Acompanhando um álbum de fotos que tirou na estreia da Macumba Antropófaga nos 50 anos do Teatro Oficina, em 16 de agosto, Jeff Anderson publicou um texto, que julga ser uma crítica do rito-espetáculo. Zé Celso decidiu replicar o texto. Esse blog publica primeiro o texto de Anderson, e logo em seguida, a réplica de Zé:
Texto de Anderson:
Criticar o Teatro Oficina é difícil pra caralho, ainda mais nesse contexto estéril sobre o qual sobrevivemos.
Todavia, tentarei. Faço isso, pois acredito que a crítica é o único dispositivo de transformação para se chegar ao ideal. Almejo o ideal. Essa é minha intenção. Mesmo correndo o risco.
████ A ESTÉTICA DA PRIMEIRA DÉCADA DO SÉCULO XXI NO BRASIL ESTÁ LONGE SER POLÍTICA OU LIBERTÁRIA. ELA É PRODUTO E CERCAMENTO.
Ontem (16/08) foi a abertura da exposição “De dentro e de fora” no MASP. Também foi a estreia da peça “Macumba antropófaga” no TEATRO OFICINA em comemoração aos seus 50 anos. Dois espaços de extrema relevância às artes no Brasil. Percorri os dois pontos, na mesma noite, em busca de elementos que demostrassem a transformação estética que o Brasil passeia neste inicio de novo século e, desde já, posso afirmar que:
Não há rupturas (revolução).
Não há criação.
Não há liberdade.
Antes de chegar ao TEATRO OFICINA paramos em uma encruzilhada. Entre as Ruas São Vicente e Santo Antônio.
Enquanto tomávamos cerveja refletíamos sobre os signos que o caminho nos trouxera. Paramos naquele bar ao acaso. Nunca nenhum de nós havíamos parado ali. Bebemos o suficiente para ir de encontro à peça “macumba antropófaga”.
Ao chegar ao teatro, o trabalho e a dança já estavam na Rua Abolição. Esperamos que o cortejo passasse por uma pequena portinha. Era a entrada para o tão famigerado terreno do Silvio Santos. Na porta, um mendigo dormia. Quase fora pisoteado pelos artistas e expectores de Zé Celso. Ao tentar passarmos pela mesma porta da esperança, dois seguranças – de terno e gravata – nos impediram a entrada. Era necessário ter a pulseira azul ao braço para participar da ANTROPOFAGIA, do ritual, da macumba. Era necessário ter a pulseira azul para assistir a uma peça de teatro. Assim compreendi e não lamentei absolutamente. Parti em direção a bilheteria e comprei meu ingresso – a pulseira azul. No valor é de R$ 10,00. Ao pagar não me deram a nota fiscal paulista. A nota fiscal paulista é dinheiro e eu – munícipe – sou restituído com o imposto de icms ao final do ano. É dinheiro. É meu dinheiro, é meu direito.
Já não gostei. Entortei o bico. Comecei a entender.
Mexeram no meu bolso para me vender uma estética libertária, antropófaga.
Paradoxo. Incoerência.
Meu primeiro contato com o TEATRO OFICINA fora na peça OS SERTÕES (3x). Da qual, mesmo com o patrocínio da Petrobras, eu paguei. Foi a grande revolução de minha vida universitária. Nessa época estudava Morrin e a professora Lili nos pediu para fazer um trabalho de campo do qual trouxesse a transgressão como elemento. Eu narrei a cena do dinheiro saindo pelo anus do Zé Celso.
Depois nunca mais voltei. Estudava outras coisas. Vivia outras coisas. A realidade me bateu a porta e as falácias foram caindo como folha velha.
Até que ontem combinei de ir aos dois lugares – extremos – em uma mesma noite: MASP e TEATRO OFICINA.
Era necessário tirar o encantamento que trazia aos olhos sobre todos e qualquer coisa. O desencantamento. E assim o fiz.
Continuei coletando.
Era a estreia da peça “Macumba Antropófaga” que comemora 50 anos do TEATRO OFICINA.
Assim que entramos. Fomos direto para a construção geodésica – ou oca – que fora feita no terreno. Fogos de artifício. Muitos artifícios. Pouco tempo depois estávamos dentro do Teatro e a nudez prevalecia. Assim, como todas as outras vezes.
A pobreza estética começava ali. O jogo sinuoso entre capital e estética era o que estava por ser desmistificado. De belo, somete os corpos. Clichês. Muitos clichês. De reprodução em cena do quadro de Jacques-Louis David em auto coroação de Napoleão, ou ainda na presença física de Amy Winehouse. Rimas de classe média tambem faziam parte da composição. Assuntos rotineiros. Espetadas na politica Obama. A velha critica a Igreja Católica. A com a. E com e. B com b. Em alguns momentos lembrava-me Luan Santana, por mais que a tentativa fosse intelectualizar a letra. Em outros momentos tive sono, mesmo com tanto barulho.
Ideia não existia.
Não existe ideia.
Se existe ela é a antropofagia de cuja autoria é de Oswald de Andrade.
Para realizar essa peça o TEATRO OFICINA deveria pagar direitos autorais por se apropriar de tudo. Se isso acontecesse não seria antropofagia.
O que nos fora apresentado era um Bricoler porco, ou se preferir, Antropofagia de seguidores de Zé Celso. Discurso requentado. Tirado da cova. Há uma grande confusão de entendimento da estética Dionisíaca. Dionísio nunca foi vulgar. Dionísio, antes de tudo era Deus.
A apropriação do signo macumba e antropofagia era o que estava sendo vendido aos espectadores. Tudo com muita seriedade. Eu via pessoas extasiadas com a encenação. Atores e publico. Eles criam terem vivido um trabalho ritualisco, mesmo tendo pago para assistir a uma peça, pela pulseira azul. A estética atingia os sentidos de todos. Catarse. Confusão de entendimentos. Mistificação.
Confundiram tudo e manipularam o que conseguiram. Tudo para um fim: a sobrevivência.
Estávamos ali vendo e ouvindo velhas ideias que não deram certo. Ou melhor, deram. Deram certo em seu momento histórico. Faziam sentido a quem as inventou e no contexto social em que viviam: chegadas de imigrantes, reformulação constitucional do Brasil, reforma estética nacional, guerras além mar. Sobretudo a chegada de imigrantes ao Brasil que tão bem foi trabalhada pelo professor Sérgio em Raízes do Brasil.
O desencantamento aconteceu.
O que estava sendo vendido ali era a estética da liberdade. Da liberdade deles. De quem participa, de quem é dono do capital simbólico e imobiliário do TEATRO OFICINA. Uma minoria. Alguns tem salários, outros não. Alguns ganham, outros colaboram.
Eu me senti enganado por ele – Zé Celso. Porque a liberdade tem que ser para todos. Não é possível criar artifícios para sustentar a liberdade de um pequeno grupo. A liberdade de um pequeno grupo é a supressão da maioria. Isso chama-se aristocracia, ainda que na área cultural. Mas tudo é tão bem feito. Tão arquitetado que demorou mais de cinco anos para que eu pudesse perceber.
É com tanta naturalidade que eles se apropriam e encenam um ritual religioso – MACUMBA – para centenas de pessoas que me pergunto onde está a legitimidade disso tudo?
O jogo simbólico do qual o TEATRO AFICINA trabalha é extremamente complexo. Ele se sustenta a partir da resistência. Tenta propagar o popular. Mas conhece bem o mecanismo Capital.
Eu me revolto com o TEATRO OFICINA pelas pessoas que continuam a propagar tal estética falaciosa. Eu me revolto com o TEATRO OFICINA por ter me iludido. Eu me revolto com o TEATRO OFICINA por ter sido ele o nó górdio que enublava minha compreensão. Eu me revolto com o TEATRO OFICINA por não ter me ensinado que não há LIBERDADE do corpo sem emancipação econômica.
Até mesmo para tirar a roupa, custa.
ANTROPOFAGIA DE CÚ É ROLA
_Jeff Anderson
Réplica de Zé Celso:
É MUITO FÁCIL SER PUTA ARREPENDIDA
Pois você acredita em Ideal, Ideias, para se chegar a um lugar que não existe: O IDEAL. E messianicamente, sem ter ouvido nada do que viu. E ainda reafirma heroicamente “Almejo o ideal”.
Não precisa nem temer o risco porque você cristão do rebanho, já se entregou. Pelo teu texto eu vejo a personagem, de que nem sei o nome. O que me chegou não trazia assinatura.
“Essa é minha intenção. Mesmo correndo o risco.”
Bom, é uma tese acadêmica, que pode fazer sucesso na USP, mas na Universidade Antropófaga você vai ter que ralar muito pra se descabaçar. Vai ter, como dizia Cacilda Becker, que chupar muita caceta.
Mas vamos lá:
“A ESTÉTICA DA PRIMEIRA DÉCADA DO SÉCULO XXI NO BRASIL ESTÁ LONGE SER POLÍTICA OU LIBERTÁRIA. ELA É PRODUTO E CERCAMENTO”
Não é uma Vitória Política da Cultura neste 2011 a conquista deste belíssimo terreno, depois de uma Guerra de 30 anos com o maior poder do mundo contemporâneo, o CAPITAL VIDEO FINACEIRO, para se plantar o Urbanismo Cultural do “AnhangaBaú da Feliz Cidade?”
A mesquinharia que você nos atribui na palavra “famigerado terreno” mostra que você é autista. Foi ao TEATRO OFICINA e não sacou nada. Neste “famigerado” você revela que realmente não sabe que não há LIBERDADE do corpo sem emancipação econômica.
Você sabe que significado tem para o Teatro no mundo um TEATRO DE ESTÁDIO DE 5.000 LUGARES?
O Meio de Produção do Teatro é a Terra. O Terreno onde plantamos nossas Árvores de Arte Teatral.
Você tem toda razão quando revela que na porta, um mendigo dormia. “Quase fora pisoteado pelos artistas e expectores de Zé Celso.”
Eu trabalho para que haja dança perceptiva dos aqui-agora, delicadeza e contracenação com tudo, principalmente com os mendigos do Bairro. Nós fazemos questão de passar pela rua São Domingos, exatamente para termos a contracenação que pode dar início a um trablaho com os mendigos, craqueiros, moradores de rua daquele lugar.
Mas nem os artistas e expectores, são de, pertencem a mim Zé Celso.
A ansiedade e tensão de uma 1ª vez, de uma estreia, sempre deixam tanto o público como os atuadores tensos. Um 1º encontro de jovens que estão estreando no Teatro diante da Multidão. Claro que a “Macumba” vai evoluir e ganhar a dimensão do Sagrado que é o que mais importa.
A mesma personagem que diz que não aprendeu no Oficina que sem emancipação econômica não há liberdade do Corpo, em sua tese se queixa por que “dois seguranças – de terno e gravata – nos impediram a entrada. Era necessário o ter a pulseira azul ao braço para participar da ANTROPOFAGIA, do ritual, da macumba.”
De que vive um Teatro? “Não me peça para dar a única coisa que tenho para vender”, afirmava sabiamente Cacilda Becker. A Bilheteria, como na Putaria, na Pirataria, na Droga, no Comércio, é Cash. No Teatro a Bilheteria é Sagrada, ainda mais na MACUMBA onde o dinheiro é uma exigência Litúrgica. E você nobre acadêmico, ainda pagou somente 10 reais, que foi o preço a que pudemos chegar apara os amigos do Oficina.
Nós somos uma Associação Cultural, com atividade econômica mas sem fins lucrativos, logo, “Pequeno Burguês”, não lhe deram a nota fiscal paulista. Esta fala é digna mesmo de uma personagem Pequeno Burguesa, é Linda:
“A nota fiscal paulista é dinheiro e eu – munícipe – sou restituído com o imposto de icms ao final do ano. É dinheiro. É meu dinheiro, é meu direito.
Já não gostei. Entortei o bico. Comecei a entender.
Mexeram no meu bolso para me vender uma estética libertária, antropófaga.
Paradoxo. Incoerência.”
Será que você viu alguma coisa da cena da oca? Sentiu o cheiro do Absinto? Entrou implicando com os fogos de Artificio?! O Teatro é o lugar de uma Arte que joga com o Artificial. Eram belos os foguetes, muito dentro do ritmo das cenas que você pequeno burguês não acompanhava por que estava com a cabeça cheia de minhoca. Você nunca deve ter lido o “MANIFESTO ANTROPÓFAGO”, senão iria saber do grande momento da história mundial em que os habitantes vestidos do Hemisfério Norte, topam com os Índios do Brasil, pelados e percebem que somos todos “bichos humanos iguais”. Quisemos montar estas cenas escritas em 1928 para revelar a origem Estética da beleza deste figurino REVOLUCIONÁRIO: A NUDEZ. A mesma que temos nos momentos de um Banho, de fazer a grandeza do amor, de procriar, de nascer de uma boceta nua, nús no mundo!
A partir daí sua cabecinha cabaça somente passa a assistir “clichês”, sem perceber que na exaltação deles, “CLICHÊS”, vamos desmanchando-os. Você nem sabe perceber a importância de Napoleão Auto Coroado, como as Bacantes fazem auto-coroando-se de Hera.
É uma honra chegar ao brega de Luan Santana, não temos intenção nenhuma de intelectualizar a letra, aliás é assim na maioria dos poemas de um dos maiores Poetas do Mundo: Oswald de Andrade.
Claro que não existem ideias. Você não deve ter ouvido isto, nas palavras literais de Oswald:
“CORO
Somos
concretos.
Ideias
tomam conta,
reagem,
queimam gente na praça pública.
(BREQUE)
Suprimemos
as Ideias
e outras paralisias.”
Apreenda um pouco com estas falas de “O Homem e o Cavalo”, do mesmo OA:
“O EMPREGADO DA GARE
(…)Velho Idealista, acreditas ainda que as invencões são obras de um só homem? Não vês como delas a humanidade se apropriou serenamente? Quem inventou o Fogo?
ICAR
Foi Prometeu
O EMPREGADO DA GARE
Vives de mitos, não sabes que o inventor é o que acrescenta a última pedra no edifício, experimentado antes por vários trabalhadores anônimos sacrificados?”
Vossa Ignorância brilha:
“Se existe (uma Ideia) ela é a antropofagia de cuja autoria é de Oswald de Andrade.”
A Antropofagia Oswald revelou quando descobriu o elo perdido com os Índios Antropófagos, não só do Brasil mas do Mundo Inteiro, tanto que hoje é o assunto que mais interessa as Universidades do Mundo Inteiro. Oswald é o unico Fileosofo Original brasileiro, por ter redescoberto esta prática de devoração e mistura que é a própia prática do povão Macunaíma brasileiro:
“Só me interessa o que não é meu. Só a Antropofagia nos Une.”
Claro que ela se apropria de tudo que está aí. Neste asssunto você é pré-Modernista e pré-antropofago. Com essa tua couraça você não foi capaz de ouvir os conteúdos dos cantos de Oswald. Aconselho você a ler Oswald, ler os que o estudaram, se é que é pelo cérebro acadêmico que você vê o mundo. Um Acadêmico não pode ser igmorante a este ponto.
Sai dessa:
“Dionísio nunca foi vulgar. Dionísio, antes de tudo era Deus.”
1º não se escreve com maiúscula o nome do deus Dionísio. Você não tem percepção de si mesmo para sacar que está dando um Show de Vulgaridade. Mas eu não tenho nada contra a vulgaridade quando é bela e inteligente. A Tua é cafona, brega, previsível. Respondo porque tenho prazer em te vomitar.
“Apropriação do signo macumba e antropofagia era o que estava sendo vendido aos espectadores.”
Só acredito no artista que se apropria, incorpora o que recebe. Como você percebe nós estamos nas antípodas dos valores.
O que vendemos é mesmo Estética e Liberdade. Como putas. Eu invejava o tempo em que a carteira profissional dos Atores e Atrizes era igual a das Putas, por isso não tenho até hoje DRT.
Qual é o capital imobiliário que o Teatro Oficina tem? Somos posseiros das terras em que criamos o Oficina. O terreno pertence à Secretaria da Cultura, mas nós o cultivamos há mais de 50 anos. A Economia interna do Oficina Uzyna Uzona é Auto Gerida. Claro que quando há dinheiro os mais antigos, e que deram a vida, ganham pelo menos como os salários dos artistas mais experientes, e os que nunca fizeram teatro ganham, além do aprendizado gratuito, o poder de ter bolsas.
Trabalhamos todo o 1º Semestre deste ano exclusivamente com o cachê de Paraty, acho que de 25.000 reais. Nem os mais antigos, nem ninguém, recebeu nada, a não ser este cachê. Somos uma Associação de Artistas, mas é óbvio que quando recebermos Patrocínios e a Sagrada Bilheteria, poderemos pagar todos muito bem, como aconteceu o ano passado quando fomos subvencionados pelo MINC e PETROBRAS.
Você quer que sejamos um Albergue, um Banco, o que? Somos uma Cia de Teatro.
“Não é possível criar artifícios para sustentar a liberdade de um pequeno grupo.”:
A liberdade conquistada por um um pequeno grupo é o incentivo para todos os grupos que batalham em coletivos como nós. O teatro é uma arte aristocrática, nosso rei é Momo, e praticamos a MomoArquia.
Desde quando o Oficina se sustenta a partir da resistência? Tenho horror a esta palavra. Nós, diante dos obstáculos, RE-EXISTIMOS, NOS REINVENTAMOS. JAMAIS RESISTIMOS. Quanto ao mecanismo do Capital queria conhecer mais, infelizmente sou muito ignorante nesta área, tanto que estou assitindo a versão cinematográfica do Livro “O CAPITAL”, de Marx, do cineasta Alexander Kluge, para saber mais.
Aí vem um Gran Finale de Ressentimentos e revoltas clássicas do sistema do Teatro do Oprimido:
CANTO DA PUTA ARREPENDIDA
“Eu me revolto com o TEATRO OFICINA pelas pessoas que continuam a propagar tal estética falaciosa.
Eu me revolto com o TEATRO OFICINA por ter me iludido.
Eu me revolto com o TEATRO OFICINA por ter sido ele o nó górdio que enublava minha compreensão.
Eu me revolto com o TEATRO OFICINA por não ter me ensinado que não há LIBERDADE do corpo sem emancipação econômica. Até mesmo para tirar a roupa, custa.
ANTROPOFAGIA DE CÚ É ROLA”
Adoro Cú, Rola, e caia de joelhos por eu ter te dado o presente desta réplica.
É que, como você é novo adepto da OFICINOFOBIA, sei que, através deste texto, estou falando com muitos Grupos de Ódio ao mesmo tempo.
Tenho me divertido muito com eles no meu Blog.
Só lamento a IGNORÂNCIA TOTAL DAS COISAS e tento dar minha CONTRIBUIÇÃO PARA TODOS ESTES VELHOS ENGANOS
AMO A INTELIGÊNCIA E A ARTE TEATRAL
Zé