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Arquivo mensal: dezembro 2011

A MAIOR ARTISTA DA CRÍTICA DA ARTE DO TEATRO BRASILEIRO, MARIÂNGELA ALVES DE LIMA, ESTÁ SENDO DEMITIDA PELO “ESTADÃO”

RAZÕES DA ARTEFOBIA DO PUBLICOMARCADO DO MERCADO? OU O Q?

Achei muito estranho o fato do “Estadão” estar demitindo a maior crítica de Teatro do Brasil: Mariângela Alves de Lima.

Mais que amor à primeira vista, com Mariângela senti no nosso primeiro encontro, na cena, atuando em “Gracias Señor”, a comunhão de uma irmã animal, que buscava naqueles tempos de escuridão, a Luz onde quer que ela se encontrasse.

Aliás o etherno Luis Antônio Martinez Corrêa, Luix, como pronunciam os meus irmãos, e entre eles o arquiteto João Batista Martinez Corrêa, são como ela, cancerianos, buscando sempre esta Luz, que esta minha outra irmã, em seus territórios de ação, percebo neste instante que escrevo, busca.

Nosso esbarrão foi em 1972, no auge da repressão da Ditadura Militar, no Teatro, no Subterrâneo do Ruth Escobar.

Tinham acabado de arrancar os dentes dos ferros piramidais de “O Balcão”, de Vitor Garcia, e o arquiteto Lina Bo Bardi, criadora da Arquitetura Cênica de “Gracias Senõr”, ou “Revolição – Lição de Voltar a Querer”, foi comigo ver o espaço.

Lina pirou!

Não tinha mais poltronas! Nas paredes, tijolos quebrados, desvestidos da massa corrida, formavam uma caverna arruinada! Um paredão de pé-direito muito alto, pintado de negro, mas todo descascando!

Era exatamente o espaço cênico em que nós brasileiros, aquele ano, estávamos confinados, postos à força contra o Paredão sem saída de Fuga. Nossa geração nas prisões, torturados nos porões encobertos por cenografias fakes de muros que escondiam as Portas de Entrada no Inferno e nos sanatórios em que se lobotomizavam os dissidentes.

Lina imediatamente deslumbrada sacou: “Não precisa fazer nada. A Arquitetura Cênica do “Gracias Señor” é esta, é o que a peça chama de TeAto, não mexam em nada!”

Em cena topei com Mariângela, na parte além da Morte do desejo reprimido, na Barca de Serafim, no Sonho da União dos Corpos, na Orgya.

Senti que estava diante de uma sensitiva. Mariângela, uma jovem de 24 anos, estava em transe lúcido: tremia, tinha os olhos transbordantes d’águas e um vermelho vinho vibrava vivo em todo seu Corpo.

Não estranhei nada quando voltando do Exílio comecei a ler suas extraordinárias críticas no Estadão.

Lia a mesma sensitiva, com percepção aguçada do cerne do que via: do teatro em si ou não, de cada peça que observava.

Mariângela nunca julgou ou julga, nunca “prestou serviço” para os clientes do jornal, como todos os críticos da época, inclusive a Velha Senhora Bárbara Heliodora, a grande Empregada dos valores do Teatro pequeno burguês.

Mariângela ilumina com sua sabedoria sensível. Especifica o fenômeno teatral “em si”, interpreta o que tem à sua frente, ilumina o trabalho dos Artistas.

Depois de suas críticas os nossos trabalhos como que ganham a tão necessária percepção do outro, do artista, do público amante da Arte em si.

Próximo a ela antes estava Ian Michalski.

Ela retoma a tradição dos grandes críticos, como Décio de Almeida Prado, Sábato Magaldi, Paulo Francis, mas já sem a crença que o teatro brasileiro havia começado com Padre Anchieta.

Nunca foi fundamentalista do teatro Realista, de costumes. Não é fundamentalista do realismo das peças para a classe média. Tem a a paixão pela ressurreição do Teatro como Grande Arte.

Será que foi demitida por estas qualidades de ser independente, não empregada do jornal e de grande parte dos leitores deste?

Mariângela é uma das raras artistas da Crítica.

Ela, que foi ver todas as peças do Teatro Oficina Uzyna Uzona a partir de “Ham-let”, coisa que os críticos que fazem parte do júri do Prêmio Shell e da APCT, atualmente já não  fazem. Viramos agora fantasmas, para estas pequenas mediocridades instituídas.

Nenhum crítico desses escreve mais sobre nosso trabalho, reconhecido mundialmente para a ressurreição do Teatro.

Ela viu e vê tudo. O Estadão tem outro crítico, que revelou-se um puxa-saco da família Mesquita, querendo rebaixar o teatro antropofágico para exaltar a dramaturgia realista do  maravilhoso diretor da EAD, Alfredo Mesquita.

Na Folha de São Paulo Nelson de Sá, Sérgio Sálvia, Mario Vitor, que enobreceram lá a crítica, foram sucedidos por críticos empregadinhos do jornal, e sem cultura teatral nenhuma. Até a chegada do ótimo crítico Luis Fernando Ramos.

Destes críticos ficamos com ele e Mariângela na ativa nestes últimos anos decisivos, em que apareceram Companias muito fortes em Sampa. Nem dá pra citar nomes, é uma Florada. O Teatro vive um renascimento ignorado pelo mainstream do Teatro de Costumes, teatro pequeno burguês de auto-ajuda, boa consciência, careta.

Toda esta revolução subterrânea, que não sai nos grandes anúncios horrendos dos Guias, está sendo percebida pelo olhar vidente de Mariângela como pontos luminosos prestes a iluminarem juntos o Eterno Retorno do Poder do Teatro como Arte, em Sampa Paratodos! Percebeu até essa revolução numa peça do Teatro Comercial: a última peça dirigida por Monique Gardenberg. Mariângela fez uma crítica que me fez ver o que não pude ver por estar trabalhando nos mesmos dias. Vejo que ela vê a Beleza que pode brotar até no mainstream global.

A escrita de sua crítica de “Cacilda!” – lembro-me de quando lemos – parecia jorrar em cachoeiras infinitas sobre nós. Chorávamos rindo de Alegria e Beleza do texto. Se ela sente Arte, ela multiplica em mais Arte.

Interpreta em vez de julgar, que é o que o Artista faz. Por exemplo: nos revelou na sua crítica da “Macumba Urbana Antropófaga”, que já não somos mais vingativos como o jabuti, mas estamos em 2011 a acreditar nos sinais. Colhendo palavras do texto de Oswald fez perceber ao público e a nós mesmos os rumos atuais do Oficina Uzyna Uzona.

A maioria dos nossos espetáculos ela foi ver duas, ou até três vezes, antes de sair a crítica. A da “Macumba” saiu no último dia da peça. Mas valeu pelo brilho poético do que percebe como Arte.

Neste dia o Teatro Oficina, no início da Macumba, estava lotado do lado de dentro, e fora estavam 400 pessoas.

Nós tiramos a peça de cartaz para reensaiar “Bacantes”, que faz o Gran Finale do “Ano do Brasil na Bélgica’, em janeiro de 2012, mas vamos voltar depois do Carnaval, com a crítica de Mariângela abrindo alas para as novas temporadas da “Macumba”. Como ela sempre demora pra escrever a crítica de nossas macumbas, ficamos putos, muitas vezes, mas quando chega, entendemos.

O tempo dela não é o do rebanho.

Mariângela é a Crítica Artista, o João Gilberto da Crítica do Teatro Brasileiro. Só cria em seu tempo, não de encomenda. É vital para o “Estadão” dar epaço para esta Crítica Artista. Ela é como João. O que produz nas letras, no jornal, tem a mesma maravilha da visão divina do criador da batida da bossa nova.

Porque desperdiçar um ser desta dimensão?

Ela fora do jornal vai continuar escrevendo por ser mesmo uma compulsiva grande Crítica de Teatro, como Harold Bloom, Ian Kott. Mas e nós que estamos criando o teatro de que a mentalidade pequeno burguesa do rebanho tem medo, não entende, nem quer entender? Como ficamos sem Mariângela num jornal da importância do “Estadão”?

E como fica o “Estadão” sem uma Artista desta vitalidade?!

Será um sintoma desta época que tem medo da Arte, que só pensa no rebanho mercantil, que vai se drogar no Teatro pra ver de perto os artistas de TV? Que tem horror e ódio do Teatro que fazemos? Que dão bandeiras até de artefobia, de oficinofobia?

É um fato histórico no Teatro-Arte Brasileiro esta demissão de sua melhor Crítica. É mais que justo que seja revisto pela direção do jornal, ou assumido como uma submissão à  pressão da mediocridade burra do público consumidor do Mercado de produtos descartáveis.

Submissão aos moralistas, aos que não querem o Teatro que toque nos Tabus do Desejo de todos nós bichos humanos, sem importar a classe social. Aos que não querem abandonar os privilégios de sua Imagem, de seu Padrão. Aos que não querem transfigurar-se com a Arte Libertária do Teatro. Aos que mantêm os padrões de opressão ao bicho humano que sai do seu papel miserável na Sociedade de Espetáculo, em pleno desabamento.

Eu gosto muito das páginas do Caderno 2. Adoro os dois críticos de Cinema e o Quiroga me dá sempre toques necessários. O Loyola, o Jabor, o adorável Daniel Piza – apesar de nunca ter aparecido no Oficina e ter um certo preconceito comigo – e todo o “time” de craques como Antoninho Gonçalves, Roberto da Matta, João Ubaldo Ribeiro, Marcelo Rubens Paiva, Luis Fernando Veríssimo, Jota B Medeiros (muito importante, nosso aliado), Ubiratan Brasil. Gosto da importância ganha pela Música nas páginas, etc…etc…

Mas pergunto: porque fazer isto com o Teatro? Com a Arte Teatral ?

Ela está emergindo com muita força, vinda dos terremotos da Era Capitalista Liberal, que nunca soube apreciar esta Arte.

A Arte que Mariângela cultiva, como a música de João, vem vindo, com a Economia Verde, saltando os obstáculos de sua chegada com a rapidez da Internet.

“Estadão”, por Cacilda Becker! Não cometa esta injustiça contra as leis de Antígone, as leis transumanas que a Arte de Teatro há milênios cultiva para o não desaparecimento da espécie humana, em extinção na caretice do rebanho.

José Celso Martinez Corrêa

Regente dos Coros do Teatro Oficina Uzina Uzona em direção à Arte do Teatro de Estádio Oswald de Andrade.

Ió! Ana de Hollanda

Ministra Coroada pelo Touro Dionísios

Ana neste momento cria, luta, age, 
juntamente com o Embaixador do Brasil na Bélgica,
para que no final do “Ano do Brasil na Bélgica”
aconteça nos dias 13,14 e 15 de janeiro de 2012 
“Bacantes”
com tudo que o Rito de Origem do Teatro precisa.

O diretor do Theatre de la Place
Serge Rangoni
pretendia suspender as apresentações de “Bacantes”
alegando falta de tempo para montar o Hard da peça em época Natalina.

Aqui no Brasil, Ana mobilizou toda sua equipe ligada à Europália
para que juntamente com a Equipe de Produção e Equipe Técnica do Uzyna Uzona,
lideradas por outra Ana, a Rúbia,
criassem as condições para que o deus do Teatro Dionisios e seu Tyazo,
gozassem a Vitória de exportar para a Europa o Vinho “Torna Viagem” DIONÍSIOS,
na atuação do carioca de Grajaú, 1º Ator do Teatro Oficina Uzyna Uzona, Marcelo Drummond, em seu 25º ano de vida dedicado à chegada
no Teatro Brasileiro de DIONISIOS,
fazendo assim o retorno do Teatro Brasileiro
ao Poder Antigo das Arenas,
Teatros de Estádios da TragyComédiOrgya.

Evoé! Ana de Hollanda !
Evoé! todo Tyazo do Minc que trabalha na Europalia
Evoé Embaixador Maia Amado

José Celso Martinez Corrêa
Presidente da Associação Teat(r)o Oficina Uzyna Uzona

Amor Ordem Alquímica Democrática Progresso Verde

Em um ato de desrespeito às normas contratuais entre os humanos, e ao andamento de um trabalho realizado por um grupo de mais de 55 pessoas no Brasil, e inúmeras outras na Europa, o Teatro de La Place pretende cancelar a temporada das Bacantes em Liége, no mês de janeiro, encerrando o festival Europalia que em 2011 e 2012 leva à Belgica um panorama das artes brasileiras.

Alegando “falta de tempo”, o diretor geral do La Place e da Europalia em Liége, Serge Rangon, escreveu à organização do Europalia solicitando a anulação das Bacantes, depois de meses de intenso trabalho tanto para se ajustar o rito dionisíaco às condições oferecidas pelo La Place quanto para conseguir novos recursos que possibilitem ao Teatro Oficina realizar as Bacantes em toda a sua potência para o público belga.

Neste ano Brasil na Bélgica, o La Place pode, com esse corte, fazer de seu país um anfitrião sem educação, praticando um ato de ignorância teatral ao impedir o Teatro Oficina, instituição teatral mais longeva do Brasil, de se apresentar para o público que já comprou os ingressos.

Seria também um ato de desprezo pela atitude grandiosa da FUNARTE e do MINISTÉRIO DA CULTURA, que se comprometeram em cobrir os gastos com as quais o festival não pode arcar e também demonstraria falta de confiança no povo que vive na Bélgica, nos trabalhadores de teatro que nesta crise de desemprego, com o maior prazer, trabalhariam nos dias que não são feriados, entre Natal e Ano Novo, para erguer arquibancadas, colocar refletores, instalar caixas de som, e enfim criar um Teatro que abre este ano de 2012.

O Rito da Origem do Teatro em BACANTES, vem exatamente neste equinócio trazer a renovação Natalina: Jesus, sublimação de Dionisios, que nasceu exatamente nesta época no monte Parnaso onde as Mênades íam acordar “il bambino”.

Entenda o caso:

Desde a confirmação da presença do Teatro Oficina com as Bacantes no Europalia, em julho deste ano, a Cia. vem trocando informações diariamente a fim de estabelecer as condições necessárias à realização do rito: Riders técnicos foram enviados, especificando a quantidade de material necessário, em todas as áreas, e todos foram, com o tempo, cortados, de acordo com pedidos do Teatro de La Place. As solicitações da equipe de arquitetura cênica do Oficina, há muito enviadas à Liége, ficaram todo o tempo sem resposta, apesar do esforço em obter qualquer informação a respeito com o pessoal do La Place.

Mais recentemente, no dia 5 de dezembro, o curador brasileiro que faz a intermediação com o Oficina, em reunião realizada no teatro, informou à nossa produção que Liége pedia o acréscimo de 35 mil euros para que se pudessem realizar as Bacantes. Embora tenha sido pega de surpresa, a produção do Oficina e o curador deram início ao esforço de conseguir esse adicional, e em 5 dias apenas, tiveram a resposta positiva da FUNARTE e do MINC de que haveria essa verba para disponibilizar às Bacantes.

Neste mesmo dia 10, quando o Oficina informou a Liége que havia conseguido o dinheiro, teve como resposta uma carta enviada à coordenação da Europália pelo diretor geral do La Place, pedindo o cancelamento das Bacantes. Agora o Oficina trabalha para que justamente não seja perpetrado esse ato digno de Penteu, ao impedir que as Bacantes e Dionísio, aportem na Bélgica com seu Carro Naval.

Zé Celso escreveu uma carta endereçada diretamente à presidenta Bozena, do Europalia, que pode ser lida no site do Oficina, em três línguas, inclusive o flamenco. E agradece o esforço da ministra da Cultura com estas palavras:

Quero aqui declarar profundo agradecimento a Ministra da Cultura Anna Buarque de Holanda. Através de Antonio Grassi, Presidente  da Funarte, fomos informados que a Ministra  está agindo pessoalmente com muito empenho, para resolver o impasse criado pelo diretor do Theatre de la Place que quer fechar as Portas de seu Teatro para Dionisios, o deus do Teatro. Entrou em contato com o  Embaixador  Brasileiro na Belgica,  argumentando ser um absurdo o “Ano Brasil na Belgica ” não ter um fim, terminar sem encerramento solene previsto com “Bacantes”  para os dias 13,14 e 15  de janeiro de 2012.

Minha admiração por este gesto de Anna, defendendo o Teat(r)o Brasileiro, cresceu muito. Que Dionisios, deus das colheitas, da fecundidade , do teatro e do vinho derrame sobre ela, todas as suas Graças. Evoé Anna!

A carta do presidente do La Place e da Europalia em Liége informando do cancelamento, e a resposta do Oficina, podem ser lidas abaixo:

“Prezada Bozena,

Como eu dizia na nossa conversa telefônica da terça-feira, nós nos encontramos infelizmente face a uma situação impossível de se administrar, sem uma resposta clara ao respeito de “As Bacantes”. Nós esperávamos uma resposta definitiva na segunda-feira.

Nossos ateliês já adiaram o começo da realização dos elementos cênicos de duas semanas, e nós ainda não lançamos a comanda de aluguel das arquibancadas nem do material técnico. Também não pudemos lançar toda a comunicação em torno do espetáculo, cuja realização ainda é incerta. Com as festas de final do ano, daqui duas semanas, nossa atividade fica mais lenta e isso aumenta os custos, se pedirmos às equipes para trabalharem nesse período que tradicionalmente lhes permite de recuperar as horas extras do começo da temporada. Isso tudo sem falar da questão do custo extra incomprimível para apresentar o espetáculo, questão esta em torno da qual havíamos decidido juntos de decidir definitivamente na segunda dia 5 de dezembro, o que não pôde ser feito.

Todos esses motivos nos obrigam a ter de tomar a decisão de anular o espetáculo, como conversado por telefone. Eu sei que todos os esforços foram realizados: pelas autoridades brasileiras, pelo comissário brasileiro a quem eu agradeço particularmente pelo seu compromentimento e sua vontade de chegar-se a uma solução, pela equipe da Europalia e também pela companhia que, mesmo reagindo muito tarde, nessas últimas semanas também buscou soluções.

Todos esses esforços mostraram-se inúteis face à grandeza dessa produção titanesca que nós tanto gostaríamos de apresentar ao público belga. Mas os custos gerados, os riscos, o tempo restante para a realização, todos esses elementos devem nos conduzir todos, racionalmente, a cancelar o espetáculo e, de comum acordo, enviar um press release para anunciar ao público a impossibilidade de apresentar o espetáculo por razões técnicas. Nós lhe proporemos um texto no começo da semana que vem. Nós vamos reembolsar o público ao mesmo tempo.

Os outros espetáculos brasileiros apresentados são um sucesso enorme e estamos todos felizes com essa colaboração. Nós lhe agradecemos, você e seus colaboradores, por todos os esforços e pela sua escuta e pela sua paciência.
(…)

Serge Rangoni”
RESPOSTA DO OFICINA:

“Prezados

Estamos em pleno processo de ensaio de BACANTES
e continuaremos trabalhando para levar esse rito dionizyaco.
Nós e vocês já temos o dinheiro necessário.
Voces alegam questão da falta de tempo.
Mas para combater isso,
o Teatro tem um poder incomensurável
de mover o mundo,
de atravessar obstáculos.
O Europalia, que descobrimos que foi originalmente
o festival da fertilidade, como os ritos dionizyacos,
precisa invocar essa potência do eterno retorno a sua origem
como nós estamos invocando a potência de Dionizyos

Sendo um festival de Arte e de Teatro deve-se perceber
que a Furia da Arte não aceita abortos,
é um processo vivo.

Não há obstáculo que não seja superado
com a capacidade de exercer o Poder do Teatro,
que transforma dificuldades em Arte.

Vamos encerrar esse festival
É a nossa missão
e vamos cumprir essa missão

Temos a vontade teatral
e já iniciamos a campanha anunciando nossa ida ao Teatre de La Place

Temos certeza que os belgas nesse momento terão prazer em vencer esses obstáculos.
E será uma honra vence-los
e devolver BACANTES para seu berço: a Europa.

Nós estamos levando o vinho Torna Viagem Bacantes

Vivemos 2011 em viagem pelo Brasil
montando um teatro para 2000 pessoas em cada cidade
e sabemos, por experiência, que é possível montar uma estrutura
como a que BACANTES necessita em qualquer tempo que se precise

Vamos pra Europa para fertilizar
depois do Acordar do Revellion de 2012
com Arte
com Ardor”

“Dear all

We’re in the middle of BACANTES rehearsal process
and we keep working to carry on the Dionysian rite.
You and us have the money needed.
You talk about the lack of time.
But, to fight this,
the Theater have the unmeasurable power to move the world
to get through obstacles.
The Europalia, that we found out was originally
the fertility festival, like the Dionysian rites,
need to invoke this power of the eternal return to its origin
as we are invoking the power of Dionizyos.

Once it’s an Art and Theater festival, it has to realize
that the Rage of Art does not accept abortions,
it’s a living process.

There is no obstacle that is not overcome
with the capacity to exercise the Power of the Theater,
that transforms difficulties in Art.

Let’s face this festival.
It’s our mission
and we’re going to accomplish this mission.

We have the theatrical will
and have already started the campaign announcing our going to the Theatre de la Place.

We’re sure that the Belgian, at this time, will have the pleasure to win these obstacles.
And it’s going to be an honor to do it
and take BACANTES back to its birth place: Europe.

We’re taking the Bacantes Trip Take wine.

We’ve lived 2010 traveling through Brazil
setting up a theater to 2000 people in each city
and we know, by experience, that it is possible to set up a structure
like the one needed by BACANTES, in any time required

We’re going to Europe to fertilize
after the 2012 Reveillon’s Awakening
with Art
with Ardor

from all people of Teatro Oficina”