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Arquivo mensal: setembro 2012

Versão em brasileiro:

Querido Hans,

dia 5  á noite no Teat(r)o Oficina

os talentosos Gilbet & George

inspiraram muito á nós artistas do  Oficina Uzyna Uzona

q em pleno ensaio montando  na sua “menor dimenção 

mas com muita gente:

“Badener Lehrstück vom Einverständnis” de Brecht

A   1ª Parte do Acontecimento

na  Obra de Arte-Vida -Teato da  Dupla-Una :G&G

brasileiros presentes e  as  pessoas vindas de varias partes do Mundo deram o Tom 

em inglês,

ao  espaço foi Espaço de Lina entrou  numa  atmosfera de um

“Global Theatre of Visual Arts”:

Luz do  Palco Italiano para os  Performers

Público no Escuro na Pista da Rua Lina Bardi

Sucesso Total!

Ms eu …entrei nesta atmosféra q não era a de Lina

estava voduzado /enfeitiçado

de tempos em tempos / falava o q sentia

comunicava em brasileiro aos Público q intaurara

a língua inglesa:

dizia agoniado “minha fala está numa lentidão!!!”

A tradução estava sendo feita nos teus ouvidos ,

Hans ,

a maior parte do público vindos da Bienal

não entendia o que eu falava,claro,

foi  saindo…

e eu marcando agoniando essa saída: com o

“…estou muito devagar …”

Eu poderia ter arrastado meu mau inglês,

falado em francês

mas eu queria mesmo falar em criollo português

quer dizer em  brasileiro língua q “já passou do português”

E me despossuí de meu transe de 53 Anos naquele Terreiro

de Lina,estava enfeitiçado mesmo

Não pedi pra  acederem as Luzes, como faço sempre,

pra saber “quem por aí?quem?”

olhando, olhos nos olhos o  Publico,

fazendo ligar a Fonte d’Água á frente ao Palco onde estávamos

mostrar a Obra de Arte o  Teat(r)o Oficina

fazer  abrir  e fechar o Teto Móvel nas nossas Cabeças

Ir cantando a Obra de Arte Arquitetura Urbana

o  janelão onde comecei

sem iluminação abraçando a Arvore Cezalpína

varando os vitros e estruturas do  espaço ganhando o que Lina chamava as Catacumbas de Silvio Santos

o Terreno tombado do nosso entorno onde queremos contruir o Teatro de Estádio Oswald de Andrade pra inaugurar a

COPA DA CULTURA em 2014 juntamente com a COPA MUNDIAL DE FUTEBOL á ser realizada em muitas Capitais de alguns Estados do  Brasíl

a Universidade Antropófaga

 a Oficina de Florestas

Lembra quando eu falei a palavra Peripatética?

Ninguém já me ouvia

Eu não havía combinado nada com os técnicos, músicos,atuadores do Oficina,mas sempre conseguí vencer  essas faltas de preparação pelo meu tino de sacar o ambiente e improvisar em cima do aqui agora,lugar e tempo em que eu nnao estava por estar enfeitiçado

Queria  percorrer os espaços do Teat(r)o com o Publico todo mesmo com nossa arquiteta Carila  me alertando q sería perigoso, caminharmos pelas estruturas de aço q estão interditadas para obras de Restauração (Espero fiquem prontas até nossa Possessão do Oficina Canto de Cisne de Lina até a Casa de Vidro sua 1ª Obra” em Novembro )

Mas  sobretudo queria percorrer a Rua Lina Bardi ,a atual Pista do Teat(r)o com todas as pessoas presentes  ,atravessarmos  juntos ,já ensaiando a Possessão Afoxé  dos Arcos Romanos abertos agora, depois de 30 anos .Lina não chegou á  ver “o Chão de Terreiro co  Galerias do Scala de Milano, abrindo-se para as  Catacumbas do Colyseum de Silvios Santos”

Irmos todos  juntos cantando e dançando um afoxé suave passeando pelo enorme Terreno que nos cerca e q estamos ocupando, até aquela Mandala onde acendí uma Fogueira,na maior solidão

Iríamos chama a força do desejo de Artistas Plásticos  de muitos lugares do Mundo pra de ser completada , mais rápido possível, a “Obra Incompletada de Lina “ no Terreno que Ocupamos agora, emprestado por Silvio Santos.

Ganharmos os  q lá estavam aquela noite para somarem-se á a força   necessária para Completarmos o Projeto Arquitônico Urbanístico de Lina : q chamamos de AnhangaBaú da Feliz Cidade

Perdemos  uma oportunidade única de no Oficina estarem ,naquela noite :Artistas ,Críticos de Arte , Curadores internacionais, súditos culturais da linga internacional  inglesa

É o Óbvio Ululante !

Falei  em brasileiro, sem  TRADUÇÃO  e pior eu estava VODUZADO,senti, mas não  conseguí quebrar o VODÚ

Totalmente enfeitiçado não saquei q poderia ter convocado o jornalista critico de teatro, ali presente, diretor da casa do saber, escritor agora dos “50 anos do Teat(r)o Oficina”: Mario Vitor á fazer a Tradução

Acho q suas entrevistas amado Hans, teriam dado um salto,se todos estivessem ligados pelas pontes da tradução.Você estaria me perguntado tendo também tuas palavras traduzidas para o brasileiro e teríamos alem da Gravação em DVD, um texto bilíngüe de tradução ao vivo.

Passou,mas não  me conformo ,vamos fazer algo q ensaiaremos em Novembro ,um Passeio Bi-lingue,em forma de Afoxé-Corso,com Carros Abertos,Bicicletas , Cavalos …antes de seguirmos para a Casa de Vidro.

ACORDES Hans?

PS.-Ah! quero um grande favor teu ,que me passe o contacto do jovem artista russo de Moscou, um menino de cabelos louro revoltos e outro jovem artista de Recife que trabalha com Cavalos.Eles me deram seus Cartões , mas eu os perdi, coloquei no bolso de minha calça acho que caíram. E tínhamos combinado em trabalhar juntos em Novembro na “Possessão Peripatética”  e também em Pernambuco fazendo a Peça Peripatética do Poeta João Cabral de Melo Neto, sobre o Frei Caneca, herói da Independência do Brasil, em Corso Afoxé atravessando de Olinda  á  Recife na Orla do Mar

Chegaremos até o lugar do espetáculo armado de seu do enforcamento diante dos muros do Forte das Cinco Pontas. Despojado do hábito religioso, ou seja, «desautorado das ordens» na igreja do Terço, na forma dos sagrados cânones», ainda assim tendo três carrascos que se recusaram a enforcá-lo. A Comissão Militar ordenou seu arcabuzamento, («visto não poder ser enforcado pela desobediência dos carrascos»), atado a uma das hastes da forca, por um pelotão sob o comando do mesmo oficial. Seu corpo foi colocado junto a uma das portas do templo carmelita, no centro do Recife, sendo recolhido pelos religiosos e enterrado em local até hoje não identificado.

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Versão em Inglês:

On the evening of September 5 at Oficina Theater

The talented Gilbert & George

Inspired us a lot, we artists of Oficina Uzyna Uzona

that were in time of rehearsal  in its “smallest dimension”,

but with a lot of people:

“Das Badener Lehrstück vom Einverstandnis”, by Berthold Brecht.

The first part of the event, an artpiece of Art-Life, from the Double-One: G&G.

Present Brazilians and people coming from varios parts of the world set the Tom

(Tune) in English. Lina’s space went to Space, through an atmosphere of “Global

Theatre of Visual Arts”: Italian Stage lights on the Performers

Audience in the Dark at Lia Bardi Street

Total Success!

But me… I went into this atmosphere that wasn’t that of Lina

I was voodoo-taken/bewitched

at times/ I spoke what I felt

speaking in Brazilian that established English as the idiom:

I said agonizingly…“my speech is so slow!!!”

Translation was beig made to your ears, Hans,

most of the audience coming from the Bienal,

could not understand what I was saying, for sure, leaving the theater…

And agonizing I was paying attention to this evasion: and the “…I am too slow” sounding in my ears

I could have tried my poor English

Could have spoken in French, but what I really wanted was speak in Portuguese criollo

that means in Brazilian a language that is already beyond Portuguese

And I was desowned from my 53-year trance in that Terreiro de Lina, I was reallly bewitched

I didn’t ask to turno on the lights, as I always do to know

“who’s there? who?”

looking on the public’s eyes,

making the water flow from the Fountain facing the stage where we was

showing Theat(r)o Oficina’s art piece

Moving to and fro the movable roof over our heads

Singing the Art Piece Urban Architecture

the big glass window where I started

without any lighting embracing the Cezalpina Tree

crossing the vitreaux and space structures reaching what Lina called Silvio Santos’ catacombs –

the Oficina’s space which is designated and therefore protected as cultural and architectonic landmark of our surroundings

where we want to build the Stadium Theater Oswald de Andrade to be innaugurated with a Culture Cup during the World Cup in 2014.

Do you remember when I mentioned the word peripatetic? No one was hearing me anymore.

Nothing had been settled with technicians, musicians, Oficina’s players, but I always managed to gou around these glitches through a sense of feeling of the ambiance, and improvisation with the here, the now, place and time of which I was absent because I was like charmed.

I wanted to go through the spaces with the audience. Abova all, I wanted to wander Lina Bardi Street with all the people, the theatre corridor, rehearsing the Afoxé Possession of Roman Arcs now opened. Lina did not live to see this “Terreiro” with Scala Milano Galeries, leading to the Catacombs of Sylvio Santos’ Colyseum.

I wanted to be going together singing and dancing a soft afoxé passing along this big space that surrounds us and that we are occupying, up to that Mandala where I lit a fire, in great solitude.

We would call up the force that comes from the artists’ desire, coming from many places around the world to complete, as soons as possible, “Lina’s Unfinished Work”, in the piece of land that we are ocuppying now, lent by Silvio Santos.

We wanted to atract those that were there that night to sum up to the necessary force to complete the Lina’s Architectural and Urban Projecet: the one that we call Anhagabaú da Feliz Cidade.

We lost that unique opportunity tha the presence of being presente there that night artists, art critics, International Curators of Art, cultural subjects of the English language.

The obvious conspicuous in front of me!

Totally bewitched, I could not see that I could have called the journalista, theater critic, present there, managing director of Casa do Saber, Mario Vitor Santos, to translate what I was saying.

I believe, that your interview, beloved Hans, if everybody was to be connected through the bridges os translation. You would be questioning me also with the translations aid and we would have, besides the DVD recording, a biligual version translated live.

It is over, but I cannot get over it. Let’s make something that we will rehearse in November, a bilingual stroll, in the fashoin os an Afoxé-corso, with open cars, bikes, horses, before we proceed to the Glass House

Do you agree, Hans?

PS – Ah, I need a big favour from you. Would you give the directions of the young Russian artist from Moscow. A young man with blonde curly hair and the other artist from Recife that works with horses? They gave their cards, but I lost them, they may have fallen from my trousers pockets.

We had arranged to work together on November at the “Peripatetic Possession”, and also in Pernambuco in a version of the “Peripatetic Play” by the poet João Cabral de Mello Neto, abot Friar Caneca, the heroe of Brazilian Independence Movement,. It will be a Corso Afoxé, going from Olinda to Recife, by the beach front.

We´ll arrive at the site of the show of his hanging facing the walls of Forte das Cinco Pontas. Relieved of the religious costumes, that is, “unauthored from his orders” at the Church of the Terço (Rosary), in the form of Sacred Canons, even though there were three slaves that refused to participate on the hanging. The Military Commission ordered its shooting by arquebuz (once he could not be hanged due to the executioners’ refusal). He was tied to one of the gallows pillars by a platoon headed by the same officer. His body was placed by one of the carmelite’s temple doors, in downtown Recife. His remains were carried away by his religious peers and buried in a non-identified site.

Nesta foto estou procurando a Imagem do Teatro de Estádio que no sufoco do tempo foi esquecida para o dossiê que entregamos a Ministra Marta, mas já enviada por email. Ela ficou animadíssa com a COPA DA CULTURA 2014 no TEAT(R)O DE ESTÁDIO OSWALD DE ANDRADE. BOTO FÉ. ZÉ.

Entrevista, na íntegra, para a Revista Monet sobre o cineastra Elia Kazan.
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É inevitável que toda vez que se fale de Elia Kazan, se mencione o episódio da delação dos colegas do Partido Comunista. Você acredita que, de alguma forma, esse episódio influenciou a leitura da obra de Kazan no cinema?

KAZAN, como Chaplin, Brecht, diante da PRESÃO Comunismofóbica do MACARTISMO driblaram o interregatório.

Ele mesmo era membro do Partido Comunista e tomou partido na Guerra Fria com os que queriam a Paz com a URSS.

Todos seus  amigos artistas vinham como ele da Era Rosevelt, do New Deal, que dava um valor incomensurável ao Teatro como forma de Cultura de uma Democracía Social para Crise de 29 nos EEUU.
Criaram Group Theatre, ligado à URSS, principalmente por Stanislawiski, que nem comunista era.
A ligação destes artistas era muito mais pela Paz, e pela importância que a URSS dava ao Freud do Teatro: Stanislawiski.
Foram os introdutores de seu Metodo (Method) de intepretação nos EEUU que deu na maravilha do Actor’s Studium. 
Como diz Martim Scorsese na sua declaração de amor cinematográfica à Kazan” A Letter to Elia”
Kazan cresceu muito depois desta experiência Trágica, desde “O Sindicato de Ladrões” passou a tratar destes temas que o atormentavam como“traição ou não ? “ E seus filmes até o derradeiro cresceram numa progressão exponencial até seu último filme de 1976:“O Último Magnata” .
Eu não tinha idade, nem informação sobre o Marcatismo que fui estudar depois quando fiz a 1º peça de estréia do Teatro Oficina ” A VIDA IMPRESSA EM DOLLAR” (Awake and Sing de Clifford Odets), então muito influenciado pelo Actor’s Studium, Eugênio Kusnet e o Método que Célia Helena, Fauzi Arap, Renato Borghi, Etty Frazer e eu inventamos.
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Então quando ví James Dean, Julie Harris, Jo Van Fleet, Burl Ives, “Vidas Amargas”, “Marlon Brandon e Vivien Leihg” no “Bonde Chamado Desejo” e não somente eles, mas todos atores dirigidos por Kazan, Warren Beat e Natalie Wood no “Splendor in the Grass”, seria uma lista infinita, PIREI!
Eram atuações em que o ator e a atriz, saiam de seus limites humanos demais, clichês,e respiravam suas personagens, numa transfiguração em que se sentía a Poesia da presença deste bruxo Grego-Turco-Americano. Suas personagens abriam-se para o clima, para a temperatura, para a sensualidade numa forma erótica greco-dionizíaca, sua Baby Doll, que ví só no YouTube, trazia a presença da Grande Poesia de Rimbaud e Artaud. Já era a nouvelle Vague, já era o cinema Europeu na Luz, na Imagem, e mais, pois seus atores atuavam em consonância com a Poesia deste mais que diretor, deste Poeta.
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Em seus filmes o erotismo pleno de anima pairava em toda película e nos envolvia em estados de tesão e apaixonadamente que inundava o Cinema de Araraquara.
Foi o diretor que mais me influiu, sem dúvida nenhuma. Fiquei velho, parecido com ele até.
Em entrevista no ano passado para a Trip, você falou que após assistir a Um Bonde Chamado Desejo, descobriu que a subjetividade existia também “lá fora” de você mesmo e que Elia Kazan revelou isso a você. O que Blanche e Stanley manifestaram em você?

Exatamente a existência do Outro, em mim mesmo como Rimbaud que diz  “Eu é um Outro”

Não somente o que disse na TRIP, descubro agora que muito mais. Vivien Leigh por exemplo é uma atriz bipolar, sofreu muito com a esquizofrenia. Mas na realidade este lado louco seu, a fez aproximar-se do Teatro de Artaud através de Kazan. Ela é a personagem, mas a Outra, a mulher porosa ao mundo cósmico, misterioso. Não é uma interpretação psicológica, é uma transfiguração nitzcheana de uma Trans humana. Todos atores de Kazan respiram, são plenos de fendas, por onde entra a luz, a música, a Poesia, mais importante que tudo: o Outro que é o ARTISTA, está em nós mesmos. Eu descobri vendo o “Bonde” que todos tinham esta subjetividade surreal ligada ao Outro. Por ex. Eu sou Zé Celso, meu número de identidade é 1986056-0, mas como artista eu sou o OUTRO, não é o Zé. Odeiam quando estou em cena e me chamam de Zé Celso. É que eu radicalizei tanto este “OUTRO” que chegou nas entrevistas de TV, onde sou transparente e deixo-me comunicar fora do boneco da minha personagem.
Kazan foi co-fundador do Actor’s Studio e fica claro em toda sua filmografia a importância que ele dá ao trabalho de ator. Você acredita que ele poderia ser chamado de um “diretor de ator”?
Não acredito em “diretor de ator”, este termo é muito tecnocrata. Kazan como eu somos Poetas e entramos em contato com os Atores de uma forma  a incitá-los a decobrir eles mesmos seu Poder Xamãnico.

Kazan é muito mais um Feiticeiro, um Xamã. O mundo hoje é enfeitiçado pelo fetiche da mercadoria, do consumo. Kazan faz a bruxaria contraria, ele desvoduza estas personagens “clichês” da sociedade de consumo, como os atores de novela. Por melhores que sejam, não mostram sua alma. Porque suas personagens estão aprisionados em clihês morais. Kazan é além do bem e do mal: BRUXO.

E finalmente, quais os filmes de Kazan que ficaram cravados na tua memória e por que?
Todos que ví e que não ví ainda, como “BABY DOLL”. Amo Kazan como amo cada sílaba de Nelson Rodrigues, cada romance, peça, crítica, filosofia, tudo de Oswald de Andrade e Tenesse Williamns que eu adoro e sonho fazer uma peça dele.

Adorei uma que parece peça de Oswald, Kazan dirigiu no  Teatro “CAMIÑO REAL“.

Não posso me esquecer da tesudíssima Patrícia Neal em “UM Rosto na Multidão”, Gregory Peck em “A LUZ É PRA TODOS”, ” América”, que é Pasolini Puro.
Em minha memória arcaica está Kazan.
Demorei para descobrir que pra mim foi mais importante que Brecht, comparo-o a Meyherhold, Artaud, Pasolini, Godard….a todos os maiores… a tudo que ele consegue através do que quero mais conseguir, já  com 75 anos: O ATOR ELÉTRICO COMO CACILDA BECKER. Ela era uma atriz do mesmo nível das bruxarias deste Xamã Kazan.
Escreví 4 peças sobre ela, montei duas e vou montatr o ano q vem mais duas : O TBC e o TCB.
Cacilda tinha um Carisma, uma presença que engolia toda a tralha teatral e transmutava tudo: os cenários, as péssimas traduções dos diretores do TBC de muitas peças do TBC e do TCB, mas era como uma Xamã que tem muito a nos passar.
Vou rever todo Kazan para fazer Cacilda!!!  e Cacilda !!!!
E vou injetar Kazan na montagem que vou fazer de uma peça que fez 83 anos, há três dias “ACORDES”, de Brecht e do Músico de Vanguarda Paul Hindemith. Vou comer ao molho mix Oswald & Kazan.
Conheci Vivien Leugh, ela ficou muito amiga de Maria Fernanda que fazia a Blanche numa versão do Teatro Oficina em 1962. Ia sempre ao Oficina. Gozei com a peça e com a presença dela e de Madame Morineau (que fez Blanche com Jardel Filho) vendo o espetáculo dirigido por Boal com produção dos meninos da Bigorna.
Era lindo, tão Kazan!
As Vezes deus vem tão depressa!
 

Chegou a tempo o email abaixo a Suplicy. Ele discursou no Senado diante de Marta, Presidente até hoje da Casa, que depois declarou apoio ao Oficina.

Iá! Amado Amigo Senador Eduardo  

Lí no jornal que Marta se diz vocacionada mais para a área executiva, e que no Senado não podia dar o seu melhor.
 
Marta deve estar feliz e nós que cultivamos a Cultura também estamos.
 
Temos uma pessoa com muita visibilidade, que adora o Poder Humano de Decisão.
No Ministério da Cultura saberá dar Valor, principalmente Econômico à Cultura, 
principalmente ao Teatro: encontro de pessoas ao vivo, respirando juntas num processo de catarses que nos tira do Enfeitiçamento da Sociedade de Espetáculos do Capitalismo e nos remete a executar nosso poder humano diante da Macro Economía, da  Especulação e o Fetiche da Mercadoria e ir de encontro á Economía Verde.
 
A chamada Industria brasileira não vai bem das pernas, porque o Brasil precisa, na era da Inteligência e da Criatividade, da Industria Cultural.
 
A Cultura é uma Indústria de Transformação da Vida, de acordo com a Vida como é: sempre em permanente mudança e acontecendo todo dia e noite
 
Em cada peça que fazemos no Oficina temos de exercer sempre a criatividade e apresentar produtos de exportacão, pois só são possíveis de serem fabricados originalmente aqui.
 
Uma renovacão constante e uma disposição em cuidar da vida, a começar do próprio ser humano, da natureza  e praticar aqui e agora a Economía Verde
 
O Pulso de Marta saberá dar valor a complementação do Projeto Arquitetônico Urbanístico de Lina Bardi, que reviverá o Bixiga como Centro Cosmopolita e Popular de SamPã, e como determina o Laudo de nosso Tombamento pelo IPHAN, estará agenciando através do MINC a Troca do Terreno-Quarteirão de Silvio Santos, que atualmente ocupamos, pois atualmente somos amigos, por outro seja da União, Estado ou Município, do mesmo valor. Assim teremos o Quarteirão para levantar o ANHANGABAÚ DA FELIZ CIDADE. Isto é, um Teatro de Estádio onde será realiada uma Copa de Cultura, uma Universidade Antropofágica, a Oficina de Florestas, que produzirá o reflorestamento do BIXIGA na periferia do Centro da Capital do Capital.
Parabéns Presidente Dilma pela nomeação de Marta para comandar o Ministério da Cultura.
 
Aí vai
Tomara que chegue a tempo


Matéria que a Folha publicou gotinhas.

 

As montagens do Teatro Oficina  costumam ter longa duração. O que determina o tempo de duração do espetáculo?

FURO DE REPORTAGEM !!!!!!!!!!!!

A próxima montagem do Oficina Uzyna Uzona terá 90 minutos: AKORDES.

É! O Oficina não se acostuma a nada.

Se você for ver a historia do Oficina, vai ver diversidades de tempos

Nestes últimos anos, estouramos o tempo ressuscitado pelo neo-liberalismo:  Time is Money.

A Máquina de Feitiçaria dos Espetáculos da Sociedade que vive deles, estabelece uma agenda onde o Teatro é desvalorizado, comprimido num  Tempo para que seu poder, seu valor imponderável de penetração humana, não se manifeste.

A duração de um espetáculo é o próprio ser-no-tempo, do Tempo-Ritmo, da Paixão que é a Peça que o Tyazo (elenco em termos dionizíacos) cria.

É um tempo fora do tempo das agendas rotineiras sociais,

Cria  um Tempo fora do Tempo e contra Tempo,

como no Amor quando se namora com a Eternidade.

Passa voando fora dos ponteiros

 

O tempo de permanência do público no teatro é um dos fundamentos das montagens do Oficina?

Nunca tivemos, nem teremos “FUNDAMENTOS”.

A duração nasce da obra, como no caso de “Os Sertões”que chegou a 27h, 5 dias de espetáculos e foi um dos nossos maiores sucessos de bilheteria.

 

Como evitar que o público fique cansado?

É só o público deixar se ser só cabeça, “espectador”, e entrar no Ritmo do Rito, como no Carnaval. Pode até ficar sentado, mas de pernas abertas, braços descruzados, para deixar-se atravessar pela forte dinâmica da energia produzida, feita de contrastes rítimicos, cores, música, imagens, agenciadas pela transfiguração permanente dos Corpos dos Atores Interpretes. Ou você entra nesta piscina em ebulição de tempestades, calmarias, mar aberto, ou cultiva seu Jardim de Tédio, proibindo-se a sí mesmo de mergulhar. É melhor então você vazar, porque atrapalha, corta o barato da onda formada pelo enfeitiçamento da multidão. Se entrar n’Ela, Macumba, não cansa.

 

Esta é uma questão durante o período de pesquisa e montagem dos espetáculos?

Enquanto se pesquisa, tanto no teatro como a ciência, não se cai na burrice a ponto de estabelecer limites.

Esperto é romper com todos. Imaginar o impossível.

E óbvio, não somente na questão de Tempo.

Hoje o Teatro vive uma revolução espacial que interfere na Arquitetura, nas Ruas, no espaço Cósmico.

O Limite é a castração como a de uma Cadela, da  Potência que a Arte do Teatro está desvendando e ganhando nos dias de hoje.

Silvio Santos nos emprestou por todo este ano os terrenos do entorno do  Oficina:

1- Nós estamos  batalhando com a Secretaría do Estado da Cultura que é Proprietária do Teatro Oficina, pra que comece logo as Obras de restauração do Teatro, que precisa de obras renovadoras. Podem acontecer rapidamente a tempo ainda de comemoramos os  20 anos de Ethernidade de sua criadora: “Arquiteto” Lina Bardi.

No dia 1º de Agosto às 15:00h – teremos no Teatro Oficina, reunião com o Sec. Estadual de Cultura sobre este assunto e o próximo.

2- O Terreno de Silvio Santos deve ser trocado ainda este ano, por um terreno, seja da União, do Estado ou  Município, como foi determinado pelo Tombamento do Teat(r)o Oficina pelo IPHAN. Aí rola o tempo mais entediante que existe, nem me fale em peças longas, me torture com as demoras e complicações da Madame Burocracía, elevada agora a condição de PROTAGONISTA DAS AÇÕES DA DEMORA .

Este sim, um Teatro que temos que engolir a tempo da realização da COPA DE CULTURA DE 2014, DIONIZÍACAS, NO TEATRO DE ESTÁDIO OSWALD DE ANDRADE.

Porque me refiro a estes casos exemplares?

Nossas pesquisas, nossos feitos durante 53 anos como Posseiros dos Terrenos onde aconteceram 3 Teatros Oficinas, onde buscamos sem cessar o que nos coube no jogo da História: Novos Espaços Cênicos para Obras de Teatro Novas ou Tornado Novas.

As formas arquitetônicas e urbanísticas são hoje os instrumentos de trabalho do Ator, Atriz, Músicos e  Tecnos, que trabalham o dia a dia das Artes Cênicas ao Viva .

Assim como o Cinegrafista de um filme tem como instrumento sua Câmera, no Teatro é o Chão, o Barracão onde ele nasce e depois Viaja para Outras Terras.

 

As peças do Oficina costumam ser uma grande celebração. Esta é uma maneira de manter o público envolvido na montagem? 

Não é um cálculo maquiavélico para manter a audiência envolvida. O Teato é uma Macumba muito Arcáica que agora retorna na Era da Inteligência Tecnizada. Não é uma Arte feita de truques. Eles existem e você pode brincar com eles. Mas o Teat(r)o agora retorna ao gens das Celebrações Feiticeiras de Indios, Africanos, os antropófagos do mundo todo, que estão no nosso DNA e no nosso Cérebro Arcaico. Artaud trabalha o Teatro como um Curandeiro, um Feiticeiro, desvoduzador do rebanho humano, globalmente enfeitiçado, por uma feitiçaria boçal.

 

O espaço físico do teatro Oficina colabora para manter o público ligado no espetáculo?

As arquiteturas dos Teatros mudam quando abandonam as Vitrines do Palco Italiano ou as Tocas dos Teatros Marginais.

Lina Bardi, com Edson Elito, fizeram o Oficina não para “colaborar” para que o público fique ligado, mas inventaram um lugar

onde só tem lugar pra quem atua, seja com o corpo, seja com suas extensões: luz, vídeo, música,

e quem vem trocar com a atuação: O Público.

Não há escritório, burocracía, nada.

O Público burguês, se queixa: nem todos veêm a mesma peça, do mesmo ponto de vista… as cadeiras são desconfortáveis… reclamaram tanto que deixaram de vir… por enquanto ….

É muito raro ter um Burguês atuando conosco. A Burguesia criou o Palco Italiano, para se manter distanciada de um certo nojo dos corpos presentes em cena. Mas como ela está se espatifando, seus valores invertendo-se, a burguesia ainda virá comer na nossa mão.

 

É possível encenar um espetáculo de cinco horas como “Os Sertões” no palco italiano?

Nós fizemos a obra de Euclides em contacto com a Terra, no Exterior e pelo Brasil todo, em Grandes Lonas, Teatros de Estádio, culminando em Canudos onde tudo aconteceu. Mas quem quizer fazer que faça. Eu estou fora.

 

Como ator, como manter a atenção do público por tanto tempo?

Mais difícil é manter a concentração consigo mesmo.

Muitos atores que trabalham comigo também tem esta dificuldade e quando estão nas peças mais longas como ESTRELA BRAZYLEIRA A VAGAR CACILDA!! clamam também para fazermos peças mais curtas.

Outros querem mais.

Mas todo trabalho de ensaio resume-se em CONCENTRAÇÃO NO AQUI AGORA CONSIGO MESMO, COM OS OUTROS E COM O SOL.

Se acontece isso a meditação ativa coletiva da atuação concentrada, toma conta do espaço e cria o fenômeno que chamamos teatro.

 

Como ator ainda, como decorar o texto de um espetáculo com tantas horas?

Par Coeur como diz em francês de-Corar. E nas Óperas de Carnaval os textos exigem que as palavras sejam ditas ou cantadas como notas musicais. Cada sílaba é importante e nunca está decorado de vez. O  Ator comeu o texto. Então, se bem deglutido, passado pelo CorpoAlma, fica uma  substância interior de células vivas armazenadas, elas são devolvidas pra fora, mas sempre com uma interpretação nova. Nunca é cerebral. O texto é Mantra, tem de ter peso próprio no espaço. E este trabalho pra quem faz é uma ourivesaría esculpida num prazer sofisticado de jóia sonora.

 

Os espetáculos de longa duração estão ligados a alguma vertente específica da dramaturgia?

Aos mais Arcáicos Rituais que duravam dias e dias, aos Gregos, Shakespare, os Rituais Indígenas, os Africanos, os Shows de Rock, as Raves…

Mesmo nos anos 60, peças como as de Tenesse Williamns, O‘Neil eram longas e belíssimas.

Hoje o desprezo com que o Teatro é tratado, disfarça-se no Monólogo, Peça de Dois, ou na Bestificação de Visão dos Mega Espetáculos Tipo Cirque du Soleil. É um desprezo que o ser humano tem por sí mesmo, está fechado no País da Anestesia, do Indivíduo, da Gramática.

O Teatro apavora porque, numa época de terceirização, só acontece se for com seu próprio Corpo-Alma-Orgiástico, e toda noite… ethernamente vivendo a construção de seu corpo-alma como Obra de Arte na Orgya.

Mas pode ficar tranquila que brevemente quero começar a ensaiar as duas últimas CACILDAS – !!!( TBC) e !!!!(TCB) – de minha TEATRALOGIA CACILDAS !!!!!!!!!!! E depois apresentar todas numa Semana!

“Não posso mais eu quero é voltar a Orgya”

Vida de artista não há melhor que exista.

 

“O Jovem que se vê mimado e honrado como um deus pelo seu Amante
tem despertada em sí a Necessidade de Amar
e se antes, os seus amigos ou outra pessoas,
denegriram este sentimento
afirmando ser vergonhoso um tal
Consórcio Amoroso
e se estes Conselhos,
o afastaram de seu Amante.
o Tempo passa,
a Necessidade de Amar e ser Amado,
levam-no de novo aos Braços do Amante.

Não é Designo do Destino q o malvado ame o malvado,
e q o Homem Virtuoso não possa ser Amado pelo Homem Virtuoso.

Quando o Amado, recebe o Amante
q desfrutou de sua doçura e do seu convívio
compreende q o Afeto de seus parentes e amigos,
em nada é comparável
a um Amante inspirado pelo Delírio.

Assim vivem
se vêem
se tocam
ora nos Estádios
ora em Outros Lugares .

Assim nasce esta emanação q ZEUS
quando Amou GANIMEDES,
chamou DESEJO.

Esse Desejo se insinua no Amante
e quando este se encontra cheio dele
transborda,
assim, como um ZÉFIRO (a  brisa suave, a do Jonnhy Alf, o vento  agradável, forte mas suave, de todos o mais benfazejo, o dos  Evoés Speaking Low q fazem os Papagaios Subirem.)

ou um SOM
refletido por um Corpo sólido e polido,
BELEZA
 entrando pelos Olhos,
através dos quais atingem a Alma,
o q é natural,
retorna a Alma ao Belo,
estende as Asas,
e molhando-as,
as torna capaz de gerar novas Asas,
inundando também de Amor ,
a Alma do Amado 

O Amado ama,
mas sem saber o que,
nem sabe ,
nem pode dizer o q acontece consigo
assim como um condenado a oftalmía (olhos inflamados)
desconhece a origem de seu Mal,
assim tambem o Amado,
viu-se a si mesmo no Espelho do Amante
sem dar por isso.

Na presença do Amado,
a Dor do Amante esvai-se
e o mesmo acontece
com o Amado na presença do Amante.

Quando o Outro está ausente,
o Amante sente Tristeza,
e da mesma forma a mesma Tristeza
sacode o Amado,
porque ele abriga  o “REFLEXO DO AMOR”
acreditando contudo, q se trata de Amizade
e não de Amor.

Embora com menor intensidade,
deseja aproximar-se do Amante
vê-lo,
tocá-lo,
acaricíá-lo,
deitar-se ao seu lado,
e assim, não  tardará de satisfazer seu Desejo.

Enquanto está a seu lado,
o corcel do Amante tem muita coisa a dizer ao Cocheiro .

Como recompensa de tantos sofrimentos,
ele apenas pede,
um instante de Prazer

O Corcel do Amado nada diz
sentindo  algo q ele não  compreende,
toma o Amante nos Braços
e Cobre-o dos mais Ternos Beijos.

Não tem forças para recusar o q o Amigo lhe pede.
Mas o bom  Corcel resiste em nome do Pudor e da Razão.

Se a melhor parte da Alma sai Vitoriosa,
e os conduz a uma vida bem ordenada e filosófica,
eles passarão  o resto de suas vidas Felizes em Harmonía,
sob o comando da Honestidade,
reprimindo a parte da Alma q é Viciosa,
e libertando a outra, a Virtuosa.

E ao morrer recebem Asas
e ficam leves,
pois venceram um combate verdadeiramente Olympico.

Mas
se se entregarem a uma vida comum ,
sem Filosofia
e contudo Honesta ,
poderá suceder q o Dois Corcéis Rebeldes,
assumam o  Comando
Num momento de Embriagues
ou de Descuido
os Cavalos Indomáveis dos dois Amantes ,
dominando suas Almas pela surpresa
os conduzirão ao mesmo fim:
eles se entregarão ao tipo de vida
a mais Invejável aos olhos do Vulgo,
e se atirarão aos Prazeres
satisfeitos , gozarão ainda  os mesmos Prazeres,
mas raramente,
porque esses mesmos Prazeres
não terão  a aprovação da Alma.

Terão uma Afeição q os Ligará,
mas q será sempre menos forte do q aquela q liga  os q verdadeiramente se Amam.

Acalmado o Delírio,
ainda Sonham estar Unidos
pelos mais Preciosos Compromissos

Crem q seria Sacrilego
desfazer essa União
e abrir seus Corações ao Ódio

Terminada a Experiência Terrena,
as Almas abandonam os seus Corpos,
encerrando com Recompensa o seu Delírio Amoroso.

 A Lei Divina , não  permite aliás
áqueles q iniciaram juntos sua jornada Cósmica Juntos,
caiam nas Trevas Subterrâneas.

 Passam uma vida Feliz e cheia de Ventura,
numa Etherna União,
e ao receberem Asas,
recebem-na juntos,
em virtude do Amor q os uniu na Terra .

 São essas coisas divinas , Rapaz
q te darão o Amor daquele q Ama com Paixão.

O Amor q não  tem Paixão,
daquele q apenas possui sabedoria mortal
e se apega aos bens do mundo
só gera na Alma do Amado
a Prudência do Escravo
a qual o vulgo dá  o nome de ”Virtude”,
mas q o fará vagar,
privado de Razão,
na Terra
e sob a Terra
durante 9.000 Anos.

É esta óh! Amor!
a mais bela e Maior  Retratação q posso te oferecer como expiação do meu Crime.

Se o meu discurso foi demais Poético,
 a culpa cabe a FEDRO,
q a isso me obrigou.

Perdoa-me todos os outros  discursos
e recebe este com indulgência:
lança sobre mim um olhar benevolente e Amigo,.

Não esmoreças em mim
esta ARTE de AMAR,
de que tu me fizeste o Dom.”

– Venham, vou conversar fora de meu gabinete

aqui agora com vocês, meus colegas e repórteres

minha Experiência

dentro  do “Cordel Encantado”

Constelações do Luxo já desaparecidos do Hemisfério Norte

& do Nordeste Hemisfério Sul,

comendo-se,

o antigo esplendor das realezas européias

como contraponto,

as agruras do sertão brasileiro

estarão na próxima novela das seis da Globo

as duas talentosas autoras do ‘Cordel Encantado Eletrônico”

escreveram pra  Atuadores Artistas Técnicos/Figurinistas/Costureiras/Camareiros/Camareiras/

Faxineiros/Motoristas/Atores /Atrizes do Brazil

Jovens/MadurosCabaços no Teatro/ Cinema/ TV/

prontos/lindos/ outros maduros demais/

como eu/na delícia do apodrecimento/da fermentação em Vinho/

vivendo  todas energias para o Folhetim do Século 19(?), para 24 quadros cinematográficos na TV do século 21, acontecer.

Meu corpo é meu simógrafo desta experiência extraordinária que eu soube aceitar num momento de stress absolute, mas que eu não poderia se tivesse juízo, ter aceito, mas era ineviteviltável que eu vivesse  meu Tabu na Novela da Globo das Seis.

Vivi

Vivo aqui agora

Meu corpo ontem naquela Igreja Barroca Extraordinária

(eu que detesto Igrejas)

descobriu o Deslumbramento do  Barroco

o Ouro dos Escravos

provocando Axé num espaço de Arte

O mesmo impacto que os meus colegas estão tendo com os Canyons da Região de “Serra Talhada”, onde gravaram cenas o Núcleo do Nordeste do “Cordel Encantado”

Me atingiu forte, um sentimento de pulsão religiosa,

com aquela Multidão de Carnes, Corpos bem vestidos pelos figurinos de época

fantasiados de nobreza da Seráfia do Norte e a do Sul, até então, países divididos.

Sábio da Corte que eu tento incarnar

entrava em cena  quando os Convidados ao acontecimento extraordinário

de um Rei jovem e uma Rainha casarem-se como Príncipe William e Kate

e dizerem depois do Padre: AMÉM.

Naquele casamento extraordinário para a União das Seráfias

não se ouvia de onde eu estava, nem o Padre

nem  os convidados enthusiasmados possuídos pelo deus Barroco

uníssonos, clamarem AMÉM e esta era minha deixa.

Por intuição, sem ouvir nada, Amadeos, minha personagem entrou em cena, interrompendo este grande acontecimento.

Olhei para os 360º Povoados de Câmeras

“PAREM, POR SANTA EUDÓXIA, ESTE CASAMENTO NÃO PODE CONTINUAR”

A Voz da diretora bateu no Barroco da Igreja  severa no microfone:

“Zé não olhe para as Câmaras”

Meu Corpo-Ator não atingiu a potência de comunicar aquelas centenas de pessoas a gravidade da ação. Estavam lá figurinos vestindo carne, mas sem anima.

Começamos a fazer as coberturas de cenas

Repetí varias vezes sem eloqüência apesar de num determinado momento eu me acovardei diante da Grande Máquina do Folhetim Eletrônico para não

interpretar o óbvio que meu corpo sentia:

“Pare, por Santa Eudóxia, esse casamento (de meu Corpo-Ator) não  pode continuar (com essa máquina mecânica enorme, sem desejo, que cabe num écran de iPad ou de TV, mas não tem anima)

Saí deprimido, não conseguí ter CATAHRSYS.

Voltei quieto com o Chaufer para o Windsor Barra Hotel

Tomei banho

Queimei um

Falei com Marcelo Drummond que está na Arte Vida do Oficina há 24 anos comigo/com Roderick o mais jovem ator do Oficina Uzyna Uzona, para a Produtora do Teat(r)o.

Vim para a Internet e consultei os sites do “Cordão Encantado”

e saquei: eu diria hoje

“Parem , por Santo Eudóxia, este casamento (com a NoVelha) não pode continuar, mas podemos ser amantes simplesmene,

amantes simplesmente nada mais

pois  estamos numa encruzilhada

em que o Tabú pode Virar Totem!

A experiência que tive aqui confirmou minha hipótese de que é possível que todos esforços de Multidões  de  talentos humanos pra caber no ‘Cordel Encantado”

senti no corpo, no meu cavalo, nos corpos, nos cavalos que todo o Tabu de Novelas, pode hoje sair do Roteiro de Ferro do Folhetim

como faz Godard para filmar que afirma: “o Dinheiro está no Banco, então rasguem o Roteiro e vamos filmar”

Gravar Roteiros ao Vivos com as talentosas Autoras/Atores/Câmeras/Figurantes desfigurando-se e transmutando-se em atuadores Corais/

retornando o vigor do Godard da TV: Chacrinha, pra Televisão

Libertar nossas potências não para prender as pessoas em casa, mas contagiar com pulsões vivas além do bom e do mau, da boa e da má,

e incorporar o Brasil Mapa Mundi Explodindo no mundo, Artistas Futebolísticos da Arte e Teconologia do Teato ao Vivo.

O Tabu da Novela pra mim virou Totem

eu não vou estar casado com esta Novela,

nem nehuma outra

mas eu quero ser o amante das DesNovelas ao VIVO

Temos a Tecnologia Leve, de Ponta,

Possível

O Tesão Carnavaleco de 365 Dias

Os Grandessíssimos Atores/Atrizes

a Barbárie necessária para desencantar Cantando como Lyrinha o Encantamento do Cordel Desencantado do Teatro Brasileiro virado Totem, em Teatro Eletrônico Encantado ao Vivo, criando no delírio das Multidões nada Figurativas, mas Delyrantes / O Rito Universal da Antropofagia de todos os Povos / O Retorno ao Barbaro Tecnizado / Arte Tecnologia Vida Ecologia do TransHumano Animal Vegetal/Histórico/Barroco/Mineral/Mar/Mar/Mar/FOGO/FOGO/ FOGO/TERRA ATERRANDO  ADORAÇÃO

E pra mim tudo começou no “Roda Viva” o encontro do embrião desta Arte.

28 de março de  2011 12:19

Reencontro hoje 30 de agosto este texto 16:13

Me recordo da Festa de apresentação do Trailer da Novela pra todos que trabalharam nela

Estava me coçando pra phalar e Phalei que via o PROJAC como uma Universidade pronto pra realizar o sonho de um Teato do século 21: Teato Eletrônico ao Vivo com um Público Chacrinesco Ativo/Vivo /em Transmissão direta. Por uns momentos a Festa se calou suspense me ouvindo até que um grande ator, começou no meio de um discurso interminado /talvez interminável/

corou o barato cantando uma canção molenga em torno de meu corpo/

Calei …

Nunca mais esta geração me chamará para atuar com eles e eu mesmo só toparía se pudesse realizar meu sonho de fazer a Teatralogía Cacilda!!!!!!!!! com Público ao Vivo com todas as Cacildas de todas as idades do Brasil .

Contei numa noite num dos quartos do Mercury Hotel na França para Ricardo Waddington/  um bando de Protagonistas da Novela/Estavam todos bem loucos e pareciam ter adorado(?!)

Deixei com Ricardo os DVDs de “OS SERTÕES” para uma Macro Série da Globo.

Até hoje não tive Réplica. Será que terei?


Vou pro Massagista me aliviar de minha escoliose.

Image

Dedétooooo
Luissss
Luis Roberto
Salinas Fortes

Nosso 1º encontro virtual Dedéto
traz o re-Féto
“Retrato Calado”
re-parido agora e phalado.
Na pele, fibras,
escuta-se teu silêncio sutil não calado
no LIVRO
produzido, distribuído
pela Editora Cosac Naify
cozinheira exata pr’esse roast-beef
ser de novo antropofagiado,
mastigado macrobioticamente.

O jornalista Ferraz,
fazendo cumprir a lei novíssima
trouxe documentos inéditos sobre você,
recém liberados pelo Arquivo Nacional,
na esteira da Lei recém-nascida de Acesso à Informação.

FERRAZ
O que gostaria, basicamente, é que você contasse, por favor, sua experiência e amizade com Salinas.

Estava conversando com ele como sempre fizemos e faremos.

Para mim ele está vivo em mim e em todos que receberam sua benção de tolerância, e sobretudo de BELEZA.
Dedeto morreu de repente, ele nem sabia que estava a ponto de seu coração explodir.
Eu não estava presente.

Dedeto era e é, veja a foto, uma Epifania da Beleza.
O homem mais lindo, santo diabólico adorado de minha geração.
Tinha o sangue dançando transparecendo em delicadas teias
nos olhos verdes de mulata,
cambiando pro azul,
mas sempre transparentes,
até de óculos.

O rosto com zonas pintadas por uma deusa pontilista.

Topete imenso
com raízes de nascimento em V,
na testa,
florestado por todo crânio.
Nós todos que o vimos
aproximamo-nos desta beleza Trans Humana,
meninos
meninas
apaixonamo-nos por Ele à primeira vista.

Havia o tempo
antes de Dedeto
e o
depois de Dedeto
e as pessoas mudavam com a simples presença dele,
pra sempre.

Fenômeno de beleza
doçura desengonçada
estoica cataléptica James Dean.
Corpo de Filósofo inCorporando a Filosofia
dançando nela,
não se deixando capturar nunca
pelo Mundo Enfeitiçado que não sabe dar valor
ao amor à sabedoria no próprio Corpo e no do Outro.

Mesmo com o Corpo Torturado pelos Escravos deste Feitiço que é o Capitalismo Patriarcal, Militarizado, Marketizado, caindo pedaços de carne, mas o Corpo-Alma permanecendo mais Fortes que nunca.

Pois é um raro Filósofo que sabe dar valor a tudo que ninguém dá.
Pois sabe da Transvalorização de tudo vinda de Nietzsche e do Tabú Virando Totem do filósofo brasileiro que mais admirava, Oswald de Andrade.

Sua principal potência era a de valorizar. Trabalho difícil que cabe ao filósofo, não ao Economista, que só tem o cálculo abstrato da Moeda.
E quando valorizava investia, se dava, escrevia, atuava, com este Poder esculpido no seu rosto, em seus olhos que viam o fundo de nós mesmos. E nos regava de Afetividade. Acho que Maiakowiski, Cacilda Becker, tinham esta presença arrebatadora. Só que nele era a modéstia total, a absoluta falta de vaidade.

FERRAZ
Quando o conheceu?

Foi em Araracoara, já no Ginásio, depois no “Clássico”,
daí na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, como todos nós representado de óculos escuros, pra dormir nas aulas repetidas por anos, publicadas em apostilas, que decorávamos juntos tomando a anfetamina sartriana: Pervitin.

Carlos Queiroz Telles, como todos nós na Faculdade, estávamos focados em criar o Grupo Oficina. Lançamo-nos no “Teatro Novos Comediantes”, um teatro espírita onde nós acabamos virando a mesa branca e lá estamos há mais de 52 anos.

Dedeto escreveria por um bom tempo, todos nossos programas. Era nosso intérprete. Sabia avaliar nosso trabalho de Teatro, para ele
Teatro Filosófico como Festa Pública, sem representação. Advinhou onde estamos chegando agora depois de 25 anos: às viagens em Pré Teatros de Estádio para Multidões, a “Copa de 2014 no Teatro de Estádio Oswald de Andrade”.

Ele foi o 1º galã da 1ª peça encenada no Oficina: “A Ponte”, de Carlos Queiroz Telles. Seu rosto lindo é uma página grande de perfil, diante da atriz Alzira Cunha, que foi publicada em todos os jornais da Época.

Foi a 1ª Imagem de Ator do Teatro Oficina.

No acervo da Folha deve ter. A estreia foi no dia 28 de outubro de 1958, a crítica deve ter saído com a foto na madrugada do dia seguinte, 29, como era costume naquele tempo. Ou talvez antes no material de lançamento da peça.

Nesse tempo ele já fazia Filosofia na USP e este trabalho dele no Oficina tem tudo a ver com o que escreveu sobre o Teatro de Rousseau.
Teatro Público, de Estádio que é pra onde caminhamos.
Tanto que antes de morrrer repentinamente, diferentemente de nossos colegas de geração, ele sempre esteve no Oficina. Já tinha Cátedra quando voltamos do exílio e ele continuava não somente a nos acompanhar na Pista do Oficina, mas na nossa vida de camarim. Fumando Maconha, tomando ácido, mas tudo muito tranquilo. Levando presentes, até arrumando dinheiro nos momentos mais difíceis da Cia. Éramos Tabú, principalmente no  meio Universitário, quando retornamos do Exílio. O nosso grande público estudantil dos 60 repudiava nosso desregramento de todos os sentidos, o desbunde. Dedeto, como eu, apoiamos nossos amigos que iam pegar em armas, mas nunca abandonamos nosso Corpo em movimento no que nos apaixonava na Arte de Viver, percebendo-nos, tendo nas nossas escolhas, Paixão Absoluta, rimbaudianamente.

Dedeto na Filosofia, eu no Teat(r)o.

A descoberta da grande revolução que se dá hoje em direção a Economia Verde veio muito mais dos desbundados do que dos que pegaram em armas. Pena ele não ter podido ver os Rituais de Arte Pública que desejava, tornando-se visível com a inauguração do Teatro Oficina de Lina Bardi e Edson Elito, com o “Ham-Let” de Shakespeare no Corpo-Alma do Grande Marcelo Drummond.

FERRAZ
A amizade foi frequente? Durou até quando?

ETHERNAMENTE. Não compreendo que, com o convívio diário com esta  Beleza de Pessoa, desde Araraquara, na piscina, onde o tesão da juventude brota no “Esplendor da Herva da Água Verde”, nunca tenhamos nos sentido Amantes Amados. Para nós a Arte, a Filosofia, a Beleza, a Música, compunham uma novidade muito poderosa: a Política da Afetividade, da AMIZADE DOURADA.

Criamos com este amor um Tyazo, como chamavam os gregos as Companhias de Teatro. Roberto Piva lindíssimo, forte, passava as férias conosco em Araraquara. Também Marco Antônio Rocha, morador da “Morada do Sol”, juntamente com Inácio de Loyola, Plínio Pimenta, Antônio Marcos Pimenta Neves e muitos outros.

Foi se formando naturalmente uma corrente de ouro de amigos. Criamos um Centro Cultural. Uns bem à direita. Dedeto sempre à esquerda libertária, absoluto.
Não admitia partidarismo nem bodificação.
Era elegante!
Lemos sincrônicos, comentando juntos, “Ideologia e Utopia”, de Karl Manheim, o que nos afastou dos “ismos”, e começamos a trabalhar com a juventude do PTB (de Brizola, Getúlio, Darcy Ribeiro) no ISEB, “Instituto Superior de Estudos Brasileiros”, de Roland Corbisier, Guerreiro Ramos… Trazíamos os filósofos desta esquerda ligada que incluía o povo brasileiro todo, para conferenciarem em nosso Centro Cultural em Araraquara. Os  marxistas vulgares renegavam a maioria da população brasileira que não tinha carteira assinada, chamavam o povo de lumpenproletariat.

SARTRE E SIMONE NO BRASIL EM 1961
Quando Sartre e Simone de Beauvoir chegaram no Brasil saltamos logaritimicamente os Caminhos da Liberdade, descobrindo novas veredas. A Dupla SS, Simone e Sartre, conseguiu reunir todos os movimentos: estudantes, camponeses, operários, intelectuais, políticos, escritores, artistas plásticos, músicos, sambistas.
E o Grande acontecimento foi em Araraquara.
Depois de uma conferência “técnica” de filosofia para poucas pessoas, veio a  ÁGORA.
Um encontro de um Brasil Bio-Diverso, unido nas Reformas de Base que fervilhavam. Este encontro de movimentos contraditórios encontrou seus roteiros de energias coletivas contraditórias para a AÇÃO, no belíssimo Teatro Municipal, semelhante ao de Fortaleza, todo voltado para os jardins que o cercavam na Praça Central da Cidade.

Este local foi criminosamente derrubado por um prefeito da família Lupo, das meias Lupo, (que uso) para dar lugar a um arranha-céu “moderno porque era o mais alto”, onde instalaram-se os prefeitos da Ditadura Militar.

O Fato Histórico da União dos Contrários em direção à Transmutação do Brasil: Ligas Camponesas, dos Operários Sindicalizados, Cientistas, Estudantes Artistas encontrando-se no Teat(r)o Circular produziu a matéria energética de um Período Intenso de comunicação entre os brasileiros e o Mundo. A Dupla misteriosa trazia o “Furacão de Havana” de Cuba, recém revolucionada, preparando-nos para a Revolução Tri Continental, liberta do Maniqueísmo da  GUERRA FRIA.

Explodíamos de tesão, de amor, de revolução, de reinvenção da filosofia, o Teato, o Cinema, as Arte Plásticas.

REPETINDO O MISTÉRIO DO AMOR
É inacreditável, que nunca tenha passado por mim, que convivia com o mais Belo dos Homens, ter pensado em sermos Amantes, Amados. Éramos sim, mas numa forma de Amizade Dourada, Teatral Filosófica, mais que isso, era a AFETIVIDADE QUÂNTICA E BIOLÓGICA COMO POLÍTICA DA BELEZA DA JUSTIÇA SOCIAL QUE RENASCIA NO BRASIL COM ARTE E CULTURA.

FERRAZ
Sobre o livro “Retrato Calado”, especificamente, impressiona a frieza do relato dele sobre a prisão e tortura. Você conviveu com ele nos 70? Ele falava muito da repressão?

Não era jamais um ressentido. Ele e Flávio Império, de nós, foram os mais torturados e os primeiros.
Dedeto teve ferimentos graves que quase implicaram na amputação de seu pé. Ele e Flávio não criaram um jardim de vinganças, de lamentações.
Dedeto adorava Camus, que tem este sentido estóico da vida.
O Filósofo sofria, mas como Graciliano Ramos, apreendeu a estudar as “Memórias do Cárcere”.

A Tortura, como o assassinato de meu irmão Luis Antônio, 4 meses após a morte de Dedeto, foram os momentos mais Trágicos de minha vida.
Teatralizamos, escrevemos tudo que passamos o mais que pudemos, negando em absoluto a Autopiedade, a Culpa, o Marketing da Vítima da Tortura.
Mas Dedeto no “Retrato Calado”, desdramatiza a Tortura. Não é frieza, ao contrário, não faz a demagogia do Drama da Vítima. Pois se vê que a Tortura era e é ainda uma Indústria, aliás subvencionada por Industriais, Banqueiros e o próprio Estado Brasileiro.
Nós éramos um produto ao mesmo tempo objetos da encenação de um drama.
De nós deviam ser arrancadas informações, então tínhamos que passar por esta máquina de muros falsos, de sermos cobertos com capuzes como os da “Ku Klux Klan” – mas não eram brancos, eram pretos – tomar choques elétricos no nosso escroto, pendurados num Pau de Arara.
Todos os torturadores não são mais que escravos representando o papel de anti-subversivos, e anti-pobreza.
Quando eu estava na Solitária curando as feridas da tortura ouvia todos torturadores dançando e cantando juntos “Qua Qua Ra Qua Qua, fui eu”.
Nos documentos a que você Ferraz teve acesso, você viu. Só tem besteira. SNI que não sabe informar quem era este belíssimo brasileiro, sua contribuição para a Filosofia, para o Teatro, para a Escrita e sobretudo para a POLÍTICA DA AFETIVIDADE. Hoje os neurocientistas afirmam que o átomo, para produzir qualidade, precisa da afetividade humana de quem faz as coisas, seja a comida, seja dar aulas, seja ser político.
E é incrível que até hoje temos que engolir o sapo dos gorilas sem querer enfrentar a realidade da Tortura.
São pessoas que não têm a noção da Beleza e da grandeza deste ser no tempo, o humano, em direção do transhumanos.
São uns coitados, mas que não podem mais ter o Poder de fazer o que fizeram com nossas vidas e continuam fazendo.
O Retrato Calado retorna o poder do LIVRO para escutar o que até agora nunca foi dito, pois continuamos num Grande Enfeitiçamento pelo Fetiche da Mercadoria.
Dedeto é um filósofo que tirou sua filosofia de suas leituras claro, mas sobretudo de sua experiência afetiva de seu Corpo Alma transbordante de Generosidade.
Eu queria escrever muito mais, mas me encontro com o Coração meio Arritimado, excesso de Trabalho.
Quero descansar, meditar mais, estar com Dedeto revendo nossas conversas e recebendo dele Valor, Valor e mais Valor, de sua Generosidade perceptiva.

José Celso Martinez Corrêa

Só hoje me caiu a ficha que Luis Roberto, meu amigo, e Luis Antônio morreram no mesmo ano. A Velhice é uma novidade porque vamos relacionado tudo com tudo e vendo a Grandeza da Vida ser Mediocrizada pelos enfeitiçamentos da Sociedade de Espetáculos e Mercadoria.

Estou louco para reler Dedeto.

EVOÉ