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Nestes seus dias de Glória

Presidenta Dilma, Liberte o Teatro Oficina d 36 anos d Especulação Imobiliária q impede o desenvolvimento da continuação da Obra dos Arquitetos Lina Bardi e Edson Elito.

O Poder da Cultura do Teat(r)o Oficina nos seus 58 anos d Vida y Luta se dirige a este Governo Excepcional, re-iniciado dia 1º de Maio, e a sua Presidenta, pedindo publicamente a libertação da Tirania da Especulação Imobiliária q o estrangula há 36 anos.

 Maravilhosa Presidenta Dilma Roussef,

sua Extraordinária foto d Arte Xamânica, da Fotógrafa Dida Sampaio na Capa do Estadão de dia 4/5/2016:

Dilma queimando-se na Tocha Olímpica, recebida d suas mãos

pra incendiar o fogo dos atletas afetivos de todo Povo do Brasil

até às Olimpíadas, é uma Obra de Arte criada pelo talento d quem fotografou y pelo q passam todos os povos brasileiros vivendo

esta situação d

Golpe de Estado X Rebelião.

Ela se dá a inumeráveis interpretações,

muito mais q a Mona Lisa d da Vinci.

Pros Golpistas, é uma representação achatada da sua Vitória.

Mas são os mesmos Carrascos de Joana d’Arc

Julgando com o JUIZO D deus,

em nome d deus.

É o 2º Ato da mesma Foto da FarsaTragiCômicaOrgiástica, sua Jovem Dilma erecta, diante dos  militares envergonhados do AI 5, cobrindo seu rostos pra história.. .

E mais fotos virão Dilma

Re-Existida… daqui há 180 dias.

Ela não vai renunciar

assim como nós:

muitos, índios, operários, muitíssimos jovens, adolescentes, artistas, pessoas vivas, enfim q vão continuar a vida renascidos d uma re-Existência, em Rebelião à esta eleição Indireta, anti constitucional, baseada num Crime: um Golpe

q mais uma vez sairá à Caça dos Bodes Expiatórios.

Como bicho d Teat(r)o,  vejo o q está na cara:

a Cena Trágica Farsesca  estranhamente Heróica, sua Heroína Brasileira q finalmente

tem a Felicidade Trágica d fazer o Governo q desejava

y legisla à favor dos índios, do Povo,

(o q é o aumento do Bolsa Família, diante do aumento dos salários dos Juízes do STF?)

 

Sinto Dilma, desde o 1º de Maio,

Governando do jeito q sempre quis governar e não pode pelos bloqueios da Bancada do Boi, da Bala, e da Bíblia” ,etc…

dos gangesters Evangélicos:

Temer y Feliciano, q já se acordaram,

Caminhando felizes y “pacíficos’ pra uma Teocracia Plutocrata.

 

Por isso publicamente

Me dirijo à Você Dilma:

Mulher Presidenta

pra q se queime d vez

pois isso é q é re-Existir

se queimar pra Ressuscitar mesmo pra esta nova vida, viva, pra defesa dos dias q tem, com o fogo do povo q ama mais a liberdade imortal, a do fogo no corpo

q o Cálculo dos Produtos Sintéticos dos humanoides fabricados pelo  Mercado não estão aptos a praticar.

 Amada Dilma, Amado Ministro Zé Eduardo, q já me concedeu o Título de Cidadão Paulistano, lancem seu olhar para os 58 anos do Teat(r)o Oficina y Seu Entorno Tombado pelo Iphan, pelo texto-obra prima,  lei de sua atual Presidente Jurema  Machado, pra Criação d’uma Agora Pública de Teat(r)os em São Paulo, q xamo d SamPã!  

 Jurema Machado, Atual Presidente do IPHAN, EM 2010 representante da Unesco no Conselho deste Orgão , redigiu o régio laudo de Tombamento do Teat(r)o Oficina y seu Entorno.

Complete Presidente esta ação vigorosa pro Poder Cultural, demarcando as Terras do Entorno do Teatro Oficina, transformando-as em Terras Públicas e Culturais.

É uma luta coletiva de mais de 36 anos com o Grupo Silvio Santos.  O Proprietário do Terreno do Entorno do Oficina, Silvio Santos, quando do Tombamento do Iphan em 2010, propôs sua Troca por um Terreno no mesmo valor. Numa luta Coletiva apoiada pelo Público, muitas Pessoas do Poder Público: da Secretaria do Patrimônio da União, do Ministério da Cultura como Juca Ferreira, da Prefeitura de São Paulo, d sua Secretaria de Urbanismo, Secretaria da Cultura, Compresp, coseguiram um Terreno para esta troca.

A  Apoteose desta Troca, se o pouco tempo permitir, ou a  Desapropriação do Terreno Tombado do Entorno do Oficina, não somente pelo IPHAN, mas pelo CONDEPHAAT, Órgão de Proteção do Estado de São Paulo, na gestão do Geografo Azis Ab Saber,João Carlos Martins y Flávio Império. Sua desapropriação pelo Governo Montoro, pra proteger o Teat(r)o Oficina da ameaça da Especulação Financeira Imobiliária, irá coroar  todas atuais iniciativas populares q a Presidenta Dilma está tomando agora,

empoderando o PODER HUMANO q é o PODER CULTURAL

O  Teat(r)o Oficina Uzyna Uzona  reitera, q entre suas Magníficas Ações nestes belos dias históricos de sua gestão, inclua o Poder da  Cultura, libertando da Especulação Financeira as Terras Tombadas do Entorno do Teat(r)o Oficina, pra realização de uma Ágora aberta para um Corredor Cultural d muitas Casas de Cultura do Bairro do Bixiga, até o Centro de São Paulo.

O texto foi  lido na última quinta (5), durante o debate Precisamos falar de política, que aconteceu no Teat(r)o Oficina, com Ciro Gomes, Claudio Prado e Djamila Ribeiro, para o Apoio do Ato para sua urgência.
Pra acompanhar o PROCESSO TROCA DO TERRENO – ANHANGABAU DA FELIZ CIDADE

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Pra quem viu e pra quem não viu

pra dar um FIM NO JUIZO d deus  

ver o nunca visto

Retorna a SamPã neste fim d Semana, depois d passar as duas últimas semanas em Brasília, com o ineditismo de uma peça q re-existe no quente da hora, sintonizada com os acontecimentos tragicômicos da Farsa Política do Golpe.

Nos meus 58 anos d Teatro, raramente viví o Poder Político Cultural do Teat(r)o tão intenso no prazer de Chanchar a Trágédia Golpista.

Um Público inspiradíssimo, ligado aos acontecimentos de cada dia, q lotava o Teatro da Caixa Econômica, nos fez virar a peça de Artaud, agora com as Máscaras dos Protagonistas armando o Golpe em nome de deus, num Carnaval delicioso.

Nem nos anos 60, com“Rei da Vela”, “Roda Viva”, sentí o Poder do Teat(r)o revelar uma peça comopra dar um FIM NO JUIZO d deus do Momo, do Palhaço de deus : Antonin Artaud, como um Jogo Tão desmistificador da Farsa q estamos vivendo no Brasíl.

Poucas vezes vi o Teatro Político tão Arte, tão vivo, tão revelador do Poder, até então, reprimido da Cultura.

Queremos fazer neste fim de Semana a peça no Teat(r)o Oficina, pois nosso desejo de justiça teatral é correr agora todo o Brasil enquanto o Golpe não se consolida, por termos a humilde pretensão de q “pra dar um Fim no Juizo d deus” pode, pelas Gragalhadas, ser um dos pontos somados a todas as outras Milhares de Manifestações.

dar um Golpe no Golpe!

 

 

 

 

cacilda becker

6 de abril d 2016

CACILDA BECKER FAZ 95 ANOS

2.021 já será seu CENTENÁRIO

será q até lá os últimos Capítulos q faltam ser montados da

ODISSÉIA CACILDA

q escreví em 1990 com Marcelo Drummond

sobre esta ATRIZ ELÉTRICA, serão completados com encenações?

Maria Tereza Vargas, sua 1ª Biógrafa me disse q acha q Cacilda está meio esquecida y pediu q eu escrevesse alguma coisa nesta data q a Becker, aniversaría

Também faz anivesário minha adorada irmã Historiadora, Ana Maria Martinez Corrêa

O melhor q eu posso fazer é passar a palavra à própria Cacilda:

 

CARTA DAS CORES DAS CACILDAS

Ela mesma escreveu numa máquina de datilografia, em papel de sêda nos seus 21 anos, eu encenei em Cacilda!! com Ana Guilhermina, Ana Abbot, Luiza Lemmertz y Anthero Montenegro fazendo o Cantor Francês, Jean Sablon, mas aqui cortei este papel mesmo muito importante pra peça como um todo e bem trabalhado na Cena, pra deixar tudo só com Cacilda y com quem for ler.

CACILDA  
(briga com cédulas de dinheiro, livros pretos de contabilidade, tintas coloridas)
DeveHaver.  
Azul-Vermelho
Verde Dollar
Cruzeiro!
Mil Réis!
Pratas! Latas!  
Tostão!
Soma! Saldo!
Pronto Bateu!
 


Não,
quase!

Já é o dia seguinte!

Apólices! já bati mais de vinte!  

Bateu! Bateu! Bateu!
Azul! Vermelho!
O Sol nasceu!

Estourei
Madrugada de Reis.  

Não há mais ninguém aqui.
Cacilda, contabiliza-te a ti!

 

(Em êxtase Iluminada, de põe camélias no cabelo. Examina os dedos e os teclais da máquina)

Dedos Teclem:
Vermelho
preto

branco.
Azul!
Pardo!  
Cinza! CINZA! C I N Z A!
Pardo!
Não.

 

(pra sí) Cacilda contabiliza-te a tí!


O meu maior temor na vida é que descubram
até q ponto sou ignorante e burrinha.
Há muito tempo
que tenho desprezado a minha alma,  

eu tenho três personalidades
ao ponto de não saber mais como é que sou.  

Eu mesma provoco choques tremendos dentro de mim.
Amo
o que não devo amar,
Faço
o que não devo fazer.
 

Entre O Deve e o Haver.  

(as tiras da máquina de calcular, jorram no chão e pinto com cor de asfalto e terra. Do seu cinto saem 5 fios de cores diferentes que fazem uma pauta musical onde três Cacildas viram notas.

A Cacilda Azul pega dois fios azuis,e leva pra cima, bem pro alto.

A Vermelha pega mais dois e leva pra Baixo.

A terceira, Dona Alzira, minha mãe Cinza Amarronzado, pega e leva para o nível médio, faz no Teatro a Pauta da Maquina de Cacilda)

Essa é minha “incontabilidade.”

Uma é a pura essência da arte,
fluida, bela
e tem uma leve Coloração Azul;
Cacilda Azul apanha os dois fios azues e leva pra cima,

nomeio do Público

Sonoplastia: Harpas de Mahler,

Outra muito material,
tem uma cor de
creme,
com riscos avermelhados
e
roxos com um pouco de dourado

(Cacilda Vermelha com baton e pó dourado de maquillagem

e leva dois fios vermelhos para o Buraco do Circulo Central, em tempo de samba)

Outra é minha consciência.  
Parda, pesada, sóbria, severa.  
(Dona Alzira leva a fita parda para a direção, entra a Música da peça “Mayerling”)

Eu distingo perfeitamente.  

Se minha primeira personalidade azul, vencesse!

(Cacilda dança todas outras Cacildas incorporam com falas)

 

CACILDA AZUL

eu sou quase uma deusa, pura, quase inerte,
passo por tudo vibrando,
refletindo como um cristal
e produzo sons,
um pouquinho dissonantes,
sabe como?
Assim como se eu caísse dentro de uma cascata
e as gotas geladas
me fizessem gritar
de susto.
Uns gritos mais agudos
e umas risadas
que a gente dá sem motivo,
um tanto desafinadas,
mas bonitas.
Eu sou impalpável.
Tudo me faz vibrar,
mas tanto sou diáfana,
que nada
é capaz de fazer sulcos muito marcados,
nada é capaz de ferir-me
a ponto de fazer sair sangue
Sou assim
como uma harpa,
esguia,
cheia de beleza,
mas sem intensidade

Vocês gostariam que fosse assim?  

E agora vamos a minha maravilhosa vermelha,
segunda personalidade.

 

CACILDA VERMELHA

Sou notável.
Cheia de dinamismo,
vibrante,
um pouco má
(acende cigarro)
calejada sabe,
ambiciosa,
tremendamente forte.
Sou assim como os pedais de uma harpa
que avolumam o som.
forte,
intensa,
humana,
amo,
choro, mordo.
Brigão lá dentro,
desejo,
anseio
e tenho um prazer imenso
em me encostar como um gigante
em cima da Cacilda Azul e da Cinzento.
Vermelho e Cinza! Beleza!

Me reencosto como num divan,
no fofo azul água de você primeira personalidade.
Brinca com você de primavera
e de vez em quando
tiro um mi bemol
(na tecla piano ela repete a nota e o sentido prolongado que a nota lhe traz )
ou um si sustenido,
(sustenta a emoção desta nota)

forte intenso.
Sou a maravilhosa harpista,
que toca por tocar
para se divertir com a própria brincadeira
e faz um barulho tremendo,
gosto de beijo,
de fumo,
de álcool…

 

(Anda sobre o Pardo. Luz chapada, de serviço, sem mistério, teatro direto do realismo das quedas nos aqui agora de trip de consciência  sem música Retorna Cacilda somando-se às outras duas Cacildas. Silêncio)
 
CACILDA PARDA

Estou sem graça, com a minha terceira personalidade parda:
meu caro, eu quase não distingo,  
sou muito esquisita,  
a pobre coitada sofre tanto  
a força da
azul da vermelha
que ainda não está bem formada.   
É por isso que nem sempre raciocino com muita clareza
Concordo com a audácia da  vermelha
mas discordo dos seus desejos;  
condeno a superficialidade da azulada,  
mas
adoro sua forma,  
a cor e a verdadeira beleza que ela tem.  
É por isso que sou parda.  
Cinzenta quase.  
Vivo uma profunda melancolia:
senho sobrecarregado,  
sempre procurando resolver um problema muito sério,  
decidir como um juiz, imparcial
qual das duas personalidade será a mais forte   
e a mais digna de vitória.  
É essa pobre melancolia  
que você vê agora no meu rosto:
é a consciência  
pasma de mim mesma!

Se você soubesse depois as consequências!
A Azul, A Vermelha a princípio,
ficam cheias de remorso  

e depois começam a rir,
(Silêncio

Cacilda Vermelha pelo espaço todo RÍ)
riem desbravadamente,

(A Azul e A Parda também riem)
loucamente!

E sabe quem sofre?  
É uma coisa que ainda existe lá dentro  
que eu não sei o que é?  
Fica compungida,  
dá um aperto no coração!  
É algo que existe  
mas que quase nunca aparece!  
Nunca, nunca.  
Fica sempre desconhecida,  
mas no momento desse choque  
das minhas três cores  
ela surge de leve,  
mas persistente,  
parece assim,  
uma gotinha d’água  
que treme no canto aos meus olhos 
É uma lágrima que chora 
É esquisito!  
E de repente some de novo…  


E As 3 Cacildas s misturam 
Tudo me mistura,  
se condensa
e dá assim essa confusão nebulosa,  
Parda, Azul,

CACILDA VERMELHA

dourada, avermelhada de som,
melancolia, de um ritmo de swing, samba
de balada,

 

CACILDA PARDA

e as vezes …de inércia   
e espanto!  

 

AS TRÊS CACILDAS

Essa confusão humana,
absolutamente Cacíldica,
minh’ alma?
Não sei,
nunca ninguém descobriu;
nunca alguém atingiu,
nem eu,
mas todas as coisas juntas,
tocam
e fazem vibrar.

 

CACILDA

Por isso
gosto e desgosto de uma coisa só.
Por isso
eu mesma não me encontro.

Cansei de me procurar.
Até parece uma grande orquestra,
de quem não conhece instrumentos,
e não distingue saxofone de clarineta.  

Não me peça para dizer
o que significa
o dó, ré, mi, fá, sol, lá, si
nessa sinfonia…
e muito bemol ou sustenido.
isso será loucura
ou falta de assunto?

Quanta bobagem!
Mas quanta verdade.
(para o público)

Tocador do lá
desta sinfonia confusa,
um beijo para você  

 

Cacilda Becker

foto d'artaud

foto d’artaud

Afinal q o dia d’Ela Chegou

Odoyá Iemaniá

 

Estreia dia 31 no Teat(r)o Oficina

“pra dar um Fim no Juízo de deus” d’Artaud

 

No clima pós Guerra em Paris, ondas

da Rádio Nacional Francesa levavam

ao ar um programa d grande

audiência:

“A Voz dos Poetas”

Artaud saído d 9 anos d Hospício,

Grande Poeta, é convidado a dar sua

Voz ao Programa.

Vindas diretamente d seu Corpo,

escreve uma peça radiofônica q

grava à 4 Vozes:

Artaud, Maria Casares, Paule Tevin,

Roger Blin,+ Sonoplastas do Studio

Artaud estavam felizes d impregnar os

ares com a emissões das suas

enérgicas phalas, vindas de seus

Corpos.

Vozes fecundadas nas batalhas com

surrealistas,

na encenação de suas primeiras

peças,

na publicação d seus poemas,

nas epifanías d seus filmes,

nas viajens Xamânicas, em todas as

xamadas: drogas.

O Corpo d Artaud doía [por estar imerso

no mal estar da civilização ocidental].

Decide ir pro México, ao encontro dos

Índios Taraumaras

Mastiga o peyote dançado na Roda

dos Peidos dos Xamâns

Peidorrentos y tem a iluminação

“peido, logo existo”

No Rito vê a fraqueza dos Corpos

dos Colonizadores, sem Corpo, diante

da vitalidade dos Corpos Taraumaras.

Em Havana recebeu no Terreiro d

Santería

uma Espada d São Jorge Ogum

Guerreiro.

Retorna à Europa pela Irlanda

com o bastão y a poderosa Espada

Verde

botando fé q com ela, iria levantar o

povo Celta

para retomar sua vitalidade primitiva

como a dos Taraumaras

Mas é preso, deportado pra França,

y durante toda a 2ª Guerra Mundial,

passa 9 anos d Hospício à Hospício

passando por choques

elétricos, camisas d força, drogas pra

fazer desaparecer o corpo, fome da

escassez d alimentos na Guerra; mas

nunca deixou d inscrever o q sua

mente-corpo irradiava,

até ser posto em liberdade depois da

Paz:

um antropófago sem dentes…

entre seus muitos escritos gravados à

sangue,

(no seu cú talvez já jorrasse sangue

d’um câncer

q o impedia de cagar)

mesmo assim, estava vivo demais

y jorrava os líquidos d seus

sofrimentos

escrevendo espermeando, desejando

a Merda

Na sua Peça Radiofônica, faz

palavras, glossolalías se encontram

numa sumula d ser vivo, matéria

orgânica d toda sua experiência a ser

emitida aos ares, não somente a seus

contemporâneos mas pra nós q nem

tínhamos nascido.

Poema Peça Radiofônica – com tudo q

seu Corpo Marcado descobriu:

q por ser viva demais –  foi golpeada

com um impechment

pelos Juízes representantes crentes

do Juízo do Deus Único

da Verdade Única

Censores da Rádio Nacional Francesa

no dia 2 de fevereiro d 1948

(no Brasil, dia d Iemanjá).

Cortaram essa emissão,

foi o Golpe d Morte em Artaud

q piorando de suas dores q nem a

Morfina vencia

continuou escrevendo até vir a morrer

no dia 4 de março do mesmo ano d

1948.

Esta Peça, foi o sub texto pulsante

no Anti Édipo d Deleuze-Guatarí, q

explodiu clínicas y mais clínicas d

psiquiatria no mundo.

Essa emissão caiu de novo, agora,

nas mãos d Artistas do Teat(r)o

Oficina Uzyna Uzona, nestes dias em

q todos íamos percebendo os Golpes

do Juízo d deus, q já poluía o Brasil,

desde a vitória raspando d Dilma,

sobre Pentheu Aécio, q iniciou a

escalada dos Golpes tocado à veneno

dos ódio dos perdedores, q pediam

recontagem de votos. Depois foram as

“Pautas Bombas”, d’ um Congresso d

Gangsters Evangélicos.

O Clímax dos Golpes: foi a Co-

Produção Bíblica da Midiona, com

o Cardeal da Inquisição: Moro.

O Cortejo d Novela em seu novo

horário: 6h da manhã, estrelada

pelo vilão Lula, coagido a depor

de São Bernardo, atravessando

SamPã, a até o Aeroporto de

Congonhas.

Dia 18 a Manifestação da Paulista

despertou a Esquerda. A pessoa mais

eloquente do Brasil, d todos os

tempos, o Lula Paz Amor y Humor y

Muito Mais, estorou até a divisão entre

verdes y vermelhos.

Mas o Juízo d deus, no dia seguinte,

quando Moro já tinha proibido a

difusão dos grampos, levantou sua

proibição, “pelo bem da pátria

brasileira”, y escancarou seu Golpe no

Palácio da Alvorada: o Grampo

Telefônico no Palácio da Presidente

Dilma. Logo depois os Golpistas

tentaram invadir o Palácio.

Hoje o Impechment fervilha nos

Ajuizados d deus q não se entendem.

A Farsa do repeteco está no Poder 

“A sua Profecía vai fracassar,

y eu vou gragalhar qua qua qua”

Nós Estreamos “pra dar um Fim ao

Juízo d deus” d Artaud

dia 31 d Março no Oficina,

dia em q o Golpe d 1º de abril d 1964

estava parindo y nós não sabíamos d

nada.

Mas agora já sabemos.

Vivemos pelo menos há mais d um

ano neste escancaramento.

Não vai ter Golpe, porque já está

sendo dado, há algum tempo.

Minha Mar, é a dos Artistas y vou me

encontrar com elxs no dia d meu

aniversário, amanhã dia 30,

comemorando meus 79 anos

no Masp.

O “pra dar um Fim no Juízo d

deus”, manifesto carnal d Artaud,

nasce orgânico y cresce nesse

ambiente d Farsa como uma

trepadeira d maria sem vergonha.

Nesta noite no Oficina, a Peça

Radiofônica d Artaud, não vai mais ser

impixada -estará incarnada em corpos

vivos,

sem órgãos absorvendo y replicando

os acontecimentos vivíos em nossas

carnes.

Sinto talvez q todos os Corpos sejam

verdes, vermelhos, ou multicores,

e estão sofrendo no Brasil.

Fazendo esta peça revolucionária,

penso: vai surgir uma Frente Ampla d

pedaços d todos os partidos em

defesa da democracia?

Meu ser ZéArtaud, minha

Personagem, deseja

Mais q uma FRENTE,

uma RODA VIVA AMPLA 

d todas as Culturas Brazyleiras,

Ianomanis, Tupys Guaranys d todas

as Tribos, no movimento inevitável da

vida no Planeta Ser Vivo Terra, com

os Sem Teto, Sem Terra, Gays,

Lésbicas, Trans, Afro Descendestes,

Trabalhadores Inspirados, Mulheres

Livres, Hackers, Menores d 16 anos,

Favelados, Classe Média, alguns

Pirados dos 1% com suas Fortunas

distribuídas. Nessa Roda tiramos todo

s os rótulos y somos com os bichos,

águas, terras, seres vivos q juntos

vamos democratizar a democracia,

mudando democraticamente o

sistema, até atingirmos a Anarquía

Coroada y Tecnizada.

Esse lixo q cacareja o impeachment,

corruptores da própria Corrupção em

nome do JUIZO D deus, hoje sob o

comando d um Vampiro, ressucitado,

dando o desfecho á novela: será q o

Crime foi cometido pelo Mordomo?

Virão novos capítulos desta novela,

mas nós continuamos com a mesma

peça em cartaz.

Uma peça d Artaud, é um Corpo sem

Orgãos,quer dizer, como o mesmo

movimento d intuscepção d Terra q

renova-se livrando-se de seus

agentes adversos”

Zé Celso

MERDA

 

 

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Lina Bo Bardi. Teat(r)o Oficina. 1980-1984

Neste sábado, 20 de fevereiro de 2016, às 17h, o Teat(r)o Oficina abrirá suas portas para um grupo de 20 jornalistas internacionais, vindos de diferentes países – entre eles Venezuela, Coreia do Sul, França, Turquia e Estados Unidos – todos bolsistas da Universidade de Michigan, EUA, acompanhados por Silas Martí, repórter de artes visuais do jornal Folha de São Paulo, interessados em conhecer a obra viva dos arquitetos Lina Bo Bardi e Edson Elito, tanto quanto em (re)conhecer a situação atual do Teat(r)o Oficina em relação ao entorno – disseminando pelo mundo o cordão dourado de artistas coroados, capazes de impedir o $erco das ToRRes e de criar a demarcação destas terras com o poder da cultura.

Nos últimos anos, a obra da arquiteto Lina Bo Bardi vem sendo redescoberta por arquitetos e artistas do Brasil e de toda parte do mundo, virando matéria-prima para exposições, mostras, livros, reedições de publicações e debates, plugando e atraindo um coro de estudantes de toda a parte do mundo para conhecer a atualidade das suas obras.

De projeção internacional, que ganhou ainda mais potência com a celebração de seu centenário, no 5 de dezembro de 2014, e inspirou exposições pelo mundo a fora: The insides are on the outside / o interior está no exterior, no Brasil, de curadoria de Hans Ulrich; Lina and Gio: The Last Humanists, em Londres e a participação de Lina na exposição Latin America in Construction: Architecture 1955-1980, no MOMA, em Nova York em 2015; o que se vê é o aumento da multidão de interessados em redescobrir e contracenar com as suas obras como real alternativa ao modelo mercantilista e progressista, mais do que esgotado da arquitetura pós moderna e contemporânea.

Desde então, o Teat(r)o Oficina recebe estudantes, professores e escritórios de arquitetura, numa avalanche de artistas seduzidos pela radicalidade de sua obra síntese. Passaram pelo Teat(r)o estudantes internacionais da Universidade de Leuven, na Bélgica;  da Escuela de Arquitectura de la Universidad San Pablo, Madrid; da Royal College of Art, de Londres; da Columbia University de Nova Iorque, da Escuela Técnica Superior de Arquitectura de Barcelona; da Faculdade de Arquitectura da Universidade Técnica de Lisboa; da ETH de Zurique; do Department of Architecture and Arts – IUAV Universidade de Veneza; escritórios de arquitetura de grande renome como o Sanaa de Kazuyo Sejima e  Ryue Nishizawa, vencedores do prêmio Pritzker em 2010; o escritório Aires Mateus, nomeado para o prêmio Mies van der Rohe em 2013;  Além destes, jornalistas e outros tantos interessados em arquitetura, arte e teatro, como Finn Beames vencedor do prêmio Lina Bo Bardi Fellowship do British Concil; o professor David M. Trubek da Harvard Law School; e muitos estudantes de arquitetura, urbanismo, teatro e artes das mais diversas escolas e regiões do Brasil e do mundo.

tizerias + cacilda

TyZÉRias e Cacilda no Baile das Torres, prestes a semear o terreno do entorno cercado. Foto: Mário Pizzi

zé,

acho q como bateu,

atingiu as pessoas,

sobre a importância de tirar a corda do seu pescoço,

mas é também fundamental atingir, chegar, bater,

q sua situação está nesse ponto também – e muito – pela diminuição radical de investimentos no trabalho da cia em 2015.

o dinheiro no ano da crise foi muito pouco – por volta de 40% do q ganhamos em 2014.

isso fez com q experimentássemos um tipo de comuna, com os cachês equivalentes, já q não faria sentido fazer distinção de salários – o mínimo seria pouco demais.

assim, você com 57 anos de teatro, ganhou a mesma coisa q atores ainda muito inexperientes.

criamos bastante na crise, com menos patrocínio, produzimos como coelhos pra manter o teatro aberto e ganhar bilheteria – pra dar um fim no juízo de deus, de artaud, o banquete de Sócrates, platão e zé celso, navalha na carne, de plínio marcos, com direção de marcelo drummond, q estreou no sesi num festival, o festival de música das bandas do oficina, a segunda dentição da universidade antropófaga e mistérios gozosos, a partir de o santeiro do mangue de oswald de andrade – estes dois últimos como parte do projeto oswaldianas, teato na cidade seca sobre rios, patrocinado pela petrobras.

os espetáculos, desde os sertões, tem uma multidão na equipe – por volta de 60 pessoas.

ainda não caiu a ficha d q o trabalho é muito caro e valioso. exige dedicação, e iríamos muito mais além se tivéssemos condições de pagar bem ao time q não só monta e atua nos espetáculos, mas está ligado no tudão, na manutenção do espaço, na concepção da expansão urbana, na continuidade do projeto de lina bo bardi e da linha estética da companhia, q existe desde 1958.

a petrobras tem sido muito importante pra cultura,  e é a cultura é q vai fazer a reciclagem da empresa, passando do petróleo, em fim d Éra, pra produção d Energías renováveis.

o patrocínio da petrobras é muito importante, aliás, fundamental – é uma base de investimento q sustenta a continuidade do trabalho, mantém o fogo aceso do núcleo da companhia, como aquelas chamas eternas das refinarias – é muito bonito ver de vários pontos da baía de guanabara aquelas torres piras da refinaria d duque de caxias.

mas, além disso, precisamos de plataformas, navios…

da petro vem o patrocínio d manutenção da companhia, que por 11 anos seguidos vem garantindo a continuidade do nosso trabalho – é o q nos permite não parar.

mas não é suficiente para manter a companhia o ano todo + a montagem de um espetáculo inédito + manutenção do melhor teatro do mundo segundo o jornal The Guardian. 

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além do prédio do teatro oficina, q é de propriedade do estado de são paulo, mas tem todas as despesas – água, luz, limpeza, reparos – inteiramente mantidas por nós, posseiros, a cia mantém a casa de produção, um depósito de objetos de cena na rua são domingos, um acervo de figurinos na rua major diogo, e um depósito no sacolão, embaixo do minhocão, para grandes objetos.

além da montagem dos espetáculos, existe uma despesa mensal para esse acervo e para o time q realiza esse trabalho.

isso sem falar na necessidade de treino dos atores e cyberartistas, nos trabalhos diários de música, dança, tecnologias, estudos…

recebemos em 2015 R$ 1.000.000,00 do nosso patrocínio de manutenção da petrobras, o q é muito dinheiro, mas imaginem quanto custa idealmente um ano de trabalho:

equipe: R$ 2.160.000,00 

60 artistas x  12 meses x RS3.000,00 (um valor médio mínimo q possibilitaria dedicação exclusiva)

manutenção dos espaços: R$ 360.000,00

R$30.000,00 x 12 meses (aluguéis d depósitos + contas de água, luz, telefones, internet, funcionários de limpeza e zeladoria, etc…)

produção da montagem de espetáculo inédito: R$ 200.000,00

(gastos com arquitetura cênica, figurinos, material gráfico, montagem e equipamentos de luz e vídeo, gastos com lâmpadas de refletores e dos projetores audiovisuais, manutenção de microfones sem fio – q são muitos pois o elenco é gigante…, investimento em mídia paga…)

estes três itens somados dão R$ 2.720.000,00

e não contamos viagens com os espetáculos (as quais exigem adaptação de espaços, locação de equipamentos e transporte, alimentação e hospedagem pra 60 pessoas), nem gastos com a produção de espetáculos do repertório…

por tudo isso, precisamos de outros patrocinadores como a petrobras e de investimento direto, como as instituições de arte do mundo inteiro recebem apoios inumeráveis de mecenas generosos, q pagam pela existência daquele valor cultural.

sampã, 13 d fevereiro,

camila cacilda mota + TyZÉRias

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Imagem de arquivo – Estação Primeira de Mangueira 2016

À Vitoria d MANGUEIRA

Kaô Xangô

Epahey Oyá!

peço licença,

pra Saúdar

com o Grito de Alegria d Dionizos :

IÁAA! !!!!!!!!!!

Tua Vitória Mangueira

y a maravilhosa deusa

do Canto de Fé na Vida: Maria Bethânia

 

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Foto: Ricardo Borges – FolhaPress

 

vocês deram ao Brasil, aos brasileiros, ao mundo, a vida, o q precisavamos com esta Vitória no combalido ano mal começado d 2016.

Foi um dos mais belos acontecimentos culturais de todos os tempos.

A Cultura brazyleira explodiu pro mundo na madrugada deste dia 11, no Rio de Janeiro, foi a Grande Boa Nova do Ano d 2016.

A Vitória só veio a coroar um acontecimento maior de magía rara mesmo. Foi Teat(r)o ao Vivo, até pela TV.

Neste milagre, num ano em q notas altíssimas no 2º dia de Carnaval competiam com a Estação Primeirahouve mais q o Retorno da Escola à Pista do Sambódromo, consagrada, depois do desfile, foi o Retorno do Sambódromo à grandeza de seu Parto.

Eu ví o Darcy Ribeiro, sentado na Apoteose, como estava, sozinho em 1994 , em 2016 contemplando sua obra prima com Brizola. É esse Brasil dessa Cultura q estava sendo esmagado com essa chamada Crise Econômica y Política. Muitas pessoas tinham e talvez tenham até hoje, vergonha de falar esta palavra “Cultura”.

Há muito tempo não constava mais essa palavra “Cultura”, nos programas dos politicxs que se Canditavam para os mais altos cargos públicos.

Talvez as coisas continuem mais ou menos como estão: assim, burras, mas alguma coisa aconteceu y está riscada no Cosmos y no Corpo do Brasil depois deste desfile y desta Vitória.

Pro Teat(r)o Oficina q sempre buscou refletir o mistério desta Escola do Coração do Atletismo Afetivo Brazyleiro y q se encontra agora ameaçado pelo $erco da $isan Emprendimentos de $peculação imobiliária q faz parte do Grupo Silvio Santos,  foi um impulso energético extraordinário pra nossa luta ser Vitóriósa!

Euclides da Cunha já saudava em “os Sertões”, a Mutação de Apoteose na Primavera, depois do fim da sêca, com a árvore Totem: Mangueira.

Criamos um Samba q aí vai a letra e a música:

 

desfile mangueira 2016

Foto: Fabio Tito/ G1

Estrelando flores alvíssimas

flores q passam

cambiantes

de um  verde pálido

ao um róseo vivo

nos rebentos novos

É a nota mais feliz

de um cenário deslumbrante

 

Mangueira em rêde

Mitiga a sede

Abre o seio

acariciador

cheio

dá um leite de sabor do amor

da umbuzada

branca só na cor.

EvoÉ Mangueira

Evoé Bethânia

Toda Gratidão

TiZÉrias

 

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Foto: Ricardo Borges/FolhaPress

 

 

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foto: Cafi

4ª Feira de Cinzas

CORIFEU DOS DEVEDORES

(Música de Vila Lobos. Cena do “Rei da Vela”  de Oswald de Andrade q vai pro encontro de Ação com o Público – “Estar em Cena ao Vivo pra Viver”

q devo estrear antes do dia 19 numa segunda feira… não sei ainda… 

TyZÉ-RÍAs

Eu Sou o Corifeu dos Devedores Relápsos!

Dos Maus Pagadores!

Dos desonrados da sociedade capitalista!

Os q tem o nome tingido pra sempre pela má tinta dos protestos!

Os q mandam dizer q não estão em casa aos Oficinais de Justiça!

Os q pedem envergonhadamente tostões pra dar de comer aos filhos!

Os aflitos q não dormem pensando nas penhoras!

A Amé-ri-ca-é-um blefe!!!

Nós todos mudamos de continente pra enriquecer.

Só encontramos aqui escravidão e trabalho!

Sob as garras do Imperialismo!

Hoje morremos de miséria e de vergonha!

Somos os recrutas da pobreza!

Milhões de falidos transatlânticos!

Para as nossas famílias educadas na Ilusão da

A-mé-ri-ca  só há á escolher a cadeia ou o rende vouz!

Há o sui-cí-dio também!

O sui-ci-do…

Sou a maioria da população mundial!

Não vou pro suicídio… mas parto pra Estar em Cena ao Vivo para Viver”

parto como Ham-let pra

Ação 

TyZÉrias

Grandes jovens Pensadores como o jovem Psicanalista Tales Ab’Saber, o mais jovem ainda, Silas Martí, crítico de artes plásticas da Ilustrada, Rudifran, o dinâmico diretor da Cooperativa de Teatro de São Paulo, o jovem advogado Hugo Albuquerqueestão criando um Cerco de Amigos Dourados do Teatro Oficina ao $erco das Torres, feito de Inteligência, Amor à Vida, à Terra, em Indústrias Reunidas de Poesías como um Levante do Poder das Línguas da Cultura Brazileira y Mundial.

 

 

A cidade vista “pelo mais”

Por Guilherme Wisnik

O Teatro Oficina é hoje, em certa medida, ainda mais relevante do que foi nos gloriosos anos 1960. É o edifício radical de Lina Bo Bardi e Edson Elito, com sua generosa visão urbanística, que foi escolhido pelo jornal britânico “The Guardian”, no final do 2015, como “o melhor teatro do mundo”, à frente, inclusive, do anfiteatro de Epidauro, na Grécia.

Quando reaberto ao público em 1993, depois de 20 anos fechado, o novo Oficina passou a contracenar com uma cidade muito distinta da que existia no auge da contracultura e da repressão militar.

Hoje, ele se tornou não apenas um polo de experimentação teatral de vanguarda mas também uma importantíssima referência de urbanidade, na contramão da cidade-empresa neoliberal que se tornou hegemônica desde então.

Acuado pelo avanço especulativo que vai destruindo o bairro do Bexiga e ameaça emparedar o próprio teatro, o Oficina se associou aos movimentos de sem-teto do entorno, trazendo-os para o palco, passou a defender a gestão pública e coletiva da terra urbana com uma visão ecológica, propondo um parque e uma universidade no seu entorno, e colocou claramente os valores culturais, educacionais e de lazer como paradigma de resistência à pura especulação privada da terra.

Sua presença na cidade é, assim, essencialmente política.

O traço que une fortemente o Oficina aos movimentos por moradia, e que os torna muito exemplares, é a afronta ao sacrossanto direito de propriedade privada.

Zé Celso é antropófago. Atacado, ameaçado de desaparecimento, ele reage em grande estilo, querendo incorporar aquilo que é do outro: os terrenos do Grupo Silvio Santos. Não para o seu próprio bem, mas para o da coletividade. Sei que não é algo muito “razoável”. Mas representa a resistência necessária, e muito minoritária, hoje, contra o cálculo burocrático, contra a ideia de inevitabilidade do mercado, contra a desistência da política. Foi com a consciência antecipada disso, baseada em uma grandeza intelectual ímpar, que Aziz Ab’Saber tombou o teatro no Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico), em 1982.

Hoje, o Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) permite a construção de enormes torres vizinhas ao teatro. O que, se acontecer, obscurecerá a sua enorme fachada lateral de vidro, por onde passa uma árvore, soterrando sua dimensão urbana.

Sofrendo forte pressão do Ministério Público, o Iphan liberou a construção do empreendimento, em contradição aberta com o laudo de tombamento do teatro feito pelo órgão em 2010, alegando não ter instrumentos jurídicos para barrá-lo.

Trata-se de um processo crescente de judicialização da política, com consequências terríveis para as nossas cidades. Em nome de um suposto maior controle da sociedade sobre as decisões na cidade, acaba-se submetendo a política à burrice mesquinha da burocracia. É o que tem travado, também, muitas das importantes propostas urbanas da gestão Haddad.

Vamos assistir a isso de forma resignada, alegando que se conseguiu fazer “pelo menos” algumas ações paliativas? Ou vamos agir “pelo mais” e defender o Teatro Oficina e sua ambiciosa e exigente visão de cidade?

 

Da arte de celebrar e vilipendiar Lina Bo Bardi

Por Silas Martí

Nos últimos tempos, Lina Bo Bardi vem sendo redescoberta pelo meio artístico do Brasil e do mundo, inspirando mostras, livros e debates. No Masp, o resgate de seus cavaletes de vidro, que voltaram a fazer os quadros flutuar na galeria de pinturas do maior museu da América Latina, foi o gesto mais autêntico e radical da nova administração da instituição, mostrando que um olhar para o passado às vezes pode pavimentar a rota para um futuro menos cruel com a memória.

 

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Teatro Oficina, obra de Lina Bo Bardi, em São Paulo

Mas a confirmação recente de que o Iphan, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, deve autorizar em breve a construção de três torres de até 28 andares no terreno ao lado do Teatro Oficina, uma das obras mais poderosas de Bo Bardi, é um tanto chocante. Talvez mais chocante seja a justificativa esfarrapada desse órgão de que o tombamento que deveria proteger o teatro na Bela Vista diz respeito só ao interior do prédio e não à preservação da vista de seu janelão de cem metros quadrados. Letras miúdas à parte, os burocratas lotados ali parecem não saber que a transparência —nunca viram a Casa de Vidro?— é um dos maiores valores que pautam as obras dessa arquiteta. A construção de um paredão de prédios colado ao Oficina será a morte de sua maior virtude, que é ser ao mesmo tempo uma rua e uma plataforma cênica aberta à cidade, penetrada pela metrópole e ao mesmo tempo deixando vazar para a rua a fúria de seus espetáculos.

 

Não sou do time que resiste a qualquer mudança na cidade, nem acho que tudo deve ser cristalizado como está. Mas o Oficina precisa ser preservado, quem sabe ganhando a praça externa que Bo Bardi idealizou em vida. Entendo que o espaço é também protegido pelos órgãos de defesa do patrimônio do Estado e do município de São Paulo, o que atravanca um pouco os planos do Grupo Silvio Santos de construir suas torres ali. Acontece que com o aval da esfera federal, essas entidades regionais têm poder reduzido e podem acabar cedendo.

 

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Cavaletes de Lina Bo Bardi na Galeria de pinturas do Masp

É no mínimo paradoxal que Bo Bardi seja ao mesmo tempo celebrada e vilipendiada na mesma cidade, a São Paulo que absorveu sua obra do jeito desengonçado e atravessado que as coisas acontecem por aqui. Esse não deixa de ser mais um marco na paisagem que pode sofrer um arranhão. Evitar a construção de um paredão ali pode evitar o que já ocorre na Vila Mariana, onde um prédio gigantesco de escritórios foi construído atrás das casas que Gregori Warchavchik construiu na rua Berta, hoje quase esmagadas pelo vizinho. Pelo visto, a memória da arquitetura em São Paulo parece sobreviver só da porta para dentro, em fotografias, reproduções e resgates historicistas. Enquanto isso, empreiteiras vão reduzindo a pó pedaços da história da cidade.

 

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Perspectiva de como deve ficar o Teatro Oficina junto às novas torres

 

Estamos desaparecendo! Ou reagimos ou sumimos… puff!

Por Rudifran Almeida Pompeu

O IPHAN, órgão do Ministério da Cultura que tem a missão de preservar o patrimônio cultural brasileiro, diz que não tem instrumentos jurídicos para conter a mão pesada e endinheirada da especulação imobiliária e, com isso, declara sua incapacidade de preservar o Teatro Oficina das ambições milionárias da SISAN.

O “Oficina de José Celso Martinez Corrêa, o Oficina do escândalo brasileiro universal do Rei da Vela de Oswald de Andrade, o Oficina dos atores espancados por paramilitares em 1968, quando da encenação de Roda viva de Chico Buarque!” como bem disse o Tales Ab’Sáber.

Portanto, sugerimos ao Ministro Juca Ferreira que não entre nessa esparrela jurídica da impossibilidade instrumental sempre utilizada pelos poderosos para nos suprimir do mapa e que reaja com firmeza nessa ação que se torna emergencial e urgente.
Que o ministro se interponha de todas as maneiras junto a presidenta da republica e aos órgãos de governo para esse enfrentamento contra a especulação imobiliária que todos sabem servir de dinheiro as campanhas políticas de quase tudo quanto é legenda desse país! Que a luta pela preservação de nosso patrimônio seja mais forte que as forças financeiras que só visam o lucro e beneficies particulares.

Se isso não for possível, então que se feche o IPHAN já que não serve pra defender o óbvio…

Bora pra luta! Bora brigar um pouco, porque os governos sempre passam e nós continuaremos aqui. Seguimos na luta pelo não encaixotamento do oficina! ‪#‎juntoscomzecelso‬ ‪#‎teatrooficinaresiste‬ ‪#‎reageoficinauzinauzona‬

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foto: Nancy Mora

Sou Cégo d’Teat(r)o

q vê

da Terra do Bixíga

onde Teatro

em se plantando

sempre deu

a quem se dá 

mas…

q está $ercado

por $oldados Engravatados Executivos Executores

do Holocausto Repetitivo

do Direito Romano de Propriedade

q diferença existe

entre fundamentalistas destruidores de Santuários,

cortadores de Cabeças

y

os Fundamentalista$ da Especulação Imobiliária Néo Bandeirantes:

Caçadores Destruidores de santuários y cortadores d cabeças q não querem ser capturadas?

 

Estes pretendem destruir o último pedaço de terra livre do Centro d SamPã.

Pra isso tem de Cortar Cabeças

d Artistas,

d’ Autoridades d Defesa do Patrimônio,

d’ Jornalistas das Mídias, Midiinhas, Midionas,

d’ Cabecinhas, Cabeçonas

q não cabem nas suas toscas estruturas de captura:

no seu Carandirú Pobreza

“Trê$ Torre$ Prisões

Nessa Terra “perdida

há Cabeças Coroadas de Héras, se Fazendo ,

se dando às mitolo(r)gias

q os povos noite y dia

criam,

cantam,

dançam,

na terra

no ar

pássaros voadores

des-assombrando

pensamentos livres

q vôam

mas

q sabem se erguer do chão

com seus Bastões,

Tyrsos Báquicos

y conceber suas estratégias

num piscar da voz da

Marechal de Nossa Tropa:

Madame Morineau:

O Teatro Recuou, Meu Filho! Ohpuf …realmente…

No, No, No, assí no dá …

 

Ah! E aí, sentir o desejo de passar do “recuo” ,

ao AVANÇO

com seu Bastão de Bacantes y Satyrxs Guerreirxs

y

proferir na própria carne

a palavra mágica Ham-let:

AÇÃO

Estes tem o Phoder de enfrentar estes Exército$ de Pentheus y Drs. Abobrinhas

 

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foto: Mário Pizzi

 

Ió! Os Artistas de Todas as Artes

 

Ió! Gente q phala pra Gente,

Na língua direta de Gente,

 

Ió! Dytirambistas (todos os Tambores)

 Músicxs

Arquitetxs, Urbanistxs, Cientistxs, …

Façam esse favor pra todos…

Mas a Protagonização da Arte Aglutinadora Física dos Teatros onde Todos

os Teatros são nossos Teatros

é, quer se queira ou não,

a gente de teatro

mesmo combalida.

É só se apoiar no Tyrso d Dionisios y ficar de Pé Dançante

Somos peões satyrxs de SamPã

da Tropa de Choque Cultural q pode Acordar

no Bixiga

não só o Brasil,

mas o Mundo.

 

IÓ! Amantes d Dionizios do Mundo Inteiro,

Vamos criar uma Orgya da Arte d Teatro do Bárbaro Tecnizado Total da Terra!

 

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foto: Mário Pizzi

 

 

IÓ! Estrategistas d todas as Artes

 

IÓ! Amantes do estar em cena com o Público diretamente

 

IÓ! Anônimos nas revistas caras, esbanjando poder de aventureiros teatrais nos teatros de rua, cultivando as Metrópoles engasgadas quase subterrados;

 

IÓ! Cooperativas de Teatros q se tornam Comunas Teatais

 

IÓ! Celebridades de Televisão q tem Sangue de Teatro no Corpo

 

IÓ! Poder da Imaginação, d Atrizes, Atores, Palhaços do Brasil y do Mundo

 

Muitos me perguntam

como ajudar” ?

 

Não, ajuda”, não,

não tem “ ajuda

nem dar uma força,

mas atuar

até se espatifar

pra poder voar

 

IÓ! É o Xamado Báquico

À Massa d Sangue dos Corpos em Possessão q vem se juntar aos Posseiros impedindo os Carrascos da Propriedade Privada

É o q

TIRIAS

Vê hoje

 

Terça-Feira GORDA DE CARNAVAL DE 2016 em SamPã