Foi me enviada uma enquete com nome de Senadores e Deputados para ser feita a votação dos parlamentares que mais representam a população, os que mais se destacam na defesa da Cidadania, da Democracia, do Consumidor, dos Municípios, na Segurança Jurídica, na Qualidade de Vida e na Promoção da Saúde.
Mas não havia a pergunta sobre qual representante nosso mais luta a favor da defesa e promoção da Cultura no Brasil.
E há uma omissão preconceituosa do nome do deputado Tiririca, que talvez seja um dos raros representantes nossos lutando pela Cultura.
Senti uma falta de sensibilidade Cultural total nesta enquete.
Porque não se pergunta qual o Deputado ou Senador que mais destacou-se na defesa da Cultura ?
Eu queria poder votar no deputado Tiririca, que faz parte da Comissão de Cultura, e que mesmo sendo quase analfabeto revela mais sensibilidade cultural com a qual os programadores desta enquete nem sequer sonham.
Ainda é tempo.
Incluam na enquete esta pergunta sobre o Congresso, o Senado, diante da Cultura.
Cortar a Cultura é cortar a Vida, o Cuidado, o Cultivo da Vida Viva ao Vivo com ARTE.
Ainda mais no momento em que o Brasil cresce, se projeta no Globo e tem sua Cultura como Produto de Exportação extremamente desejado em todo Planeta.
Este deprezo ao tópico CULTURA já virou lugar comum. Basta constatar o corte de 2/3 no Ministério da Cultura, em que Gilberto Gil e Juca Ferreira, através de uma gestão revolucionária no Governo Lula, conseguiram a maior destinação de verba para a Cultura de toda a História do Brasil.
Este prêmio para mim não terá grande valor se não levantar-se esta questão de vida ou morte da Cultura, que é de onde vem tudo.
Somos nós seres terrenos que através da Cultura criamos o Estado, o Socialismo, o Capitalismo, a Especulação Financeira, assim como a Medicina, a Poesia, a Política, a Arte etc.. Somos nós que podemos pela Revolução Cultural fortemente presente na Cultura Antropófaga Mestiça do Brasil acolher agora a Economia Verde que está impedida por Tabus Culturais que nós mesmos criamos e que, somente nós mesmos, através de novos valores da Cultura atual, poderemos transformar em Tótem.
Exemplo: o Drama Ridículo do Tabu da Maconha.
Queima-se esta planta preciosa como se queimava o café nos anos da crise de l929. É um crime contra a Natureza, a Economia e a Cultura.
Não sou a favor somente da descriminalização desta planta Sagrada, que muitos religiosos chamam de “Santa Maria”, isto é, de “Nossa Senhora”, mas da liberação de sua produção como Agronegócio, para trazer uma riqueza Econômica incomensúrável para o Mercado Interno e de Exportação.
Esta Produção seria controlada na qualidade pelo Ministério da Saúde, e seu uso esclarecido pelos Ministérios da Cultura e da Educação.
Não poderia cair nas mãos da Souza Cruz, mas sim nas das Organizações Populares, para estar a favor dos que hoje são chamados “aviões”, que vivem correndo risco de vida pelo que significa a proibição da Maconha para rentabilidade da Indústria Armamentista.
Os Traficantes seriam Comerciantes dignos pois estariam comercializando um produto que tem qualidades médicas indiscutíveis, e que tem inspirado todos que produzem Cultura em todas as Áreas. E o fariam sem a “Noia” do Tráfico proibido que obriga a arrancar a planta antes do tempo, colocar amoníaco, e enfim desnaturar a sacralidade da natureza da Planta.
O povo de Cinema, Teatro, Música, Artes Plásticas, Dança, Literatura, Jornalismo, Novelas, etc., cria e inspira-se com esta dádiva da Natureza para nossa Criação.
Um Imposto sobre o Produto deveria vir para a Área da Cultura, bastante empobrecida e impedida de realizar seu enorme potencial Criador, Inovador, Econômico, neste momento, em plena Era da Inteligência e da Criatividade.
José Celso Martinez Corrêa
Diretor, Palhaço Ator, Compositor, Poeta Dramaturgo do Fim do Drama na TragiCômédyOrgía