terrível” com Madame Morineau, Renato Borghi y Ronaldo Daniel, de Thomas Wolfe “Um Bonde Chamado Desejo” de Tennessee Williams com Maria Fernanda, Mauro Mendonça, Célia Helena y “Andorra” de Max Frisch com Renato Borghi, Miriam Mehler tiveram Cenografías Suntuosas do Arquiteto Cenógrafo Flávio Império, ocuparam todo Espaço Verticalmente o y Espaço Central Vazado, com Cenários em Carrinhos móveis laterais, com Desenhos de  Luz q se revelavam Atrás das Paredes Brancas .

Em 31 de Maio de 1966 o Teatro Oficina foi incendiado pelo CCC. Nesta Época todos os Teatros e SP passaram a ser assim ameaçados. Houve um Grande apoio da Classe Teatral, das Instituições Culturais. Em mais ou menos um ano o novo Teatro Oficina dos Arquitetos Flavio Império y Rodrigo Levére foi construído com Palco Giratório Elétrico, Porta de Entrada dos Bastidores Altas pra entrada fácil de Bonecos de “Galileu Galilei” de Brecht mas quem  levou a inauguração foi Oswald de Andrade com seu “O Rei da Vela” em 29 de Setembro de 1967. Partimos pra um Excursão para Europa, fizemos a Itália, Nancy na França y Paris, aí aconteceu o Maio de 68 y Interrompemos a Turnê , Vivemos a Revolução y retornamos ao Brasíl. A Tropicália na Musica, nas Artes Plásticas, no Cinema foi tocada pela Antropofagía, isto é, pela Perspectiva Indígena y da Cultura Negra Africana. “Roda Viva”, de Chico, dirigí no impulso q recebí do Teat(r)o Oficína recebendo um Côro Rheal q criou o Espetáculo y depois se juntou aos Protagonistas do Oficina em “Galileu Galilei” do Velho Brecht, y talvez num dos melhores espetáculos deste Teatro: “Na Selva das Cidades”, do Jovem Brecht. Nesta Peça a 1ª Realizada com a Arquiteta Lina Bardi, com Protagonização de Renato Borhi, Itala Nandi, Othon Bastos y o Côros-asas entranhas da Cena Ocidental foram penetradas y postas literalmente no chão, chegamos á tirar todas as Camadas q cobriam y redescobríam a Terra da Jaceguay 520. O Bairro do Bixiga Foi dividido em 2 pelo Minhocão. Lina Bardi dizia: esta é a Terra de “Os Sertões”. Ela pegava Lixo Urbano expelido pelo Minhocão em frente do Oficina y trazia pra Cena, com uma Maquina q Vomitava cimento .Gilberto Gil fez a “música” “A Cultura , a Civilização, Elas q danem, ou não..”   

Viajamos depois pelas Capitais do Brasil com nossos Grandes espetáculos: “Pequenos Burgueses”, “Galileu Galilei y “O REI DA VELA” y por vilazinhas  do interior, depois de um Mês concentrados na Comunidade q morávamos y no próprio Oficina fechado pra Criarmos, depois do Ai 5, um Trabalho Novo:  “ReVolição: Lição de Voltar á Querer”.  Era a Era da Tortura, estávamos muito temerosos, com razão. Então partimos pra uma Criação Coletiva através de uma auto penetração coletiva em cada um de nós , por nós todos pra descobrimos como levantar da porrada do Ai5. Descobrimos o Silêncio como forma de atuação.

Mandamos pra Censura um Calhamaço, mas a Criação Nova caminhou nos silêncios do inconsciente do terreiro teatral com poucas phalas, y muita ação com o Povo q vinha atuar conosco. Começamos aplicando o Trabalho Novo na UNB-Universidade de Brasília enquanto no Teatro Nacional fazíamos 3 sessões aos sábados de “Pequenos Burgueses”. Ficamos uma Semana em Brasília alojados na Universidade. Cada um de nós na morada de um Estudante. Nos Encontrávamos numa Sala com estudantes q faziam um movimento clandestino y nos orientávam. Caminhando sempre em Silêncio por todo Espaço do Campus, A Repressão era enorme, era proibido se  falar no Refeitório. Combinamos  q cada um de nós, no almoço de cada día, ocupasse uma mesa diferente y  fizéssemos as mesmas perguntas nas diferentes mesas q sentássemos.

No dia da apresentação era colocado um cartaz pequeno anunciando o Te-Ato q farímos em tal local, no horário de uma tarde. Nossas caminhadas silenciosas descobrindo os significados dos Espaços Subterrâneos, No Rés do Chão, Acima…foi nossa divulgação.

Na tarde do  dia marcado , fomos pro Mato, nos concentrar em silêncio. Nos maquiamos com a Terra de Brasília y fomos caminhando, vimos 7 nuvens no Céu. Nosso Trabalho era em 7 Partes. O Cosmos , nos InsPiráva.
Chegando numa espécie de Anfiteatro colocamo-nos num Paredão onde em silêncio vibrávamos com o Espaço Lotado de pessoas nas Galerias com os Pés balançando.

Era tão forte a energia q emanava q meus braços levantavam-se sem q eu os comandasse. Começamos com um Jogo de Bastões: Há muitos Objetos em um Só Objeto, mas o objetivo é um só: tocar o inimigo. Na passagem dos bastões cada um de nós numa Rampa, passava pro outro o bastão com um significado. Se ocorresse um erro no meio desta passagem, recomeçávamos, tudo voltava ao começo. A Primeira Cena foi sobre a Catatonía, q o Ai5 tinha vuduzado, neutralizado grande parte da Juventude. Depois passamos á Aula Esquizofrenía. Cada um de nós sentados diante de um Repolho, materializando o Cérebro de cada um de nós. Uma dupla de costa presa pelos braços vivia a contradição da nossa juventude da Esquizofrenía. Dois Corpos de Costa um pro Outro, presos pelos braços enlaçados, Um se esforçava pra ir á Luta Armada, agitava-se pra se libertar com gestos fortes de guerreiro, mas outro em oposição relaxava-se pra atingir o chão. Queria o Desbunde.

Um Esquizofrênico se libertava da Aula, se rebelava. Era Amarrado á um Pilar, com a Camisa de Força. O Professor diante da situação aconselhava á todos fazer uma Lobotomia, pra nos apaziguarmos. Essa Operação consistia em separar com um instrumento cortante, o Cérebro Frontal da Memória Arcaica. Pra se encontrar alivio nessa operação muito em voga no momento:

no Manicômio Pinél na Zona  Sul do Rio de Janeiro: a  LOBOTOMÍA. Essa Operação  nos livraría da Angustía, dos Tormentos y  viveríamos como achávamos na época o q eram os  Vegetais. Vem o Momento de Decisão:

perguntamos aos muitos presentes se optariam pela Lobotomía então operaríamos nossos Cerebros Repolhos y o Ato terminaría naquele instante.

 Os estudantes de Cinema nos Filmavam. Havia uma indecisão mas a maioría respirava conosco y não quis parar neste Impasse. Caminhamos então com todos em silêncio pra um andar superior onde dançamos Frenéticamente com muitos Corpos na Violência da  Alegria. Depois caminhávamos pro Subterrâneo. Quando a Cobra Grande começou a sair de baixo da Terra já começava anoitecer. Fomos com o Bastão até um determinado lugar. A Terra estava muito sêca conde escolhemos deixar o Bastão enterrado.

Estava escuro, os Faróis de alguns carros iluminavam. Topando com a Terra sêca conseguimos pelos esforços d muitos ir enterrando o Bastão. Todo o Povo estava concentrado neste movimento. Nós saímos na Moita y fomos pra Goiânia, onde fizemos um Trabalho num Centro Acadêmico. Sem dizer nada. Arrancamos todos os muitos cartazes, imagens empetecando as paredes. Estudantes acabaram fazendo o mesmo. No dia seguinte montamos “Pequenos Burgueses” num Teatro, depois de todos nós comungarmos mescalinas. A Peça ganhava um sentido inimaginável. A Luz era feita por um de nós.,Um jovem cineasta já famoso: Rogério Noel. Q em todos seu filmes não usava iluminação artificial, mesmo nos interiores. Fazia a Luz viajando conosco. Qualquer ação interior q esboçássemos, Rogério fazia sentir na Iluminação. Foi assim toda a Viagem. Fomos pra Bahía, onde fizemos uma Entrevista com os Jornalistas de Salvador, numa Casa enorme q alugamos no Rio Vermelho. Invertemos a Entrevista y passamos á Entrevistar os Entrevistadores. Fizemos as Três Peças no Imenso Teatro Castro Alves, Lotado. Em “O Rei da Vela” no 2º Ato, quando João dos Divãs fala pra Tia Reaça Dona Poloca,  “Já fez  69?” O Teatro Lotado  levantou-se y aplaudiu uns 10 minutos?!

Da Bahía fomos a Recife no Teatro Santa Isabel. Meses antes Gregório Bezerra um Líder Político muito Popular y Amado havia sido arrastado pela Cidade, só de cuecas, sangrando arrastado pelas ruas por Militares. Nossa Estreia de Galileu Galilei , foi grátis. Eu fazia Galileu, nas ruas, arrastado como Gregório. E a Multidão me acompanhando, intervindo, lutando com os q faziam os Policiais, mas entramos com todo aquele povo no Teatro y Fizemos a Peça q aconteceu  inspirada pelo TeAto q fomos re-descobrindo com o Trabalho Novo.

Com o dinheiro da Bilhetería,  nós comprávamos tempo pra nos embrenharmos pelo Sertão. Antes passamos pela “Fazenda Nova” Lugar onde se encena todo ano a Paixão de Cristo. Díva Pacheco, uma bela Galega do Clã q faz Teatro há muitas Gerações no Lugar  nos recebeu y nos instalou nos Cenários dos Acontecimentos da Semana Santa.

Fizemos no Teatro com a Mesa da Santa Ceia “Pequenos Burgueses”. Em Manda Saia um dos muitos lugares q fomos, como em todos, nos concentrávamos no Mato, Num Lugar perto… um de nós ia ao lugar onde atuaríamos pra saber o q era teatral fazermos. Lá em Manda Saia, o Lugar era separado da Terra por um Rio. Tinha-se q se descalçar pra atravessar o Rio, pra se chegar na Vilazinha Habitada.

Entramos em silêncio no local, atravessando o Rio y fomos pro Cemitério .Lá ficamos. O Povo foi chegando. Não dizíamos nada. Fomos caminhando improvisando uma canção.

“Uma Ponte de Pédra,

 entre nós y o povo inteiro.

Ela Chama, Ela Chama

Antônio, Antônio  Conselheiro”

Y fomos levando pedras pro Rio. Renato Borghi foi ficando irritado y contratou um Caminhão y encheu de Pédras. Acabamos entupindo o Rio, Hoje me lembrando, acho ridículo, tanto q nem vou contar os outros TeAtos q fizemos, nos Sertões y em Natal, no Maranhão. Pará, Manaus….Vou voltar rápido pro Oficina. Mas muita coisa estranha de um ridículo grandioso ou medíocre aconteceu. Até escrevermos “Gracias Señor”. Mandamos pra Censura com Palavras q jamais seriam pronunciadas. Pois o Espetáculo era em Silêncio, com pouquíssimas palavras. Começou no Rio, depois foi pra SP, no local onde havia sido feito a montagem de “O Balcão” do grande diretor portenho, de sucesso internacional: o pequenino Vitor García. Ele criou um Cone Imenso em Espiral onde ficava suspenso o Publico y os Atores y Atrizes  atuavam no Centro em Guindastes. O Coro da peça galgava a monumental criação, diante das entidades da Peça, O Bispo, O Policial, as Donas do Bordel q imitavam a Rainha, o Juiz. Fui com Lina Bardi ver o Lugar depois de arrancado o Imenso Cone. Parecía uma Boca Enorme sem Dentes.

Lina adorou y criou uma Camisa de Força imensa q depois se transformava numa Vela de Navegação pra Serafim Ponte Grande. Daí fomos pro Oficina. Com a Censura e a Polícia sempre em nossa Cola. A Polícia achava q tínhamos aprendido hipnotismo na China por q o Povo todo q ia, atuava conosco. A Polícia publicou nos principais jornais do Brasil um texto imenso : “Como Êles Agem” em q descreviam as técnicas Chinesas de nossas peças q levavam todos espectadores á atuar conosco. Numa Guerra entra a Censura de SamPã y a Polícia de Brasília, 40 censores foram ver a peça no Oficina. Todo o Público o presente atuou na Espetáculo.

Mais q nunca, desejavam proibir a Peça. Mas Brasília queria estudar nossas táticas y estratégias. Sai da peça pra organizar uma Grande Viagem pela América Latina até as Universidades Americanas.

O nome do Projeto era UTROPÍA. Estava ainda em Porto Alegre de onde sairíamos pra Viagem quando a Peça foi Proibida. Voltei à SamPã y criamos a “Casa de Transas” às 2ª feiras. Hericão, Ator Lindo tipo jogador de Voley, de 2 metros de altura, juntou os Grupos de Rock q começavam a se formar na Cidade. Criou o Grupo URUBÚ ROXO formado nas Madrugadas em q juntava todos os Grupos q haviam se  apresentado y instaurava com sua Liderança um só Corpo, onde ele Dançava possesso, se atirando no Chão dançados ferozmente y cantando o repertório do URUBÚ. Luis Antonio Martinez Corrêa estava nos Porões do Oficina fazendo : “O Casamento do Pequeno Burguês” do Jovem Brecht, com imenso sucesso. Passa a Ocupar o Palco do Teatro Oficina. No Espetáculo um Grupo de Meninas lindas Faziam “AS CORISTAS DO INFERNO”. Elas eram as Garçonétes do “REVOLISOM”, como era chamada as Sessões de Rock. Elas Vestidas com seus Trajes de Cena, com suas Pernas com Meia Arrastão em Saltos Muito Altos, traziam seu tabuleiro colocado no Pescoço onde Vendiam Comida Macrobiótica, Mescalinas y Ácidos. Me lembro q tinham nomes estranhos y convidativos. Me vem à Cabeça “Helena Veneno”- uma Garota Cearense deslumbrante q usava brincos pingentes enormes.

Decidímos montar finalmente uma Peça do nosso Adorado Tchekhov: “As Três Irmãs”. Uma noite de outubro de 1972, eu estava só conversando com o Teatro Oficina vazio, sobre a peça. Entra um jovem muito bonito q traz entre os dedos  um Ácido “Pérola Negra”. Sem falar quase nada senão o nome dele: Celso Lucas. Comungamos. Bateu no Ato. Fomos  dançados em rodopíos pelo espaço até batermos contra uma Parede no limite Norte do Oficína, o Beco Sem Saída. Juntamos mãos y  riscamos uma Róda. Cruzamos dentro, marcando um Ponto no Centro q nos sugou atravessando as Paredes. Sentí uma construção atrás. O Grupo$$ não havía ainda se instalado no lugar. Celso Lucas viu uma LUZ Prismada Forte.

No dia seguinte, me comuniquei com Lina Bardi: “Atravessamos o Beco sem Saída”. Lina :Não sou Bruxa, sou Arquiteto: Quebro Paredes!”. A PM invadia sempre o  Oficina, pra bater nos Comunistas. E não tinha rota de fuga. Apanhávamos. Isso acontecia no “FORRÓ DO AVANÇO” do Cantor e Compositor Negro Edgard Ferreira y Sandy Celeste, uma cantora tão extraordinária y delicada como a Billie Holiday. Caetano Veloso quando a viu no Show do Ibirapuera a chamou de melhor q a Idade Da Terra y cantou muito com Ela q estava vestida com muitas Penas de Cabocla India da Umbanda. Mas no Oficina estava sempre de Cangaceira. Foi a Era dos Artistas Nordestinos de SamPã. Surubim Feliciano da Paixão era Cirandeiro, Pintor q erotizou todas figuras parecidas com as do Mestre Vitalino em quadros pintados com Esferográfica criando Universos inspirado nos Acontecimentos do Oficina. Gravou um disco lindo com o dinheiro da Trilha do filme  “O Rei do Véla”. Zuria Cozinheira de Alagoas, Criou a Cantina Cabaret y cozinhava nas sessões do Forró do Avanço. Xingava com fúria y retórica esplendorosa os PMs q depois q nos batíam, iam pedir comida pra Éla. Acabava dando de comer. Mas eles tinham de comer ouvindo suas Maldições. Jovens de Circo, Teatro, Travestís frequentavam os Forrós. Começamos á Ler com os Nordestínos “Os Sertões”, de Euclides da Cunha quando não tinha Forró. Mas o Beco sem Saída com os PMs invadindo, incomodavam muito, com interrupções destas Leituras.

Mas, começava outra Era. Celso veio trabalhar comigo na Peça na Base da Mescalina y da Bruxaría Amorosa. Criamos um Ríto de Teato: dormir cedo y em jejum ir pra Praia de Boracéia, em Santos, que naquele tempo era deserta. Subimos uma Montanha. Comungamos uma Mescalina Orgânica q passou á ser sempre a escolhida pros Ensaios y Temporada Toda da Peça. Entramos em Contacto com Mensagens da  Pré-Revolução Russa. Diálagos da peça desenhavam-se nas nuvens dos céus: “PASSE A LIMPO”.

Sacamos como a Revolução Russa Soviética tinha errado em não levar em conta a “micropolítica”, como Tchekhov nos passava em sua peça q estávamos re-criando como Ritual Cosmofágico. Encontramos uma “Gaivota” morta. Nas varias Viagens q fizemos não conseguíamos parar nas Padarías. A Eletricidade dos Balcões de Vidro Iluminados nos atingia d maneira agressiva com a sua potência de raios E  tínhamos q ir embora sem comer. Dormíamos, um Corpo diante do Outro, unidos eletricamente Pés y Cabeça.Viajamos nos Sonhos comuns y então criamos o Programa de Ensaios, sempre ao Meio Dia, quando os Ponteiros estão juntos. Nos Concentrávamos no Chão com todo Elenco em Roda. Olhos fechados, nos encontrando pelo Som do Ôm. Desenhavam-se Catedrais das Energias Sonóras. A Peça era uma Mandala, como a Roda q desenhamos no Béco, em 4 Tempos. O 1º Tempo: Primavéra-Nas Aguas de uma Bacia com Flores Irina de branco, a irmã mais jovem brincava em seu aniversário no começo do Século XX. Todas as Personagens se relacionavam juntas, na mema Alegria em torno do Rito do Aniversário q acontecia um ano depois do Pai das Irmãs ter falecido. O Exercito acaba de acampar no Lugar. Os Oficiais, um Fotógrafo de Campanha, acompanhado de outro jovem q presenteia Irina com lapís de Cores. É um Re-Começo. As Irmãs estão entusiasmadas com seu sonho de irem pra Moscou.

Este 1º Tempo se encerra com a chegada de Natacha, uma Burguesa  Nova Rica, Noiva de André, o irmão das Três Moças, um Violinista Virtuose. Olga a irmã mais velha vem recepcionar longe da mesa onde estão Todos.

Essa recém chegada está muito envergonhada de estar nesta cena de pessoas parecidas com os nobres y vem muito mal vestida. Olga tenta dar um jeito no vestido estrambólico.

O Fotógrafo faz uma Foto de Todos, o Flax de Todos, estoura. Fumaça.

-Fim do 1º Tempo.

2º Tempo, passaram-se dias. É Verão. Começo da Noite. Luz y Sombras. Macha a irmã do Meio, Mal casada com um Professor, está flertando sem conseguir segurar o ríso de felicidade  com o Comandante da Brigada: Verchinine (Stanislawiski criou este papel), q também está segurando o riso.

Cantando entram os Jovens Militares com Irina y Tchebutykin, um velho militar apaixonado pela mãe das meninas y vivendo  agora no seio carinhoso dos jovens da família,  entra e vai direto pro Piano y todos Cantam em Côro , entusiasmados, a musica sem a letra de “Something”. Natacha, já casada com André, aparece berrando “Parem com essa Barulheira! O Bobik está dormindo!”.

Todos param com a Musica. Olga vindo da Escola onde dá aulas chega com muita dor de Cabeça. Irina em off suspira: “Moscou! Moscou…”

3º TEMPO – Incêndio. No Reveillon de 1972 pra 73, à Meia Noite, as Personagens da peça mais doidas enlouquecem y antes do 3º Sinal, entram com Tochas de Fogo Acêsas pelos Corredores do Oficína até a rua Jaceguay, numa Feróz Alegría, gritando “FôGo! FôGo!”. O Teatro Está Lotado. O Público enlouquece com o FÔGO! Mas de repente o clássico  3º Sinal Toca. María Fernanda, grande atriz brasileira, atriz convidada, super profissional, no melhor sentido da expressão, entra, obedecendo o toque da Contra Regragem. com um Lencinho vermelho simbolizando o Incêncio y clama docemente Fogo!Fogo! Celso Lucas entra com uma Rosa Vermelha pegando Fôgo. A Tradicão q essa pratica produz dá 7 anos de Maldição!? Nessa 3ª Mandala, as Personages não se entendem. Cada um tem um Objetivo diferente assim como todos os Outros . Descobrimos o Ritmo nos Ensaios quando o Ator Renato Borghi entrou em transe y recebeu o q chamavamos de “Menssagem Russa”. E revelou o Ritmo deste Ato: “Transeunte Acelerado”.

No transito acelerado y confuso da Mandala, um Relógio Muito Antigo cai no chão y espatífa-se. Quebra-se a Mandala. As Relações entre Atuadorxs y Personagens tenciona-se. O Espaço das Três Irmãs foi reduzidos pelos bebês nascidos de Natacha. André vai falar com Elas, q estão num Canto do Espaço, atraa de biombos, já dormindo. Êle fala sem parar Sem saber q ninguem está ouvindo.

Ele Sai. As Irmãs gemem atras dos Tapumes  “Moscou…Moscou…”

Vamos Pro 4º Tempo da Mandala q Culmina num Duelo entre  as Personagen do Violento Capitão Solioni (Henricão) q entra em Cena, no violento dia da passagem do Ano, jogando uma Tocha Acesa para os Ares diante  do Delicado Nobre  Jovem Barão Tusenbach: Othon Bastos. Nos Bastidores, nós, os criadores mais antigos do Teatro Oficina, Renato Borghi, q fazia André – y eu, Zé Celso, tivemos uma Conversa Tensa. O Conflito entre o Coro da Peça y os Protagonistas, como era sentido por Renatoexplodia em Guerra. Desde “Galileu Galiei” de Brecht, estreado no dia do AI5, juntavamos o Elenco dos Protagonistas do Teatro Oficina y o Côro de “Roda Viva” q havia sido quase totalmente massacrado pela Milícia do CCC- a Milícia do Comando de Caça aos Comunistas, em SamPã. Mas sobreviveu com mais força q nunca. Mas o Espetáculo y Todos os Teatros de SP estavam sempre sofrendo ameaças. Mas o Publico lotava todas as Peças. E a Classe Teatral criou num Volks uma Policia de Defesa q percorria Todos os Teatros ameaçado q naquele tempo, estavam todos no Bairro do Bixiga.“Roda Viva“ seguiu depois para uma Temporada em Porto Alegre. Na Noite após á Estréia o Exercito da 3ª Região Invadiu o Hotel onde estava alojado o Elenco, arrancou as Pessoas do Elenco de seus quartos, batendo em todos, ferozmente pelas Escadaria do lugar; raptando a Estrela da Peça, levando-a  pro Mato. Depois de uma Noite de Cristal  despacharam  num  Onibus pra S.Pos Ferídxs, Massacradx y Os Militares proibiram a Peça, em Todo Territorio Nacional. Foram acolhidos todos no Elenco de Galileu. Passou á acontecer um Conflito crescente entre Protagonistas y Côros. Naquela Noite do Reveillon Renato sentía o Antigo Conflito vinda á Tona, com Ganância.Tentei apaziguá-lo mas ele tinha q entrar em Cena y eu tambem. Numa contracenação dura em q minha Personagem aconselhava á d’Êle de ir  embora… Durante nossa Conversa acontecía o Duelo em q o Barão era assassinado pelo Capitão Solioni (Henricão). E em q  a parede do Lado Oeste do Teatro Oficina é furada pela Bala. Os Mendigos q faziam a Musica já tinham se afastado do Lugar antes do Duélo. Macha olhava pros céus y falava com as Gaivotas  q tambem iam embora. Terminava a peça, com as Tres Irmãs abaraçadas num Corpo Só, sofrendo todas as Partidas. Mas elas vão se transformando a medida q vão sentindo um Som, vindo não se sabe de onde. E Elas  sentem q serão ethernamente lembradas y este Som cresce com o Retorno dos Musicos Mendigos, das Gaivotas y a Mandala da Morte se transmuta no 5º Tempo, com um Grito Primal com todos Corpos Abraçados. A Peça Termina com Muitos aplausos quentes. O Publico invade o Palco. Deita-se abraçando-se, y eu y o Coro ficamos com aquele Povo Alucinado. De repente surge na Arquibancada da Platéia, Protagonistas, Atrizes já com Lenço nos cabelos y suas Frasqueiras, Othon Bastos y Renato q declara  sua Ruptura definitiva com o Teatro Oficina y sai com o Cortejo dos Protagonistas. Nessa Noite meu Cabelo ficou inteiramente branco como a Rainha Margaret, esposa de Henrique 6º de Shakespeare, amarrada numa arvore, na Cena em q seu filho bebê é esfregado em sua Cara até morrer. Seu Cabelo fica branco na ação da Cena. Eu ví a Atriz Italiana Valentina Cortese fazendo este Papel da RAINHA MARGARET no Teatro Picollo de Milano. Tinha sua Cabeleria transmutada em Branca, no ato em q seu bebê era assasinado em seu proprio corpo.Viví esta Cena do “iL Gioco dei Potenti” de Giogio Strehler, nessaa recriação de Henrique 6º de Shakespeare no  Picollo Teatro de Milano.

Encontrei-me neste Reveillon de 1973 pela 1ª Vez com a Tragédya. Mas outras Tragédias, mais violenta viriam á acontecer. Y o Teatro Oficina sobreviveu enquanto fomos Exilados, depois de Celso Lucas y eu termos sido presos y Torturados. O Elenco saiu clandestino pelo Uruguay y outras Fronteiras. Nos Encontramos na Revolução da Democracía Direta Portuguesa Internacional onde fizemos o fime 9 meses após a Revolução: “O Parto”. Depois fomos pra Revolução Moçambicanano dia de ano novo no Hemisfério Sul: dia 25, y  Filmamos “25”.

O Oficina Havía ficado nas mãos de Tereza Bastos, Bilheteira muito Béla y competente do Teatro, q alugou o Teatro, pra muitas Companhías.

Voltamos do Exílio, no começo da Abertura Lenta, Gradual, Restrita. A 1ª Coisa q fizemos foi desvendar o mistéro da travessia mágica do “Béco Sem Saída” .

Dia 6 de janeiro de 1979 dia dos Pré Cristãos Reis Magos: ganhamos um Presente Etherno.

Celso Lucas fissurado com sua Camêra Cinematográfica filmou a Quebra á marretadas do Beco sem Saída. Pudemos ver  o q havia atras doq atravessamos em Inspiração Sagrada. Tijolos caiam, fomos gozando  pouco a pouco o Céu Vazio ao Por do Sol. Um dos Porteiros do Oficina foi me entregrar na hora um Postal de uma Amiga q estava na Grécia y enviou uma Imagem do Teatro Grego de Epidauro do deus Dionísios. Não tinha mais dúvida, contemplamos pasmos, pela 1ª Vez, o Imenso  Espaço Aberto q nos Entorna, vimos o Presente dos Reis Magos do Oriente alem do alem das partes invasivas do Estacioamento das Kombis do Baú da Felicidade. A Comtemplação deste Espaço fez nascer “Bacantes, Ham-let, Sertões  y Todas as muitas outras Encenações da TragyKomédyOrgya- no hoje Teat(r)o OficínaUzynaUzONA até  “Roda Viva”. Depois d um ano de Oficina Lotado, no dia d Marielle, 14 de Março, tívemos de sair de Cena pra nos Resguardarmos do Corona Vírus.

Foi y É, mesmo isolados na Pãdemía umaGraça de deuses, exús y tupys q fez com q  muitos  Inconscientes palpáveis, encarnados  nas encenações, atuações dxs muitxs Tyasos, plantadas neste Terreyro Elektrônico pelas “TragyKomédyOrgias” neste Terrítório Cênico Teat(r)o Oficina Teat(r)o Parque do Rio Bixiga,  nascesse esse novo  PHODER DO SAGRADO.

Este Ano, dia 30 de Novembro completamos 40 Anos da Luta Mítica,  Sagrada com O Grupo Silvio Santos, Inspiradora de todas as “TragikomédiOrgyas” q aterramos. Dia 30 de Novembro, d 1980, há 40 anos atrás, NUMA TARDE-NOITE  no DÍA  DE FESTA no ESTÁDIO DO IBIRAPUERA COM ARTISTAS DO RÍO, SAMPÃ Y PUBLICO A ALEGRÍA INICIOU

NA DA LUTA PELO ENTORNO DO OFICINA + POVO INTEGRADO X GRUPO $$.

Agora em 2020, dia 30 de Novembro,  COMEMÓRAREMOS  40 ANOS Desta Luta Épica Sagrada.

Meditando no Isolamento, na Trincheira de Proteção Virótica, neste  Espasmo do Planeta Terra, no Baixo Paraíso, nos contactos q mantemos com os Tyaso de mais de 60 pessoas, q transcende nossa Companhía; me chega a Importância vital, Poderosa do SAGRADO.

Uma Categoría q emergiu pra mim neste 59ª Aniversário. Todos q plantaram com seu Inconsciênte na Arte do Bakxai Bacantes ganham na Graça o PHODER DO SAGRADO. Concentro-me em Todas Pessoas Amadxs através dxs Ethernos Catherine, Marcelo Drummond, Camíla Mota, Sylvia, Cafíra, Cida, Surubim, Ito………..; quer dizer Todxs q semearam neste Terreiro, q participaram nas Galerias ou na Pista y receberam a Graça do Phoder do Suave Sagrado. Agradeço á Todos y á Tudo q nos fez chegar até o Ponto de Mutação, memória – VIVO Y CAMBIANTE, o SAGRADO DO UNIVERSO.

Para-Bens Alem do Bem y do Mal Amor Louco á VidaTeat(r)o Oficina 59 Anos dando Passagem ao Phoder de SAGRAR O  TERRITÓRIO, O TEATRO PARQUE…O RIO BIXÍGA!

Posfácio

Esta Semana Inteira Enlouquecí tentando escrever toda História q viví no Teat(r)o Oficina. Não Conseguí. Cheguei muito mal até 1973 com “AS TRÊS IRMÃS”. Quer dizer, nem tanto por não chegar até 2020. Sentí no final q dei um Pulo y cheguei em 2020 num Vago Poder de Sagrar, q de Coração é o único sentimento q tenho agora. Muito mais pela Sagração dos Territórios Indígenas y Quilombólas, mais q nunca à Perígo. Sinto q se não fosse tão Ensímesmado poderia em um tempo de distanciamento muito maior y de observação ver a Historia Magnífica do Oficina não a partir de querer relatar minha vaga experiência subjetiva imediata com a ansiedade q me possuiu, mas aceitando  meus 83 anos com uma Sabedoría mais Contemporânea y ao mesmo tempo Mais Antíqua. Mas sem pudor assumo o q escreví. É o q é, como é. Ou melhor, como foi. Não vou eu mesmo me “cancelar”. Se me cancelarem vou talvez me entender melhor, ou não. Mas os dados estão jogados, Não vou os recolher. Me exponho á Execração, ou pior, à Indiferença Publica. Vai ser uma experiência a mais. Sinto um pouco o cheiro do q foi meu 1º Ensaio Geral de “A Vida Impressa em Dollar”. Mas com sinceridade, por um “em mim” q não é subjetivo sinto o q Ocupamos com muita gente, estes 59 ou 62 anos, contando com Oficina Amador y O Teatro Parque do Rio Bixiga Y hoje estes Lugares estão/são Sagrados. Feliz Aniversário Amadx Teat(r)o Oficina.

Zé Celso

16 de Ah!Gosto de 2020-08-16

MERDA

RE(IN)SSUREIÇÃO 

RODA VIVA 2019

NO RIO,
Q A PARIU 

EM 1968

Captura de Tela 2019-11-03 às 12.17.29

Chico Buarque no ensaio da peca roda viva, em 1968.

Flavio Império, arquiteto  cenógrafo de teatro, figurinista y eu, fomos  Convidados pelo jovem Poeta Músico Chico Buarque  pra Encenar seu Primo Canto no Teatro: “Roda Viva” .

Em dezembro de 1967 chegamos no Rio.

Chico foi quem investiu na  Produção da Peça. 

Já tinha sido criada uma Ótima Banda.

Começamos com  testes pra escolher um Coro com 4 Cantora(e)s. 

O Cenário do “Teatro Princesa Isabel” 

no Leme era a magedoura 

onde sería Parída “Roda Viva”

Criados Negros  vestidos á la  Debret

ensaiados pelos Donos do Pedaço a saudar o Público curvando o torso, cabeça , mãos, até o chão, elegantemente como no Século 18,

 o da Escravidão.

 

Num Repente

a Insurreição Mundial do Século XX em 1968; 

Invade aquele Cenário.

13 corpos de Indivíduo(a)s absolutamente diferenciados, 

q já faziam sem saber, um Coro

Vinham já com um Corifeu Imantado: o Cafúso Samuka, 

Cabeludo Black Power: Fenômeno!

Nijinski Tropical sem Pulos!

 Pés Na Terra

Imantando, dançando o Chão do Espaço: Plateia Palco.

Estes Invasores vinham d Planeta não percebido ainda: 

A TERRA IN SEUS CORPOS TERRÁQUEOS

Todas as revoluções inimagináveis daquele 68 aqui agora

q não diferenciavam Palco-Plateia; 

tocavam nas Pessoas  como si as Despertassem d um sono centenário.

Os Ensaios em minutos do “aqui agora” SALTARAM SÉCULOS! 

Desde a Antiguidade este “Coro Pré-Grego” foi buscado pelos Grandes Criadores  da História do Teatro Ocidental. 

OS COROS dos Musicais Americanos eram já cultuados,

no levantar das pernas rigorosamente juntas. 

O  Coro d improvisadores lucidamente possuídos, 

Time de Jogadores do Futebol Teat(r)al com o Público; 

nasceu Telúrico no Brazyl: 1º TROVÃO Do Ano D 1968.

Ensaios viraram Pré Carnavalescos. Portas Abertas. 

Buchicho surgiu y chegou aos 

Artistas na Assembléia Permanante Posto 9 Ipanema. 

Vinham fazer o Papel de Público Atuador

Uma dia: baixou Mick Jagger y a Estrela Africana,

Cantora  do Pata Pata: Miriam Makeba ao Vivo. 

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Marieta Severo, Antonio Pedro Borges, Heleno Prestes e coro. Foto: Acervo Flavio Imperio

17 de Janeiro de 1968: ESTREIA

 Efebos, Donzelas Fãs do Chico de “A Banda” 

Pasmos! O q? “Teatro de Agressão!?

Não como foi rotulada

Mas Iniciação  num Floramento Deflorado da Hora!  

Todas as Sessões Lotadas

“Roda Viva” seguiu pra SP no Teatro Galpão. 

Plateia também Lotada. 

 A “Milícia do CCC: Comando de Caça aos Comunistas,

assistiu umas 70 vezes a Peça.

No final d’um Espetáculo, in poucos segundos, deslancharam  a “Operação Quadrado Morto”  tentando apagar a RODA VIVA”.

Destruíram as cadeiras do Teatro, subiram nos Camarins

 PARA-MILITARES do Patriarcalismos, 

bateram nas Mulheres Atrizes, 

a divina Marília Pêra foi a que mais apanhou .

Em SamPã substituia a lindíssima Marieta Severo, no papel d Juliana, mulher do Ídolo da Peça no Rio.

Na TV Tupy, 100% de Audiência Entre os apoiadores do Ataque x Líderes da Classe Teatral nos Movimentos d 68  . 

Os mais Conservadores do Teatro, estavam apreensivos :

Será q vamos toda(o)s ter de fazer este tipo de Teatro?

Manhã do day after do Ataque: Cacilda Becker, declara na TV :

“TODOS OS TEATROS SÃO MEUS TEATROS”

À Noite  o Teatro estava Reconstruído!!!!

Multidão Dupla Populosa: dentro y fora da Teatro. 

A de Fora , na Rua  com estudantes da “Faculdade de Filosofia da Maria Antonia” y de Toda a Cidade, faziam uma Roda d “Segurança”

Coroada de Hera, Silvinha Werneck com um Pedaços de Pau,

era a Graça d  Boticelli 

Em Porto Alegre no Imenso Teatro Leopoldina montei Roda 

y voltei pra SamPã.

Nesta Noite, o  3º Exército Invade o Elenco no Hotel , 

fugindo dos quartos, pras Escadarias,  artistas y técnicos 

perseguidos por cassetetes.

Sangue nas Paredes, Degraus do Hotel…

A Famosa  Vedete Elizabeth Gasper q fazia o Papel de Juliana no Sul, 

y o Violonista Zelão, foram raptados, levados  pro mato, 

ameaçados de estupro. Num Ônibus de volta a SamPã,
enfiaram todo Coro y Protagonistas amontoados Sangrando.  

O 3º Exército proibiu em Todo Território Nacional “RODA VIVA. 

Prenúncio do  atualmente famoso “AI 5”.

Violências com q esta Florada Cultural foi Massacrada nos Corpos de Cada Pessoa  inventores d’um Teatro Musical Brazyleyro Mundial, nunca Visto.

Prometi a mim mesmo: isso não fica assim. 

Longa abertura, Restrita, Gradual” da Ditadura 64

voltando do exílio

Retorna o Desejo de Encenar esta Obra Prima Tão Sacrificada.

Vem a Busca de recriar aquele  Coro no Teatro Oficina Uzyna Uzona, Só foi  foi encontrado em  “BACANTES”.

Levados pela  Justiça Justa d Xangô  

Começamos a Desejar re-encenar o Tabú Máximo do Teatro Brasileiro: “RODA VIVA”

Chico não autorizava, achava sua primeira peça fraca. 

Mas eu insistia: ”O Primeiro Canto” é Célula Mater d toda Arte Futura..

Depois do GolpInpchment d Dilma em 2016 Chico Libera a Peça!

28 de Outubro d 2018 Aniversário dos 60 anos do OFICINA 

Data da Vitória Eleitoral do Bolsonaro

Cantando pra não Chorar, na madrugada 

 Decidimos: Vamos montar Roda Viva 2018-19” .

Em 1968 não tinha INTERNET

Nem Música Sertaneja Universitária Filha do AgroNegócio.

Neste mesmo Lap  Comunicador 

onde estou agora, 

mãos à Obra :

reescrever “RODA VIVA”

atento a preservar os versos, 

rimas preciosas,

Estrutura do Enredo de um auto religioso

Bem Tramado d Chico. 

Catherine Hirsch, q assiste no Teatro Oficina 

Ensaios  y Espetáculos já in Cena 

Desempenha o Papel da Multidão-Público.

Como o Pov(o) Público é o q mais me Interessa como Amante

Ela é Minha Diretora; 

O Jovem Nolram, recém chegado do Acre, competente na digitação

 y entendido de Sertanejo Universitário .

Os Três viemos pra este Comunicador

Renascia na Escrita: “Roda Viva 2019”.

Ensaios com Multidões: Coros, 

Atuadores mais Experientes na Protagonização. 

Banda, Luz, Som, Arquitetura Cênica, Figurinos, Diretores de Cena, Vídeo, Contra Regras: um TYAZO DIONIZÍACO.

Amores, Amados, Amantes, progressivamente atuando 

cada noite mais ao Vivo

A Incorporar Além do Bem y do Caos

2019 o PIOR ANO de Todas Nossas  Vidas 

mas q acabou  Criando uma Primavera Cultural no Brazyl!

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Arte de Igor Marotti sobre fotos de Jennifer Glass, Paula Caldas e fotógrafos que nos seguiram durante a temporada de Roda Viva em São Paulo.

RODA VIVA NO TEATRO OFICINA

Lotou Todos, absolutamente Todos Espetáculos q fizemos em SamPã.

Não há melhor treino pra criação ao vivo no Teatro

q Fazer Espetáculos Todos os Dias com o Lugar Lotado d Pessoas : 

Atrizes, Atores, Coros, Música(o)s, Técnica(o)s Improvisadores… 

Enfim todo Tyaso assim foi crescendo, chafurdando no q é a Novela dos dias d hoje o Jornalismo y a prática da cosmo-política foi comendo tudo y se prepara agora pro o Banquete com o Público Carióca.

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A Internet (Clarisse Johansson e Kael Studart), Ben Silver (Roderick Himeros) e o Câmera Ligada (Igor Marotti). Foto de Jennifer Glass, no Sesc Santos.

Meu Ator Zé Celso, Inicia o Espetáculo sempre como um Corifeu  ensaiando o Público Atuador, de pé, estendendo seus braços pra diferentes Focos da Ação, numa Trilha Musical q Corre todo 1º Ato.

Fácil de captar. 

Depois Rezamos com Villa Lobos y Manuel Bandeira pra divindade panteísta: a Natureza nos transmitir nossa força d ação. 

O Público nos Teatros como o Maravilhoso Teatro da Cidade  das Artes se vê Espelhado num Celular Imenso  y em Telonas. O Câmera Ator Igor Marotti, filma em dois imensos planos sequência no 1º y  no 2º ato , q são projetados sempre ao Vivo.

Projetados  no Celular, as Pessoas do Pública(o) se veem y passam a ser Público Atuador em todo decorrer da peça. 

Sendo Xamado de IÁ! = O SIM DO SIM: o Oposto ao AI!

Vamos devorando formas y estilos gastos

 da Vida até a Morte y a Ressureição na Insurreição

 q estamos todos já quase ouvindo, mesmo sem saber 

no latejar do IN-SURGIR.

Pela 1ª Vez em minha vida

Eu estive presente em todos os espetáculos com meu assistente Beto Eiras do lado.

Anotamos descobertas de cada lance diário. 

Entro às vezes em Cena, 

sem maquiagem vestido sempre de Branco

ou com um Poncho dos Índios  Tarahumaras,  

Tribo no México em q Artaud

 tomou peyote  nas giras com Índios 

Gargalhando, Peidando em Rodas Vivas nos Altos Morros. 

Recebemos os Fluxos do Brasil y do Mundo 

In Re-Insurreição d Terráqueos

In Barcelona, Líbano, Hong Kong, 

Argentina, Equador,  Peru, Chile com os Índios Mapuche,

Das Mil Tribos no Território América Latina Brasil,

Brotam os talentosos Xamãs Intelectuais Contemporâneos

Negros Haitianos, Americanos, Africanos

“Roda Viva 2019” introduz  a gíria dos mêmes da Internet 

na Língua do Teatro ; 

no movimento q, Terráqueos q somos,

ameaçados de Extinção, 

mas numa progressão regressiva a 

subjetividade do meu Corpo meu Território.

Um Corredor estará Aberto na Plateia pra comunicação forte

com Todas Pessoas neste Imenso Teatro.

Todo Elenco y Público ligado 

no Mundo in Mutação pro seu fim ou seu renascimento

Vamos agir juntos Público pra não Extinção da Terra.

Pra nosso  Re-Nascimento como Terráqueos.

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O Coro canta Caravanas, de Chico Buarque – Kelly Campello, Nolram Rocha, Tulio Starling, Cafira Zoé, Mayara Baptista, Marcelo Dalourzi, Tony Reis, Kael Studart, Camila Mota, Danielle Rosa, Sylvia Prado, Fernanda Taddei, Lina, Wallie Ruy, Cyro Morais, Gabriela Campos, Clarisse Johansson… Foto de Jennifer Glass.

Descobrimos a Alegria Poderosa da “Roda Viva” 

Nos anos 60 a MPB cantava esta Obra Prima de Chico 

com Tristeza d Vítimas. 

Mas a Roda Viva gira sempre a favor de Mais  Vida.

Por mais q queiramos segurar nossa Saudade

fazendo o Tempo parar,  a Roda Viva nos passa uma rasteira

 y nos põe de pé de novo em situações inesperadas q assumimos 

na Alegria Intensamente Trágica, Cômica y Orgiástica.

Somos Moídos por Ela, sobretudo nos momentos de um mundo q agoniza y ainda quer nos levar junto, mas q ao mesmo tempo nasce esta RODA VIVA  relembrando o q é Viver ao Vivo. 

chile mapuche

Chile despertó

O Fim da Terra , o Levante dos Mares, o Degelo das Groenlândias, as ondas de fascismos se transmutam na “RODA VIDA DA VIDA VIVIDA”

q coça com o Erguer-se  dos Povos Terráqueos 

Índias-Índios vem vindo de baixo pra cima. 

Chegou a Hora:

Coragem y Muita Alegria.

O Carióca tem Humor na Pele, pra Nós do OficinaUzynaUzona

chegar à Cidade Sempre Maravilhosa 

é  encontramos com  Nosso Público Namorado 

O mais Amado

Mais q nunca Amantes y Amados, 

vamos  gozar juntos na “Roda Viva” 

pra q o Mundo não Acabe.

Estou doido pra este nosso Re Encontro inspirado in Éros.

“Roda Viva” vai nos unir na ação, mais q Nunca.

Zé Celso Amante

 

31 d Outubro dia das Bruxas

Xamando todos os Santos y Todos os Mortos pra estarem na nossa Estreia dia 8 no Teatro da Cidade das Artes na Barra da Tijuca.

MERDA

 

lina-e-teatro

 

AMADO PÚBLICO CRIADOR

DESTA PRIMAVERA CULTURAL DO BRASIL

Teatro Oficina está a perigo.

Mas na reta final da benfeitoria.com/oficina !

na qual foi contemplado pelo Edital matchfunding BNDS

q para cada real doado pelo nosso Amado Amante Público

o Valor é Triplicado.

 

O  Teat(r)o Oficina, de Lina Bo Bardi e Edson Elito

Patrimônio Material e Imaterial do Brasíl e do Mundo ,

precisa, URGENTE :

1- de uma reestruturação emToda a sua Rede Elétrica,

2- do Piso Original de Madeira

3- Portal dando para o Entorno Tombado do Teatro Oficina:

O Teatro Parque do Rio Bixiga

Tapumes de Madeira provisórios foram erguidos atualmente na precariedade radical

Isso Por q Numa Tempestade do Verão passado

a Árvore Cezalpina,  q há 25 anos foi plantada pelas Mãos de Lina Bardi,

cresceu, adiantando-se a nos mesmos

atravessando o Muro  q separava o Teat(r)o Oficina do seu Entorno.
Esta Árvore Totem, em sua rebeldía vital constante, num rolê, durante uma forte chuva do Verão d 2019, Derrubou o Muro  q a sufocava e nos separava do Imenso Terreno do nosso Entorno.

Esta benfeitoria propiciará O PORTAL PARA NOSSO ENTORNO TOMBADO.

O Teatro Oficina foi Tombado pelo Presidente do Condephaat Aziz ab’Saber em 1982.

Como Geografo Cientista q era, percebeu

o Vale do Rio Bixiga e libertou 300 metros de Diâmetro no Entorno, q transcendem o Terreno de Silvio Santos,

abrangendo do Castelinho da Brigadeiro

até o TBC e a Casa de Dona Yayá .

Hoje é a Árvore Sagrada do Terreiro Eletrônico  do Teatro OficinaUzynaUzona.

 

A Continuidade, com  Segurança, de nosso Trabalho Teat(r)al e com o apoio de vocês, Público Amado, não é uma Ação Solitária.

Faz parte de um Inesperado Movimento Cosmo Político do Povo q Ama a Cultura  e está Bancando toda Cultura Brasileira, Renascida não somente no Teatro, como no Cinema, na Música, nas Artes Plásticas, que, Ressurgidas na Cultura da Multiplicidade, por todas novas Manifestações, estão criando,

pasmem ,

FLORADA DE PRIMAVERA CULTURAL BRAZYLEIRA D 2019.

 

Os Teatros Todos, os Filmes Brasileiros, os Shows, os Concertos de Música, Exposições, estão todos Lotados com Obras inspiradas e tornadas possíveis neste Movimento.

O próprio Estado Tomado pela Anti-Cultura  Fascista e Burra acabou propiciando  este Movimento com sua Censura Céga.

Esse Movimento é novo, está nascendo dos Artistas  com seu Público

mais precisamente Povo Brasileiro y Mundial, Amante da Arte de Viver.

Esse movimento é Tão Forte q  Instituições Culturais BancáriasEmpresariais, já estão começando a se tocar

Sacando q este movimento é o da defesa da TERRA VIVA.

Zé Celso

A Primavera é quando ninguém mais acredita

e Ressuscita … por Amor

 

Viva Zé Miguel Wisnik
Poeta da Primavera Brazyleyra

AMADO PUBLICO CRIADOR DESTA PRIMAVERA CULTURAL DO BRASIL

patrimonio vivo

Teatro Oficina está à perigo.

Mas na reta final da benfeitoria.com/oficina

na qual foi contemplado pelo Edital matchfunding BNDES

q para cada real doado pelo nosso Amado Amante Publico

o Valor é Triplicado.

O  Teat(r)o Oficina, de Lina Bo Bardi e Edson Elito

Patrimonio Material e Imaterial do Brasíl e do Mundo ,

precisa, URGENTE :

1-de uma restruturação emToda a sua Rede Elétrica,

2-do Piso Original de Madeira

3- Numa Tempestade do Verão passado a Arvore Cezalpina

plantada pelas mãos de Lina Bardi em 1986, hoje  Arvore Sagrada do Terreiro Eletrônico  do Teatro OficinaUzynaUzona,  Num rolê, durante uma forte chuva, Derrubou o Muro  q a sufocava e nos separava do Terreno do Entorno.

Tapumes de Madeira foram erguidos precariamente, mas esta benfeitoria propiciará a

Construção de um Portal para o Entorno Tombado do Teatro Oficina:

O Teatro Parque do Rio Bixiga

A Continuidade com  Segurança de nosso Trabalho Teat(r)al com o apoio de vocês,  Publico Amado não é  uma Ação Solitária.

Faz parte de um Inesperado Movimento Cosmo Politico do Povo q Ama a Cultura  e está  Bancando toda Cultura Brasileira, Renascida não somente no Teatro como no  Cinema, na Musica, em todas novas Manifestações q criaram esta FLORADA DE PRIMAVERA CULTURAL.

Os Teatros Todos, os Filmes Brasileiros, os Shows, os Concertos de Musica estão Lotados com Obras  inspiradas na não dependência  da situação do Estado Tomado pela Anti-Cultura  Fascista e Burra.

Nesse Movimento vindo do Publico pode ainda contagiar algumas Instituições BancáriasEmpresariais para que se juntem ao nosso coro.

Zé Celso

A Primavera é quando ninguém mais acredita

E Ressuscita por Amor

Viva Zé Miguel

4ª Feira 28 de Ah!Gósto ás 14:30 na Câmara Municipal  de São Paulo VENHAM Y ATUEM

 

-os y as Humanas do Brasíl y do Mundo q desejam uma  São Paulo , mais SamPã, mais verde , mais respirável,

 

-as y os  q já brincaram no Domingo do Abraço do Parque do Bixiga ,na tarde de  26 de Novembro  2017,

 

-as y os q  desde o ano passado lotam o Teatro Oficina com a  a “Roda Viva “,

 

-as y os q em  todos os Tempos seguiram as  Inumeras Encenações Históricas  do  Teatro Oficina

 

-as y aos q há  40 anos , vivem a Belíssima  Luta  Épica Teat(r)al com o Grupo Silvio $antos  pelo Vale do Rio Bixiga:  300 Metros de Entorno Tombados  pelo CONDEPHAAT pelo Cientista Geografo Aziz ab Saber ,na Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo,na gestão do Pianista João Carlos Martins y do Conselheiro Arquiteto, Artista Plastico, Cenografo Flavio Império , Vale q vai do Castelinho da Brigadeiro até o TBC y a Casa de Dona Yayá. *

 

-as y os q amam a Arquitetura Urbana de Lina Bardi y Edson Elíto para o Entorno do Oficina q riscou    um Teatro de Estadio criado na Topografía ARQUEOLÍGICA do Terreno de nosso Envoltório, como os Teatros Gregos esculpidos na Pedra

 

-as y aos  q não se conformam com a atual Repressão Cultural da riquíssima Cultura Brazyleira ,com Z e Y de Glauber Rocha na Tropicália Antropófaga!

 

-as y aos  jovens q despertam agora pra Vitalidade da Luta Cultural ameaçada pela burrice dos desgovernos atuais ,

 

-Todas y Todos são Xamadxs  para 4ª Feira pra estarem na Câmara Municipal de São Paulo ás 14:30h para atuarem na Aprovação do “Parque do Bixiga“

 

-O Projeto do Vereador Gilberto Natalina do Partido Verde para o “PARQUE DO BIXIGA “já passou y foi aprovado em todas as Comissões Internas Necessárias.

 

Agora vai pra sua Primeira Votação no Plenario da Câmara Municipal .

No Total serão duas Votações e é fundamental q vença nas duas para  termos uma lei q garanta q o Terreno Todo seja um Espaço Público.

 

O Projeto Lei é também assinado por Eduardo Suplicy, pelos Vereadores: Reis(PT),Mario Covas Neto ( PODEMOS),Toninho Vespoli ( PSOL), Antonio Donato (PT),Gilson Barreto(PSDB),Juliana Cardoso( PT),Toninho Paiva(PL)

E Soninha Francine(CIDADANÍA)-demonstrando q o Parque é uma Pauta de Diversos Partídos y Populações.

4ª 28 será uma Tarde Histórica no sentido da Vitória sobre a Especulação Imobiliária q cobiça a destruição do Bairro Centro Periférico Urbano do Baixo Bixiga q  renascerá pra continuar com seus moradores revalorizados

como riquezaa humana y artística potencialidazada.

 

Este Acontecimento está ligado á Luta Mundial pelo não assassinato do  Planeta Terra. Como os Povos Indígenas Sagramos estas Terras q nós

Cultivamos com os Rituais Teatrais Antrofagiado de Todos os Povos y Culturas do Mundo.

Queremos Libertar a Natureza q nos Cerca pois somos Terraqueos

Y não podemos ser esmagados pelas Torre$ DA ESPECULAÇÃO IMOBILIÁRIA

A Luta é pela LIBERDADE DAS TERRAS EM Q ATUAMOS,NOSSO ENTORNOS  Y TUDO Q  POSSA DAR MAS PODER Á VIDA HUMANA, ANIMAL,VEGETAL, NATURAL, AMORÓSA.

 

 Zé Celso

 

Atuador da Associação Teatro Oficina Uzyna Uzona

 

Há um Fluido de Revolução

Há 4 metros do Chão:

O Rio Bixiga

 

Paraíso, 27 de Ah!Gósto de 2019

 

 

*(No Golpeachement de 2016 os Orgãos todos os Orgãos  Nacionais, Estaduais, Municipais de  Proteção dos ESPAÇOS CULTURAIS Foram Golpeados, em favor da Especulação Financeira, mas o Teatro Oficina não reconhece y continua apoiado no Tombamento Científico de Azis  Ab Saber,Cultural de João Carlos Martins y DA ARTE DEVFlavio Império)

DESDE DIA 7 DE ABRIL
PRISÃO DE LULA
NÃO ESCREVO NO MEU BLOG
É MAIS FÁCIL PRA MIM NESTE INSTANTE
A COMUNICAÇÃO IN CENA
OU EM ENTREVISTAS
E ENCONTROS EM “AULAS MAGMAS”

NEM SEI SI DEVO PUBLICAR ESTA AGENDA
NO MEU BLOG
NESTE MOMENTO EM Q O MUNDO Y NÓS
BICHOS HUMANOS VIVEMOS
UM MOMENTO DE VIRADA

SENTEI NO COMPUTADOR
PRA ESCREVER UM TESTEMUNHO MEU
DESTE MOMENTO DA “PAIXÃO Y DE
TORMENTO”
MAS NÃO CONSEGUÍ

DECIDÍ SIMPLEMENTE DEDICAR ESTES
DIAS
À ARTE TEATRAL Q CRIAMOS NO TEATRO
OFICÍNA TERREIRO ELKTRÔNIKO
POR QUE ESTA ARTE VIVA AO VÍVO
ESTÁ SEMPRE EM MUTAÇÃO RITUAL

NESTE INSTANTE
COMO EM TODOS CORPOS DO MUNDO
VIBRAMOS PELA VIRADA DEMOCRÁTICA
NO BRASIL Y NO MUNDO .

 

virada_para blog do ze

ato da virada em Salvador – 26/10 | Foto: Ricardo Stuckert

TINHA IMAGINADO ESTREAR “RODA VIVA
2018” NESTE DIA 28 DE OUTUBRO
EM Q O TEATRO OFICINA FAZ 60 ANOS.
E DEPOIS VIVER O PRAZER DE ESTAR COM
O PÚBLICO NOS DIAS MAIS PROPICIO AOS
RITUAIS TEATRAIS:

NOITE DO DIA 1º DE NOVEMBRO : “TODOS
OS SANTOS”
Y 2 :“FINADOS”

DIA Y NOITE DOS MORTOS

MAS SÓ CONSEGUIMOS CONDIÇÕES DE
TRABALHO COM O APOIO DO “ITAÚ
CULTURAL” PARA OS ENSAIOS Y COM O
PRODUÇÃO Y ESTRÉIA DE “RODA VIVA
2018” NO SESC POMPÉIA, NO TEATRO
SANDUÍCHE DE LINA BARDI.

NOSSA BRUXARÍA NESTE NÓ DA HISTÓRIA
HUMANA
LIGADOS EM TODXS XS BRASILEIRXS
Y MUNDIAIS
VAMOS VIVER UM RETIRO INTERNO DE
AÇÃO TEATRAL RE-INS-PIRADO
PRA ATRAVESSARMOS ESTES DIAS
ENSAIANDO O 2º ATO DA PEÇA
SICRONICAMENTE COM APURAÇÃO
DO 2º TURNO

PERSONAGEM NOVA:
Campanha Eleitoral Bilionária WhatZápica
Robôs , Caixa 2
muitos gramas de Ódio Injectado
X
À Perigo:
Vida Lívre ao Vívo ,Corpo a Corpo,
Comícios,ManiFESTAÇÕES,Notícias,
,ATOS ,TEATOS CARNAVAL.

arte demo_ cafira_ para blog do ze

arte pela democracia, 26/10 – praça da Sé | Foto: Rudifran Pompeu

Ontem dia 26 Descanso de Guerreiras y
Guerreiros da “Caravana Roda Viva 2018”

HOJE : Sábado TRÉGUA

16h
Entrevista sobre o Amado Abujamra
Filmada por uma das Mulheres Artistas de
Teatro da Dinastia q leva este nome :
Abujamra: a Marcia

18h-A Caravana Entra no 2º Ato de “Roda
Viva 2018”
Recebendo as Vibrações
das TragiCômicaOrgiástica Eleições
Pra VIRAR DI NOVO
“RODA VÍVA 2018”

SEJA QUAL FOR O RESULTADO
BOTANDO FÉ NA VIRADA
Q O TEATRO :
UMA ANARQUIA
VAI DAR NESTE MOMENTO DE PERIGO
IN Q SI JUNTANDO À LUTA GERAL PELA
DEMOCRACÍA
AQUI NO BRASÍL Y NO MUNDO
ÀS CARAVANAS Q CHICO BUARQUE
CRIOU

DOMINGO

DIA 28 RITUALIZAMOS O ANIVERSÁRIO
DOS 60 ANOS DO OFICINA Q SÃO OS Q ME
ENTREGUEI À ESTA BRUXARÍA
AFINADOS
DESAFINADOS
DESAFIÁDOS
A RECRIAR A NOVA VIDA DA PEÇA
Q ENSAIMOS ANTES
DIA 24
QUANDO CAPTAMOS
A ALEGRÍA DA VIRADA
DE FERNANDO HADDAD NAS PESQUISAS
DO IBOPE EM SAMPÃ
NUM GRAN FINALE

Q RETORNA A OUTRO RE-INICIO
REINICIAÇÃO NO Q DER Y VIÉR


REINSPIREMOS NOS
COM NOSSOS CÚS ABERTOS
NA FORÇA DOS PERÍNEOS

MERDA

HOJE, DIA 7 DE ABRIL DE 2018, AS PESSOAS DO POVO COM LULA NA PRAÇA DO SINDICATO DOS METALÚRGICOS, NESTA FOTOGRAFÍA DO TALENTOSO JOVEM FRANCISCO PROENER, DE 18 ANOS, CRIAM A MANDALA HUMANA DA PRIMAVERA BRAZYLEIRA DE 2018.

LULA_7_ABRIL_2018_FOTO_FRANCISCO_PRONER

FOTO DE FRANCISCO PROENER

 

COMO ACONTECEU EM 68 DEPOIS DA EXECUÇÃO DO ESTUDANTE EDSON LUIS;

DA TAMBÉM EXECUÇÃO DE MARIELLE PRESENTE EM 2018;

COM O PÚBLICO DE  “O REI DA VELA”;

COM OS BLOCOS DE CARNAVAL COSMOPOLÍTICOS;

COM OS ENREDOS COSMOPOLÍTIZADOS DAS ESCOLAS DE SAMBA DO RIO;

COM AS LUTAS DOS ÍNDIOS NAS TERRAS DO BRASÍL

COM OS MOVIMENTOS SOCIAIS Q HOJE CRIARAM COM LULA Y POVO, DEPOIS DA MISSA ECUMÊNICA PARA MARISA LETÍCIA, UMA “FRENTE DEMOCRÁTICA PELA RECONQUISTA DA DEMOCRACÍA NO BRASÍL”

NESTA FOTOGRAFÍA TATUADA  NA TERRA DE SÃO BERNADO PRO MUNDO;

NESTA HORA DURA PRA LULA Y PRA NÓS ; 

EM Q ELE DECLAROU PLENO DE EMOÇÃO Q AGORA SOMOS TODOS LULA FAZENDO-NOS ENTENDER Q IRIA SE ENTREGAR À SUA PRISÃO NA CONDIÇÃO DE PRISIONEIRO POLÍTICO.

DAÍ SALTOU DO PALANQUE PROS BRAÇOS DO POVO EM SÃO BERNARDO CARREGADO PELA MULTIDÃO.

NA FOTO LULA JÁ ESTÁ NO PONTO CENTRAL . 

NA MULTIDÃO, CADA PESSOA ESTÁ EM CADA UM DOS QUATRO CANTOS DA PRAÇA DO SINDICATO DOS METALÚRGICOSMIRANDO COM O FOGO DE SEUS OLHOS DIRETOS EM LULA Y ASSIM  CRIAM DAS 4 LINHAS DE ONDE CONVERGEM CRUZANDO-SE NO PONTO CENTRAL ONDE ESTÁ LULA.

É COMO A CRIAÇÃO DE UM TERREIRO TEATRAL: 

DEPOIS DE RISCAR A PARTIR DOS QUATRO PONTOS DO ESPAÇO; 

4 LINHAS, COM PÓLVORA RISCADAS SE CRUZANDO NO CENTRO DO TERREIRO CÊNICO, ATÉ Q ACENDENDO COM FÓSFOROS OS 4 PONTOS  DO ESPAÇO; FAZ-SE COM Q O FOGO CORRA PELO SEU CRUZAMENTO, MARCANDO O PONTO EM Q O ESPAÇO PASSA A SER:

O CENTRO DO UNIVERSO

 A FOTO CRIA UMA MANDALA DA PRIMAVERA BRAZILEIRA 

Q VAI DAS 4 LINHAS  INSPIRADAS, EXPIRRADAS DE TODA NOSSA FORÇA DE POVO, CONDENADO PELOS GOLPI$TAS A 20 ANOS DE ARROCHO: AO ENCONTRO EM Q O MOVIMENTO DE LIBERTAÇÃO PASSA A SER O:

CENTRO DO UNIVERSO.

Quando se cria um Centro de Energia, como nos Terreiros de Candomblé y Umbanda;

nos Centros Espiritas; nas Aldeias Indígenas; no Teatro Oficina; cruzando a Pólvora no Espaço, este Ponto faz convergir para o Espaço de Atuação todas Energias Materiais do Cosmos: Cria-se um CENTRO MAGNÉTICO

Hoje em São Bernardo, o FOGO DA PÓLVORA FOI O DAS MULTIDÕES ACENDENDO O FOGO PACÍFICO DA LUTA COSMOPOLÍTICA DO POVO BRASILEIRO

PRA DERRUBAR  O FASCISMO Q RUGE HOJE NOS ROJÕES – Q APAVORAM OS CACHORROS 

Y

PRA RECONQUISTA DA DEMOCRACIA NO BRASÍL Q COM OS GOLPES DIÁRIOS

DESDE O IMPEACHMENT DE DILMA

Q ATINGEM NOSSOS CORPOS,

ATÉ O SER VIVO DO NOSSO PLANETA CHAMADO: TERRA

NÃO SOU DE PARTIDO NENHUM, MINHA LUTA ESTÁ SOBRETUDO NO TEATRO Q FAÇO HÁ 60 ANOS.

AQUI CLAMO:

AMO O LULA!

NO GOVERNO DÊLE O MINISTÉRIO DA CULTURA PASSOU PRO ANTROPÓFAGO DA TROPICÁLIA: GILBERTO GIL 

Y A SEGUIR PRO ECOLOGISTA JUCA FERREIRA 

Q NOS FIZERAM CORRER O BRASIL MUITAS VÊZES 

COM AS 5 PEÇAS DE “OS SERTÕES”;

AS 4 DAS DIONIZÍACAS;

ALÉM DE NOS DAR CONDIÇÕES PRAS NOSSAS VIAGENS PELO EXTERIOR COM DIFERENTES PEÇAS 

Y PRINCIPALMENTE POR TER TIRADO DA MISÉRIA MAIS DE 40 MILHÕES Q ESTAVAM DA LINHA DA FÓME; SOFRENDO A CORRUPÇÃO MAIOR: 

A MAIOR DESIGUALDADE DE TODOS OS TEMPOS NA HISTÓRIA DA HUMANIDADE. 

VAMOS COM NOSSA FORÇA DE LEVANTE NESTA PRIMAVERA BRASILEIRA

TIRAR O LULA DA PRISÃO Y EXIGIR Q ELE TENHA ENQUANTO LULA LÁ PERMANECER: TELEVISÃO, INTERNET NO SEU QUARTO ESPECIAL NA MASMORRA DO TARTUFO HIPÓCRITA, MORALISTA SERGIO MORO.

O MORALISMO FASCISTA SERVE PRA ENCOBRIR A MAIOR CORRUPÇÃO: A IMENSA DESIGUALDADE MUNDIAL: REPÍTO: A MAIOR DA HISTÓRIA HUMANA

TODO AMOR DO MUNDO; TODO HUMOR Y MUITO MAIS

ZÉ CELSO

 

MERDA

DE MIM ZÉ

NESTA SEXTA 

SEM FEIRA

MAS COM

PAIXÃO

RENASCÍ


O DESCRUCIFICADO

O BÓDE Q BÉÉÉÉRA

A MINHA AMADA AMANTE POETA CAFIRA FEZ–ME ESTE PRESENTE DESTA SANTA LINDA DIABÓLICA CEI(N)A 

COM MINHA ADORADA COMPANÍA DO ELENCO DE “O REI DA VELA” – CADA UMA Y CADA  VESTIDOS PELOS FIGURINOS CRIADOS POR HELIO EICHBAUER PARA A PEÇA DE OSWALD DE ANDRADE Y FOTOGRAFADOS Y RECRIADOS PELO MEU AMADO ARTISTA GRÁFICO O CÂMERA DA PEÇA Q VAMOS RE-ESTREAR  NO RIO DIA 14 DE ABRIL NO TEATRO DA CIDADE DAS ARTES  AMANTROCINADOS POR 

www.benfeitoria.com/reidavelario

MOVIMENTO DO 

CORO DE ARTISTAS CARIÓCAS NA SUA MAIORÍA MULHERES PHODESÓZAS

NESTA PRIMAVERA CULTURAL EM PLENO OUTONO

ZÉ stories

CHOVE CHUVA CHUVERANDO
Q A CIDADE DO MEU BEM ESTÁ TODA SE LAVANDO

Y O PARQUE DO BIXIGA ESTÁ TODO REBROTANDO

CUMPRIMENTO À TODAS Y TODOS 
Q ME CUMPRIMENTARAM
Y ÀS Y AOS Q NÃO
 

VIVA O MOVIMENTO 342 = 3 + 4 = 7 + 2 = 9

A ALEGRÍA É A PROVA DOS 9
FAÇO 80 + 1 = 90
A ALEGRÍA É A PROVA DOS 90
DEDICO ESTE MEU ANIVERSÁRIO
AO MEU AMADO ATOR-REI DO 1º TEATRO OFICINA
RENATO BORGHI Q ANIVERSARÍA TAMBÉM HOJE
AO MEU AMADO ATOR-REI DO OFICINA UZYNA UZONA  MARCELO DRUMMOND Q REESTRÉIA NO RIO:
ABELARDO 1º no “O REI DA VELA”
Y 
ESTOU PRONTO PRA RECRIAR “RODA VIVA 2018”
DE CHICO BUARQUE DE HOLLANDA
ESTAMOS SEM PRODUÇÃO
MAS BOTO FÉ NO NOVO AMANTROCÍNIO
 
ZÉ BEBÊ GAGÁ
 

AMANTE SAFADO

crítica de Nelson de Sá – BLOG CACILDA Folha de S. Paulo

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Com Marcelo Drummond, ‘O Rei da Vela’ vai à tragicomediorgya

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foto Jennifer Glass

Não é tarefa fácil substituir Renato Borghi como Abelardo 1º. Ele criou o papel em 1967 e, mais que isso, foi quando leu em voz alta todos os personagens, diante de Zé Celso, que o diretor se convenceu do que tinha nas mãos. Até então, pensava que Oswald de Andrade e sua peça de 1933 eram datados.

O sarcasmo e a demolição tenaz do país e de seus horrores são materializados por Borghi, como se confirmou na remontagem de “O Rei da Vela” no Sesc Pinheiros, 50 anos depois da estreia histórica.

A peça retornou agora com a mesma encenação e com Marcelo Drummond, o protagonista da tragicomediorgya * dos anos 1990, de “Ham-let”, “Bacantes” e “Boca de Ouro”, no papel de Abelardo 1º. É uma interpretação de outro carioca que carrega muito da trajetória do teatro popular do Rio, de comunicação direta.

Marcelo Máximo de Almeida Pizarro Drummond, que se formou noutro Rio, aquele do Baixo Leblon de Cazuza, evidencia não se tratar de peça histórica sobre os anos 1930 ou sobre São Paulo e a burguesia paulista, mas de um flagrante do Brasil derrisório de hoje e sempre.

As referências se tornam compreensíveis, tudo fica claro e contemporâneo, talvez por ser de geração pós-ditadura, ainda menos apegado à São Paulo dos anos 1930, mas mais provavelmente pelas marcas próprias do ator, que desde Hamlet e Dioniso rejeita representar.

Drummond foi trabalhado pelo diretor desde 1986, quando veio para São Paulo e o Oficina, para presentar, estar presente, dirigir-se ao espectador como quem fala a outro intérprete, todos em cena, como personagens e como atores.

E ele esclarece o que fala, é consciente do propósito de cada palavra e o expressa. Uma inteligência generosa que já se evidenciava em seus primeiros passos, há 25 anos, em “Ham-let”, que cotraduzi com ele e o diretor.

 (Os questionamentos superficiais que ouviu então, na “peça de vingança” que reabriu o Oficina e marcou o retorno de Zé Celso, como ciciar —sibilar, emitir um ruído agudo constante, como Cazuza— e até mesmo sua sexualidade aberta em cena, ficaram definitivamente pelo caminho.)

 Quando Abelardo 1º mergulha em quase solilóquios, sobretudo no terceiro ato, o que se tem é a mesma gravidade sobre o Brasil que se sentia em sua interpretação da casta-testamento de Vargas, em “Walmor y Cacilda 64”, do ciclo Cacilda —sem jamais perder de vista, no caso de Drummond, que “a alegria é a prova dos nove”.

Com ele, a atualidade de “O Rei da Vela” se transforma em urgência, em alarme, para o enfrentamento do neofascismo ascendente, como em 1933 e em 1967. A reestreia no Teatro Sergio Cardoso aconteceu, não à toa, no dia da intervenção militar no Rio.

Neste domingo (25), o espetáculo faz a sua última apresentação. Talvez realize uma temporada no Rio, na Cidade das Artes de Christian de Portzamparc, e outra em Sesc Santos, mas ainda não tem nada certo. E vem aí “Roda Viva”.

* Na definição de Zé Celso: ‘A vida é trágica; mas ela é cômica. E é orgiástica. Eu defino assim, tragicomediorgya. Não basta a tragicomédia, tem que ter a orgia, que é a origem do teatro. Não só a orgia sexual, mas em todos os sentidos’.

25.fev.2018 às 12h46