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Amor Humor

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Pra quem viu e pra quem não viu

pra dar um FIM NO JUIZO d deus  

ver o nunca visto

Retorna a SamPã neste fim d Semana, depois d passar as duas últimas semanas em Brasília, com o ineditismo de uma peça q re-existe no quente da hora, sintonizada com os acontecimentos tragicômicos da Farsa Política do Golpe.

Nos meus 58 anos d Teatro, raramente viví o Poder Político Cultural do Teat(r)o tão intenso no prazer de Chanchar a Trágédia Golpista.

Um Público inspiradíssimo, ligado aos acontecimentos de cada dia, q lotava o Teatro da Caixa Econômica, nos fez virar a peça de Artaud, agora com as Máscaras dos Protagonistas armando o Golpe em nome de deus, num Carnaval delicioso.

Nem nos anos 60, com“Rei da Vela”, “Roda Viva”, sentí o Poder do Teat(r)o revelar uma peça comopra dar um FIM NO JUIZO d deus do Momo, do Palhaço de deus : Antonin Artaud, como um Jogo Tão desmistificador da Farsa q estamos vivendo no Brasíl.

Poucas vezes vi o Teatro Político tão Arte, tão vivo, tão revelador do Poder, até então, reprimido da Cultura.

Queremos fazer neste fim de Semana a peça no Teat(r)o Oficina, pois nosso desejo de justiça teatral é correr agora todo o Brasil enquanto o Golpe não se consolida, por termos a humilde pretensão de q “pra dar um Fim no Juizo d deus” pode, pelas Gragalhadas, ser um dos pontos somados a todas as outras Milhares de Manifestações.

dar um Golpe no Golpe!

 

 

 

 

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Afinal q o dia d’Ela Chegou

Odoyá Iemaniá

 

Estreia dia 31 no Teat(r)o Oficina

“pra dar um Fim no Juízo de deus” d’Artaud

 

No clima pós Guerra em Paris, ondas

da Rádio Nacional Francesa levavam

ao ar um programa d grande

audiência:

“A Voz dos Poetas”

Artaud saído d 9 anos d Hospício,

Grande Poeta, é convidado a dar sua

Voz ao Programa.

Vindas diretamente d seu Corpo,

escreve uma peça radiofônica q

grava à 4 Vozes:

Artaud, Maria Casares, Paule Tevin,

Roger Blin,+ Sonoplastas do Studio

Artaud estavam felizes d impregnar os

ares com a emissões das suas

enérgicas phalas, vindas de seus

Corpos.

Vozes fecundadas nas batalhas com

surrealistas,

na encenação de suas primeiras

peças,

na publicação d seus poemas,

nas epifanías d seus filmes,

nas viajens Xamânicas, em todas as

xamadas: drogas.

O Corpo d Artaud doía [por estar imerso

no mal estar da civilização ocidental].

Decide ir pro México, ao encontro dos

Índios Taraumaras

Mastiga o peyote dançado na Roda

dos Peidos dos Xamâns

Peidorrentos y tem a iluminação

“peido, logo existo”

No Rito vê a fraqueza dos Corpos

dos Colonizadores, sem Corpo, diante

da vitalidade dos Corpos Taraumaras.

Em Havana recebeu no Terreiro d

Santería

uma Espada d São Jorge Ogum

Guerreiro.

Retorna à Europa pela Irlanda

com o bastão y a poderosa Espada

Verde

botando fé q com ela, iria levantar o

povo Celta

para retomar sua vitalidade primitiva

como a dos Taraumaras

Mas é preso, deportado pra França,

y durante toda a 2ª Guerra Mundial,

passa 9 anos d Hospício à Hospício

passando por choques

elétricos, camisas d força, drogas pra

fazer desaparecer o corpo, fome da

escassez d alimentos na Guerra; mas

nunca deixou d inscrever o q sua

mente-corpo irradiava,

até ser posto em liberdade depois da

Paz:

um antropófago sem dentes…

entre seus muitos escritos gravados à

sangue,

(no seu cú talvez já jorrasse sangue

d’um câncer

q o impedia de cagar)

mesmo assim, estava vivo demais

y jorrava os líquidos d seus

sofrimentos

escrevendo espermeando, desejando

a Merda

Na sua Peça Radiofônica, faz

palavras, glossolalías se encontram

numa sumula d ser vivo, matéria

orgânica d toda sua experiência a ser

emitida aos ares, não somente a seus

contemporâneos mas pra nós q nem

tínhamos nascido.

Poema Peça Radiofônica – com tudo q

seu Corpo Marcado descobriu:

q por ser viva demais –  foi golpeada

com um impechment

pelos Juízes representantes crentes

do Juízo do Deus Único

da Verdade Única

Censores da Rádio Nacional Francesa

no dia 2 de fevereiro d 1948

(no Brasil, dia d Iemanjá).

Cortaram essa emissão,

foi o Golpe d Morte em Artaud

q piorando de suas dores q nem a

Morfina vencia

continuou escrevendo até vir a morrer

no dia 4 de março do mesmo ano d

1948.

Esta Peça, foi o sub texto pulsante

no Anti Édipo d Deleuze-Guatarí, q

explodiu clínicas y mais clínicas d

psiquiatria no mundo.

Essa emissão caiu de novo, agora,

nas mãos d Artistas do Teat(r)o

Oficina Uzyna Uzona, nestes dias em

q todos íamos percebendo os Golpes

do Juízo d deus, q já poluía o Brasil,

desde a vitória raspando d Dilma,

sobre Pentheu Aécio, q iniciou a

escalada dos Golpes tocado à veneno

dos ódio dos perdedores, q pediam

recontagem de votos. Depois foram as

“Pautas Bombas”, d’ um Congresso d

Gangsters Evangélicos.

O Clímax dos Golpes: foi a Co-

Produção Bíblica da Midiona, com

o Cardeal da Inquisição: Moro.

O Cortejo d Novela em seu novo

horário: 6h da manhã, estrelada

pelo vilão Lula, coagido a depor

de São Bernardo, atravessando

SamPã, a até o Aeroporto de

Congonhas.

Dia 18 a Manifestação da Paulista

despertou a Esquerda. A pessoa mais

eloquente do Brasil, d todos os

tempos, o Lula Paz Amor y Humor y

Muito Mais, estorou até a divisão entre

verdes y vermelhos.

Mas o Juízo d deus, no dia seguinte,

quando Moro já tinha proibido a

difusão dos grampos, levantou sua

proibição, “pelo bem da pátria

brasileira”, y escancarou seu Golpe no

Palácio da Alvorada: o Grampo

Telefônico no Palácio da Presidente

Dilma. Logo depois os Golpistas

tentaram invadir o Palácio.

Hoje o Impechment fervilha nos

Ajuizados d deus q não se entendem.

A Farsa do repeteco está no Poder 

“A sua Profecía vai fracassar,

y eu vou gragalhar qua qua qua”

Nós Estreamos “pra dar um Fim ao

Juízo d deus” d Artaud

dia 31 d Março no Oficina,

dia em q o Golpe d 1º de abril d 1964

estava parindo y nós não sabíamos d

nada.

Mas agora já sabemos.

Vivemos pelo menos há mais d um

ano neste escancaramento.

Não vai ter Golpe, porque já está

sendo dado, há algum tempo.

Minha Mar, é a dos Artistas y vou me

encontrar com elxs no dia d meu

aniversário, amanhã dia 30,

comemorando meus 79 anos

no Masp.

O “pra dar um Fim no Juízo d

deus”, manifesto carnal d Artaud,

nasce orgânico y cresce nesse

ambiente d Farsa como uma

trepadeira d maria sem vergonha.

Nesta noite no Oficina, a Peça

Radiofônica d Artaud, não vai mais ser

impixada -estará incarnada em corpos

vivos,

sem órgãos absorvendo y replicando

os acontecimentos vivíos em nossas

carnes.

Sinto talvez q todos os Corpos sejam

verdes, vermelhos, ou multicores,

e estão sofrendo no Brasil.

Fazendo esta peça revolucionária,

penso: vai surgir uma Frente Ampla d

pedaços d todos os partidos em

defesa da democracia?

Meu ser ZéArtaud, minha

Personagem, deseja

Mais q uma FRENTE,

uma RODA VIVA AMPLA 

d todas as Culturas Brazyleiras,

Ianomanis, Tupys Guaranys d todas

as Tribos, no movimento inevitável da

vida no Planeta Ser Vivo Terra, com

os Sem Teto, Sem Terra, Gays,

Lésbicas, Trans, Afro Descendestes,

Trabalhadores Inspirados, Mulheres

Livres, Hackers, Menores d 16 anos,

Favelados, Classe Média, alguns

Pirados dos 1% com suas Fortunas

distribuídas. Nessa Roda tiramos todo

s os rótulos y somos com os bichos,

águas, terras, seres vivos q juntos

vamos democratizar a democracia,

mudando democraticamente o

sistema, até atingirmos a Anarquía

Coroada y Tecnizada.

Esse lixo q cacareja o impeachment,

corruptores da própria Corrupção em

nome do JUIZO D deus, hoje sob o

comando d um Vampiro, ressucitado,

dando o desfecho á novela: será q o

Crime foi cometido pelo Mordomo?

Virão novos capítulos desta novela,

mas nós continuamos com a mesma

peça em cartaz.

Uma peça d Artaud, é um Corpo sem

Orgãos,quer dizer, como o mesmo

movimento d intuscepção d Terra q

renova-se livrando-se de seus

agentes adversos”

Zé Celso

MERDA

 

 

 

 

Crítica Teatral do Teatro dos Patos – A maior manifestação de São Paulo!

Prêmio pela Eloqüência da Inexpressividade!

 

Manifestação nota Zero,

Inexpresiva,

sem ter o q dizer.

 

Só o boneco do Lula preso.

 

 

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foto: Agência Estado

 

 

O Pato

quem paga?

Você,  nariz d pato,

é o Pato em si.

 

Um Pato Amarelo d Plástico

é o Totem do rebanho

verde Amarelo

da Coréia do Norte do Brasil.

 

 

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foto: J Duran Machfee / Agência Estado

 

 

O Xamã Marx Selvagem

Profetizou:

repetir a história

dá em Farsa.

 

O Cover é miserável diante da Pompa das Marchadeiras de 64,

d tão sem graça.

Uma farsa

onde a graça

é a total falta de graça.

Mas assim mesmo dá pra quase morrer, mesmo, de rir.

 

A Burrice encenada na falta de imaginação nas Avenidas do Brasil…

Mas nada se compara à gente feia da Avenida Paulista de Sam Pã

com as caras afirmando: sou burro sim.

Os  empregados bobos da globo

estavam presentes com seu público

com caras de celebridades pátrioeducadoras.

a globa é boba…

a globo eh boba…

 

Ai, q falta das  marchadeiras do tempo do LP!

 

 

Marcha da Família com Deus pela Liberdade

Mulheres com bandeira durante Marcha da Família com Deus pela Liberdade. (25.03.1964. Foto: Acervo UH/Folhapress. Negativo: 21492.64)

 

 

O Bando  conduzido por um Pato d plástico!

Qua! Qua! Quaka?

Será q isso é o q chamam d gente atoa?

 

O importante é fazer número!

– Ah! Eu amo ser um número d estatística!

 

O facismo conta cada um,

pra ser a demonstração numérica  maior q já houve

das Burrices em Festa!

 

Vou sair pra  comer um Pato ao Tucupy

no Restaurante Amazônia da 13 d maio, no Bixiga.

É o q vou  fazer chegando em Sam Pã

depois de ser atacado via globo,

à beira mar,

por este  Pato Plástico

q  nem dá pra comer – isso é com os canibais do plástico.

 

Q comédia!

 

A maior manif em Sampan foi Cover das da Coréia do Norte.

É do Faustaun, então!

Só q o garoto da própria Coreia do N.

é um gordinho sorridente,

y o Faustaun murchou d mau humor…

Cara fechada de bola murcha,

o auditório do Camarada Faustão,

é muito mais mecânico – ele devia ensinar o Ditadorzinho da Coréia do Norte!

 

 

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Kim Jong-il, ditador da Coréia do Norte. Foto de divulgação

 

Mas os operários da Coréia do Sul,

aqui em Cumbuco,

são os mesmos da do norte

com uma diferença: as Iracemas daqui estão comendo eles.

Elas são lindas.

Uma cultura nasce aqui.

Vocês, rebanho do pato,

vão pra Coréia do Norte!

Stou gragaiando Humor!

 

Viva os Palapatões

Or Not

to be

Enquanto Isso…

 

 

O  Corvo invocado nesta incarnação  foi promovido à Idiota.

Jesus.com.

Y esta histérica quer dar sua última cagada na historia do Brasil.

A bruxa quer ser a detonadora da Pauta Bomba  Final:

o impeachment,

o Golpe.

 

No q vai dar esta trágica farsa?

Quem souber, não deixe acontecer

 

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Imagem de arquivo – Estação Primeira de Mangueira 2016

À Vitoria d MANGUEIRA

Kaô Xangô

Epahey Oyá!

peço licença,

pra Saúdar

com o Grito de Alegria d Dionizos :

IÁAA! !!!!!!!!!!

Tua Vitória Mangueira

y a maravilhosa deusa

do Canto de Fé na Vida: Maria Bethânia

 

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Foto: Ricardo Borges – FolhaPress

 

vocês deram ao Brasil, aos brasileiros, ao mundo, a vida, o q precisavamos com esta Vitória no combalido ano mal começado d 2016.

Foi um dos mais belos acontecimentos culturais de todos os tempos.

A Cultura brazyleira explodiu pro mundo na madrugada deste dia 11, no Rio de Janeiro, foi a Grande Boa Nova do Ano d 2016.

A Vitória só veio a coroar um acontecimento maior de magía rara mesmo. Foi Teat(r)o ao Vivo, até pela TV.

Neste milagre, num ano em q notas altíssimas no 2º dia de Carnaval competiam com a Estação Primeirahouve mais q o Retorno da Escola à Pista do Sambódromo, consagrada, depois do desfile, foi o Retorno do Sambódromo à grandeza de seu Parto.

Eu ví o Darcy Ribeiro, sentado na Apoteose, como estava, sozinho em 1994 , em 2016 contemplando sua obra prima com Brizola. É esse Brasil dessa Cultura q estava sendo esmagado com essa chamada Crise Econômica y Política. Muitas pessoas tinham e talvez tenham até hoje, vergonha de falar esta palavra “Cultura”.

Há muito tempo não constava mais essa palavra “Cultura”, nos programas dos politicxs que se Canditavam para os mais altos cargos públicos.

Talvez as coisas continuem mais ou menos como estão: assim, burras, mas alguma coisa aconteceu y está riscada no Cosmos y no Corpo do Brasil depois deste desfile y desta Vitória.

Pro Teat(r)o Oficina q sempre buscou refletir o mistério desta Escola do Coração do Atletismo Afetivo Brazyleiro y q se encontra agora ameaçado pelo $erco da $isan Emprendimentos de $peculação imobiliária q faz parte do Grupo Silvio Santos,  foi um impulso energético extraordinário pra nossa luta ser Vitóriósa!

Euclides da Cunha já saudava em “os Sertões”, a Mutação de Apoteose na Primavera, depois do fim da sêca, com a árvore Totem: Mangueira.

Criamos um Samba q aí vai a letra e a música:

 

desfile mangueira 2016

Foto: Fabio Tito/ G1

Estrelando flores alvíssimas

flores q passam

cambiantes

de um  verde pálido

ao um róseo vivo

nos rebentos novos

É a nota mais feliz

de um cenário deslumbrante

 

Mangueira em rêde

Mitiga a sede

Abre o seio

acariciador

cheio

dá um leite de sabor do amor

da umbuzada

branca só na cor.

EvoÉ Mangueira

Evoé Bethânia

Toda Gratidão

TiZÉrias

 

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Foto: Ricardo Borges/FolhaPress

 

 

Grandes jovens Pensadores como o jovem Psicanalista Tales Ab’Saber, o mais jovem ainda, Silas Martí, crítico de artes plásticas da Ilustrada, Rudifran, o dinâmico diretor da Cooperativa de Teatro de São Paulo, o jovem advogado Hugo Albuquerqueestão criando um Cerco de Amigos Dourados do Teatro Oficina ao $erco das Torres, feito de Inteligência, Amor à Vida, à Terra, em Indústrias Reunidas de Poesías como um Levante do Poder das Línguas da Cultura Brazileira y Mundial.

 

 

A cidade vista “pelo mais”

Por Guilherme Wisnik

O Teatro Oficina é hoje, em certa medida, ainda mais relevante do que foi nos gloriosos anos 1960. É o edifício radical de Lina Bo Bardi e Edson Elito, com sua generosa visão urbanística, que foi escolhido pelo jornal britânico “The Guardian”, no final do 2015, como “o melhor teatro do mundo”, à frente, inclusive, do anfiteatro de Epidauro, na Grécia.

Quando reaberto ao público em 1993, depois de 20 anos fechado, o novo Oficina passou a contracenar com uma cidade muito distinta da que existia no auge da contracultura e da repressão militar.

Hoje, ele se tornou não apenas um polo de experimentação teatral de vanguarda mas também uma importantíssima referência de urbanidade, na contramão da cidade-empresa neoliberal que se tornou hegemônica desde então.

Acuado pelo avanço especulativo que vai destruindo o bairro do Bexiga e ameaça emparedar o próprio teatro, o Oficina se associou aos movimentos de sem-teto do entorno, trazendo-os para o palco, passou a defender a gestão pública e coletiva da terra urbana com uma visão ecológica, propondo um parque e uma universidade no seu entorno, e colocou claramente os valores culturais, educacionais e de lazer como paradigma de resistência à pura especulação privada da terra.

Sua presença na cidade é, assim, essencialmente política.

O traço que une fortemente o Oficina aos movimentos por moradia, e que os torna muito exemplares, é a afronta ao sacrossanto direito de propriedade privada.

Zé Celso é antropófago. Atacado, ameaçado de desaparecimento, ele reage em grande estilo, querendo incorporar aquilo que é do outro: os terrenos do Grupo Silvio Santos. Não para o seu próprio bem, mas para o da coletividade. Sei que não é algo muito “razoável”. Mas representa a resistência necessária, e muito minoritária, hoje, contra o cálculo burocrático, contra a ideia de inevitabilidade do mercado, contra a desistência da política. Foi com a consciência antecipada disso, baseada em uma grandeza intelectual ímpar, que Aziz Ab’Saber tombou o teatro no Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico), em 1982.

Hoje, o Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) permite a construção de enormes torres vizinhas ao teatro. O que, se acontecer, obscurecerá a sua enorme fachada lateral de vidro, por onde passa uma árvore, soterrando sua dimensão urbana.

Sofrendo forte pressão do Ministério Público, o Iphan liberou a construção do empreendimento, em contradição aberta com o laudo de tombamento do teatro feito pelo órgão em 2010, alegando não ter instrumentos jurídicos para barrá-lo.

Trata-se de um processo crescente de judicialização da política, com consequências terríveis para as nossas cidades. Em nome de um suposto maior controle da sociedade sobre as decisões na cidade, acaba-se submetendo a política à burrice mesquinha da burocracia. É o que tem travado, também, muitas das importantes propostas urbanas da gestão Haddad.

Vamos assistir a isso de forma resignada, alegando que se conseguiu fazer “pelo menos” algumas ações paliativas? Ou vamos agir “pelo mais” e defender o Teatro Oficina e sua ambiciosa e exigente visão de cidade?

 

Da arte de celebrar e vilipendiar Lina Bo Bardi

Por Silas Martí

Nos últimos tempos, Lina Bo Bardi vem sendo redescoberta pelo meio artístico do Brasil e do mundo, inspirando mostras, livros e debates. No Masp, o resgate de seus cavaletes de vidro, que voltaram a fazer os quadros flutuar na galeria de pinturas do maior museu da América Latina, foi o gesto mais autêntico e radical da nova administração da instituição, mostrando que um olhar para o passado às vezes pode pavimentar a rota para um futuro menos cruel com a memória.

 

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Teatro Oficina, obra de Lina Bo Bardi, em São Paulo

Mas a confirmação recente de que o Iphan, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, deve autorizar em breve a construção de três torres de até 28 andares no terreno ao lado do Teatro Oficina, uma das obras mais poderosas de Bo Bardi, é um tanto chocante. Talvez mais chocante seja a justificativa esfarrapada desse órgão de que o tombamento que deveria proteger o teatro na Bela Vista diz respeito só ao interior do prédio e não à preservação da vista de seu janelão de cem metros quadrados. Letras miúdas à parte, os burocratas lotados ali parecem não saber que a transparência —nunca viram a Casa de Vidro?— é um dos maiores valores que pautam as obras dessa arquiteta. A construção de um paredão de prédios colado ao Oficina será a morte de sua maior virtude, que é ser ao mesmo tempo uma rua e uma plataforma cênica aberta à cidade, penetrada pela metrópole e ao mesmo tempo deixando vazar para a rua a fúria de seus espetáculos.

 

Não sou do time que resiste a qualquer mudança na cidade, nem acho que tudo deve ser cristalizado como está. Mas o Oficina precisa ser preservado, quem sabe ganhando a praça externa que Bo Bardi idealizou em vida. Entendo que o espaço é também protegido pelos órgãos de defesa do patrimônio do Estado e do município de São Paulo, o que atravanca um pouco os planos do Grupo Silvio Santos de construir suas torres ali. Acontece que com o aval da esfera federal, essas entidades regionais têm poder reduzido e podem acabar cedendo.

 

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Cavaletes de Lina Bo Bardi na Galeria de pinturas do Masp

É no mínimo paradoxal que Bo Bardi seja ao mesmo tempo celebrada e vilipendiada na mesma cidade, a São Paulo que absorveu sua obra do jeito desengonçado e atravessado que as coisas acontecem por aqui. Esse não deixa de ser mais um marco na paisagem que pode sofrer um arranhão. Evitar a construção de um paredão ali pode evitar o que já ocorre na Vila Mariana, onde um prédio gigantesco de escritórios foi construído atrás das casas que Gregori Warchavchik construiu na rua Berta, hoje quase esmagadas pelo vizinho. Pelo visto, a memória da arquitetura em São Paulo parece sobreviver só da porta para dentro, em fotografias, reproduções e resgates historicistas. Enquanto isso, empreiteiras vão reduzindo a pó pedaços da história da cidade.

 

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Perspectiva de como deve ficar o Teatro Oficina junto às novas torres

 

Estamos desaparecendo! Ou reagimos ou sumimos… puff!

Por Rudifran Almeida Pompeu

O IPHAN, órgão do Ministério da Cultura que tem a missão de preservar o patrimônio cultural brasileiro, diz que não tem instrumentos jurídicos para conter a mão pesada e endinheirada da especulação imobiliária e, com isso, declara sua incapacidade de preservar o Teatro Oficina das ambições milionárias da SISAN.

O “Oficina de José Celso Martinez Corrêa, o Oficina do escândalo brasileiro universal do Rei da Vela de Oswald de Andrade, o Oficina dos atores espancados por paramilitares em 1968, quando da encenação de Roda viva de Chico Buarque!” como bem disse o Tales Ab’Sáber.

Portanto, sugerimos ao Ministro Juca Ferreira que não entre nessa esparrela jurídica da impossibilidade instrumental sempre utilizada pelos poderosos para nos suprimir do mapa e que reaja com firmeza nessa ação que se torna emergencial e urgente.
Que o ministro se interponha de todas as maneiras junto a presidenta da republica e aos órgãos de governo para esse enfrentamento contra a especulação imobiliária que todos sabem servir de dinheiro as campanhas políticas de quase tudo quanto é legenda desse país! Que a luta pela preservação de nosso patrimônio seja mais forte que as forças financeiras que só visam o lucro e beneficies particulares.

Se isso não for possível, então que se feche o IPHAN já que não serve pra defender o óbvio…

Bora pra luta! Bora brigar um pouco, porque os governos sempre passam e nós continuaremos aqui. Seguimos na luta pelo não encaixotamento do oficina! ‪#‎juntoscomzecelso‬ ‪#‎teatrooficinaresiste‬ ‪#‎reageoficinauzinauzona‬

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foto: Nancy Mora

Sou Cégo d’Teat(r)o

q vê

da Terra do Bixíga

onde Teatro

em se plantando

sempre deu

a quem se dá 

mas…

q está $ercado

por $oldados Engravatados Executivos Executores

do Holocausto Repetitivo

do Direito Romano de Propriedade

q diferença existe

entre fundamentalistas destruidores de Santuários,

cortadores de Cabeças

y

os Fundamentalista$ da Especulação Imobiliária Néo Bandeirantes:

Caçadores Destruidores de santuários y cortadores d cabeças q não querem ser capturadas?

 

Estes pretendem destruir o último pedaço de terra livre do Centro d SamPã.

Pra isso tem de Cortar Cabeças

d Artistas,

d’ Autoridades d Defesa do Patrimônio,

d’ Jornalistas das Mídias, Midiinhas, Midionas,

d’ Cabecinhas, Cabeçonas

q não cabem nas suas toscas estruturas de captura:

no seu Carandirú Pobreza

“Trê$ Torre$ Prisões

Nessa Terra “perdida

há Cabeças Coroadas de Héras, se Fazendo ,

se dando às mitolo(r)gias

q os povos noite y dia

criam,

cantam,

dançam,

na terra

no ar

pássaros voadores

des-assombrando

pensamentos livres

q vôam

mas

q sabem se erguer do chão

com seus Bastões,

Tyrsos Báquicos

y conceber suas estratégias

num piscar da voz da

Marechal de Nossa Tropa:

Madame Morineau:

O Teatro Recuou, Meu Filho! Ohpuf …realmente…

No, No, No, assí no dá …

 

Ah! E aí, sentir o desejo de passar do “recuo” ,

ao AVANÇO

com seu Bastão de Bacantes y Satyrxs Guerreirxs

y

proferir na própria carne

a palavra mágica Ham-let:

AÇÃO

Estes tem o Phoder de enfrentar estes Exército$ de Pentheus y Drs. Abobrinhas

 

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foto: Mário Pizzi

 

Ió! Os Artistas de Todas as Artes

 

Ió! Gente q phala pra Gente,

Na língua direta de Gente,

 

Ió! Dytirambistas (todos os Tambores)

 Músicxs

Arquitetxs, Urbanistxs, Cientistxs, …

Façam esse favor pra todos…

Mas a Protagonização da Arte Aglutinadora Física dos Teatros onde Todos

os Teatros são nossos Teatros

é, quer se queira ou não,

a gente de teatro

mesmo combalida.

É só se apoiar no Tyrso d Dionisios y ficar de Pé Dançante

Somos peões satyrxs de SamPã

da Tropa de Choque Cultural q pode Acordar

no Bixiga

não só o Brasil,

mas o Mundo.

 

IÓ! Amantes d Dionizios do Mundo Inteiro,

Vamos criar uma Orgya da Arte d Teatro do Bárbaro Tecnizado Total da Terra!

 

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foto: Mário Pizzi

 

 

IÓ! Estrategistas d todas as Artes

 

IÓ! Amantes do estar em cena com o Público diretamente

 

IÓ! Anônimos nas revistas caras, esbanjando poder de aventureiros teatrais nos teatros de rua, cultivando as Metrópoles engasgadas quase subterrados;

 

IÓ! Cooperativas de Teatros q se tornam Comunas Teatais

 

IÓ! Celebridades de Televisão q tem Sangue de Teatro no Corpo

 

IÓ! Poder da Imaginação, d Atrizes, Atores, Palhaços do Brasil y do Mundo

 

Muitos me perguntam

como ajudar” ?

 

Não, ajuda”, não,

não tem “ ajuda

nem dar uma força,

mas atuar

até se espatifar

pra poder voar

 

IÓ! É o Xamado Báquico

À Massa d Sangue dos Corpos em Possessão q vem se juntar aos Posseiros impedindo os Carrascos da Propriedade Privada

É o q

TIRIAS

Vê hoje

 

Terça-Feira GORDA DE CARNAVAL DE 2016 em SamPã

 

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foto: Mário Pizzi

 

Amadxs Beth Viviani y Guilherme Wisnik

Antes de TUDO

Guilherme:

Teu texto é Maravilhoso

Corajoso

Claro

Luminoso

Inspirador

de TiZÉrias o Antropófago

nesta Terça Gorda de Carnaval

depois de te ler y quebrar meu útero coração de criar um Diário do $erco no meu Blogg, mas pra espalhar, não ficar lá dormindo …

Acordei hoje animado por Momo

Y inpirado em Vossos Textos:
Guile y Beth

Inaugurei um

Diário d “TyZÉrias $ercado

Mas há correção de um Erro de má compreensão desta Entidade q baixou em mim, desde q soube do $erco:

y Beth, foi você com teu corajoso, lúcido texto quem me fez ver, após você ler o texto de Guilherme, y me escrever y botar o dedo na contribuição enorme deste erro.

quando fui avisado à 22 de Janeiro deste ano de 2016, q este era o último dia do prazo para que a Presidente do Iphan, a Arquitetx e Urbanistx Jurema Machado, liberasse ou não,

à Sizan Empreendimentos Imobiliários” do Grupo Silvio Santos,

a construção das Gigantescas Torres, Prisões do Entorno Tombado do Teat(r)o Oficina; comecei a ligar desesperado pra pessoas mais próximas à luta por esse último terreno respirável de SamPã.

Liguei pra você meu amigo dourado Arquiteto Urbanista Guilherme Wisnik, no seu celular.

Você estava na Praia em Férias no Litoral da Bahia, eu devo ter dito por telefone a você Gui, q o Ministério Público era o responsável pela Ação de Reintegracão de Posse.

Acho q foi assim q eu, doido d TyZérias, recebi ou ouvi a notícia do $erco

Mas eu mesmo achava muito estranho q justamente este órgão q tem o papel de defender o Patrimônio Cultural do Brasil, tivesse tomado esta medida.

Somente antes do Carnaval, Juca Ferreira, Ministro da Cultura esclareceu minha cegueira, dizendo q se tratava de uma Ação da Justiça, vencida pela $isan e me aconselhou a procurar Nabil Bonduki Secretário Municipal de Cultura de São Paulo. Este teria informações mais precisas.

É o q eu vou fazer na 4ª Feira de Cinzas, mas acho q entendi. Tive conhecimento deste $erco quando já era aparentemente “vitorioso”, nem deu pra lamentar, porque não adianta reclamar do leite derramado.

Claro q se trata do famoso Direito de Propriedade Romano, o único direito q aprendi na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, como um Dogma, um Tabu, um Axioma Indiscutível, aquele em que ainda se baseia toda a Ordem Mundial Capitali$ta

Mas me recordo de uma citação em latim de um jurista do ex-Império: “ut eleganter Celsus dixit, ius est ars boni et equi” = como o elegante jurista Celsus disse: o direito é a arte do bom e do equitativo.

Nunca acreditei neste Mito da Propriedade Privada, e sempre vi a Justiça como uma questão de Interpretação, como no Teat(r)o, dependendo de cada situação concreta.

Grandes jovens Pensadores como o jovem Psicanalista Tales Ab’Saber, o mais jovem ainda, Silas Martí, crítico de artes plásticas da Ilustrada, Rudifran, o dinâmico diretor da Cooperativa de Teatro de São Paulo, estão criando como você Guile, como você Beth, um Cerco de Amigos Dourados do Teatro Oficina ao $erco das Torres, feito de Inteligência, Amor à Vida, à Terra, em Indústrias Reunidas de Poesías como um Levante do Poder das Línguas da Cultura Brazileira y Mundial.

Por isso no ontem do sempre hoje,

passo a palavra à minha amiga, escritora Beth Viviani:

“Por coincidência, depois de pensar em você e te escrever um email, leio agora à meia noite o texto do Wisnik na Folha.”

Aí , Yo, TiZÉrias intervenho, pois é o q me levou a entender a questão mais profundamente:

“Não entendi a ‘forte pressão do Ministério Público’ sobre o Iphan.

Baseado em que argumento o MP fez a pressão?

O que significa 

‘um suposto maior controle da sociedade 

sobre as decisões na cidade’?

Não é  o contrário?

Temos que fazer política.

O movimento do capital não pode ocorrer no vácuo.

Existem controles e regras que o poder público pode impor, que foram incorporados em legislações criadas pelos movimentos da sociedade ao longo da história.

Acho que há espaço e toda a legitimidade na defesa de nosso patrimônio cultural.

Ninguém vai pretender abolir a propriedade privada, mas ela deve se curvar à história da nossa cidade.

Me explica essa postura do MP.”

(ainda não sei do Caso na Justiça, sabendo ponho na Ágora)

Vitória na guerra!

Podemos usar esse bordão da novela sensação da Globo! 

 Querido Zé Celso = TyZÉrias,

enviei um recado para você e Marcelo pelo Whatsapp, no contato do Oficina que apareceu na lista. Mas vou repetir aqui o que falei. É grande minha preocupação com a decisão legal (?) sobre o destino do terreno que, por direito de cidadania, de prioridade cultural, de ocupação urbanística civilizatória de São Paulo, pertence ao Oficina e ao povo paulista.

Qual a reação mais adequada para reverter mais esse golpe do capital imobiliário e de autoridades servis?  

Citando a famosa frase,

o que fazer?

Nós, cidadãos revoltados, podemos fazer algo?

Estou neste momento em São Sebastião de férias, 

volto em torno do dia 22.

Com o afeto da

Beth Viviani”

Beth, muita gente me pergunta, só agora sei responder, TyZÉrias vai saber esta semana, é importantíssimo termos acesso aos Autos deste Processo, q redunda neste Crime Ecológico Cultural.

Dr. Gustavo Neves Fortes do Escritório de Advogados do Grande Criminalista Dr. Tales Castelo Branco está já investigando.

TyZÉrias 

EVOÉS

 Estreia_Misterios_ Jennifer_Glass

 

No último sábado, 11 de dezembro de 2015, às 21h, o Teat(r)o Oficina participou da Programação da 1ª Jornada do Patrimônio em São Paulo, com a Encenação de Mistérios Gozósos, inspirado no Poema “O Santeiro do Mangue” de Oswald de Andrade .

A Secretaria da Cultura da Cidade de São Paulo, agora na gestão do arquiteto Nabil Bonduki, patrocinou o espetáculo.

Assim tivemos a Glória de receber uma Multidão de Graça pra conhecer, reconhecer o Espaço Tombado pelos 3 Órgãos de Proteção do Patrimônio do Brasil: IPHAN, COMPRESP y CONDEPHAT, em sua plena Ação Pulmonar d seus Ritos Teatrais .

Tão intensa, quanto muitas q os 54 anos do Teat(r)o Oficina tatuaram na História do Teatro Vivo Mundial. Toda a nova geração y eu mesmo, dos meus 78 anos, apreendi com o Público q lotava o Teat(r)o muito esta noite, sobretudo por ser um lance ligado à Jornada do Patrimônio, q depois de 21 anos ainda nos mostrou q podemos ir mais longe no Espaço q ocupamos.

Estou na Madrugada de véspera de um Ensaio da peça em Cartaz, em q vamos com toda a equipe multimídia plural do Elenco estudar o quanto podemos criar mais, nos Mistérios, depois desta noite.

Y tivemos a surpresa de uma extraordinária coincidência: Na mesma data, o Teatro Oficina foi considerado pelo Crítico de Arquitetura Rowan Moore, do The Observer/The Guardian, o melhor teatro do Mundo. Eu mesmo comuniquei ao Público esta notícia; os aplausos por este reconhecimento incendiaram novamente o TeAT(r)O Oficina.

Sei q é inimaginável pra muitos o Oficina estar à frente do Teatro Grego de Epidauro. Eu mesmo levei um susto. Como? O Oficina , na frente do Terreirão d Dionísios, o deus do Teatro?

Mas hoje, traduzindo o texto e Rowan pro brazileyro, entendi o q mais o impressionou: a intensidade, trazida por este espaço pela revolução no assistir Teatro, na visão da multiplicidade de perspectivas possíveis.

Há um verso q repetimos, cantando entre os vários quadros da peça:

Há um grande cansaço de explicar o mar…

A Dificuldade de, mais q nunca, nos dia d hoje, termos de explicar o inexplicável… q é o q é, o q esta sendo no Teat(r)o Oficina

Há 54 anos conseguimos, nós, tecno-artistas, manter vivo este lugar, com um inexplicável esforço, varando crises como esta dos dias y noites em q vivemos hoje.

Nessa noite, somada a esta notícia vindo do The Guardian, vislumbramos a possibilidade de pedir o Tombamento do Teat(r)o Oficina também pela UNESCO, visando o encontro de apoios do Poder Econômico, ou da Filantropia Internacional do Capitalismo, q numa atitude Perestroika, em sua decadência, nos possibilite um voo muito maior da Arte do Teatro no Brasil y no Mundo.

O Teat(r)o Oficina, seu Acervo Enorme Multimidias, até hoje trancafiado, y sua própria Ação Teatral noturna y diurna, em SamPã ou em qualquer lugar do mundo, pode trazer uma contribuição imensa pra transmutação dos valores q mantem o Mundo vivendo talvez a Crise mais Burra de sua História.

Pode até ser uma pretensão desmedida, mas tenho q clamar enquanto estamos vivos. Como, talvez, a imensa maioria dos seres vivos hoje no Planeta Vivo chamado Terra, estamos dando muito menos do q podemos dar, travados por “Preconceitos, Tabus…”, q, como disse Luiz Carlos Prestes, o Cavaleiro da Esperança, na sua Última Entrevista ainda Vivo, “…têm Infernizado a trajetória da humanidade, até agora”.

Há um Tabú enorme em torno do Teat(r)o Oficina, q sufoca todos q, em cada geração, dão almas y corpos a esta transformação dos Tabus em Totens.

Há um grande cansaço em explicar o mar

Nesta mesma sessão de Mistérios Gozósos, um poeta, jornalista, crítico literário, dramaturgo com peças publicadas, q já escreveu sobre Augusto de Campos , publicou um livro chamado “A prova dos nove: alguma poesia moderna e a tarefa da alegria”, Professor do Instituto de Estudos da Linguagem da Unicamp; sobretudo, um dos criadores da mais bela exposição q vi em minha vida, com fotos nos Ianomamis, de Viveiros de Castro, pois essa pessoa, logo depois de ter visto a peça, foi pro FaceBook y fez este comentário:

Minha ideia de pesadelo: ser submetido a uma peça de teatro que use, de forma canalha, as palavras e o nome do xamã yanomami Davi Kopenawa para defender o governo etnocida de Dilma Rousseff. Uma peça que minta para seu público que salvar a carreira política de Dilma é salvar a Amazônia. Uma peça que traga a voz e a cara de Jorge Mautner, garoto-propaganda daquele completo crime que é a hidrelétrica de Belo Monte, para propor Oswald de Andrade como o suposto criador de um “cristianismo do século XXI”. Uma peça que seja um tenebroso hino aos poderosos da vez, com o detalhe que seria irônico – se não fosse constrangedor – de ser patrocinada pela Petrobras, mas que acabe gritando, infantilmente, que “não tem arrego”. Ora, essa peça seria um arrego do início ao fim…Eduardo Sterzi

Este texto me chocou tanto, vindo de quem veio, pois Mistérios Gozósos, já em Oswald d Andrade, é um texto de muitas Vozes. Há uma belíssima tese com o nome de “CONTRAPONTO DE VOZES”: A BIOGRAFIA DE O SANTEIRO DO MANGUE, DE OSWALD DE ANDRADE, por
RENATO CORDEIRO GOMES, Professor de Literatura Brasileira (UERJ) e de Comunicação e Teatro (PUC-RJ), q aconselho a Eduardo ler.

Mas o q me impressiona mais é q a peça é uma Obra de Arte, não é um manifesto político. É difícil entender a cabeça de um ser humano com a formação de Eduardo, q nos chama de Canalhas, porque numa mesma peça, segundo ele,“usamos”o nome de Davi Kopenawa pra defender o governo etnicida de Dilma Rousseff”.

Há duas cenas no Poema de Oswald em q surge, na Roleta do Cassino do Comendador do Mangue, a personagem de Madame Bovary, feita magistralmente pela grande atriz Joana Medeiros.

A Primeira vez q aparece é em na “Oração do Mangue”, na mesma cena em q Davi Kopenawa é citado pela 1ª Vez, em q a Persongem de Madame aparece com o seguinte texto d Oswald: “Encontrei num Grande Hotel Lord Byron y Madame Bovary, y sobre eles erguido o Comendador do Mangue, erguido sobre o Mangue, tendo ideias” sobre a Crise, etc…

Na Cena a Personagem do Comendador do Mangue enraba Madame Bovary y Lord Byron, no alto da mais alta estrutura do Teat(r)o Oficina. A Personagem de Madame Bovary aparece copulando metaforicamente, com o Comendador, comprometida com Ele.

Já num quadro seguinte, Madame Bovary reaparece pra jogar no Cassino da Roleta Viciada q sempre termina de rodar no Vermelho 28, número q o Comendador sempre joga y ganha. No dia seguinte à instauração do Impeachment contra Dilma Roussef reescrevi esta cena, em q ficava explícita a situação do Impeachment, com todas as Personas envolvidas na inauguração – q chamei d Bolsacaro Infeliciano da Unha, concentradas numa Personagem criada pela grande atriz trans Wallace Ruy.

E depois, ainda, a pedido do ator mais jovem da Cia., inclui uma Cena sobre o “não arrego”.

Declaro aqui, como já assinei no Manifesto dos Artistas, q sou contra o Impeachment de Dilma. A Cena referida é uma Voz q não podia deixar de ser trazida em forma d Ópera de Carnaval. Em Madame Bovary, Joana Medeiros ainda trouxe as vozes tão faltantes de Darcy Ribeiro y de Lionel Brizola. O amado político antropólogo.

 Óbvio q sei da posição de Dilma diante da luta Indígena, d sua mentalidade desenvolvimentista, mas o q dizer das Personagens q querem seu Lugar? Vão ser muito melhor para os Índios q vivem no Brasil?

São Vozes q neste momento fazem parte da situação específica do País em q vivemos. Prefiro a liberdade d expressão e de investigação q rola no Brasil do q as ameaças dos q querem suceder Dilma.

Vivi a Tortura, o Exílio, na Ditadura y há um ano sei q vivemos sob a ditadura do Congresso mais asqueroso d toda a História do Brasil, responsáveis pela Crise Atual muito mais q Dilma, impedida de Governar.

No Teatro, nós, canalhas, não julgamos ninguém; a arte é livre do radicalismo político ideológico.

Me impressiona q justamente você, Eduardo Sterzi, com a cultura q tem, esteja tomado pela Cegueira do Fascismo Brasileiro do Ódio ao Bode Expiatório Dilma. Você, nos chamando de Canalhas, por sermos patrocinados pela Petrobras? Uai, você deve ter seu carrinho, eu não tenho. O belíssimo livro de Davi Kopenawa está editado em papel, pele arrancada da Floresta. Como Davi Kopenawa, também viajo d avião quando posso. Augusto de Campos recebeu título d Grande Poeta das mãos d Dilma. E é também contra o Impeachment.

Mas o q mais me surpreende é você estar tão cego q é incapaz de ler uma Obra de Arte d Teat(r)o: essa arte da própria contradição da alegria y tragédia, d estarmos vivos, além do bem y do mal.

Seu Ódio cheio de Juízo d Deus, tão estreito, tão burro mesmo… Assim você passa a fazer parte da onda d burrice q assola o Brasil.

Acorda cara, leia a crítica maravilhosa da peça feita pelo jovem crítico de teatro, o talentosíssimo Wellington de Andrade, da Revista Cult. (Leia aqui)

A Tua Voz, nos chamando d Canalhas, penso, vai ter q entrar nos Mistérios, pois deve haver muitos q estão tomados por esta onda d ódio policial em cima das Artes. Mas espero que você logo se liberte deste vodu.

Minha avó paterna é Índia. Eu uso sempre, mesmo na peça, um colar indígena.

Cultuo este meu DNA, como a parte mais amada d meu próprio corpo.

Na mesma noite q você viu a peça, uma jovem índia, Belíssima, veio me dar um abraço y um passe indígena, pra q minha pessoa não seja maltratada, como você faz comigo y com todxs do Oficina Uzyna Uzona

E concluo com:

E o mar q mais parece um caramujo sujo
Cor de chumbo
Plúmbeo
Há um grande cansaço em explicar o mar
Há um grande cansaço em explicar o mar
Há um grande cansaço em explicar
Há um grande cansaço
A Mar

Desejo q alguém leia este texto todo

Acho q vai ser pouca gente

Mas tinha q pôr tudo isso pra fora com tudo q sintomatizou em Cena este 12 d dezembro.

MERDA

Quarta e última parte da carta aberta a Presidente do Condephaat, Ana Duarte Lanna, respondendo a seu texto apresentado em 9/9/2013 ao órgão que preside, o Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico do Estado de São Paulo que, em maio deste ano, autorizou a construção de duas torres residenciais ao lado do Teatro Oficina, tombado por este mesmo órgão em 1982.

As três primeiras partes foram publicadas nos dias 18, 19 e 20 de setembro.

Teat(r)o_Oficina_foto_Marcos_Camargo

A Farsa
“Neste exato momento tramita na Secretaria da Cultura um processo atendendo à solicitação do grupo Usyna Uzona (sic) para contratação de projetos para a realização de obras no bem tombado.”

Só que esse momento dura anos e mais anos. O Teatro é uma arte viva, não bate com o tempo irreal da burocracia cultural do atual Governo de SP. Quisemos até fazer um trabalho com vocês sobre a Burocracia em que vocês seriam também Atores / Personagens – “O Contrato (Ou Convênio) Exemplar”. Claro que não passou. Entregamos os Cadernos desta Proposta Maravilhosa nas mãos do Secretário Marcelo Araújo.

Esta Secretaria somente nos paga os porteiros e ainda afirmam que é somente por este ano. Água, luz, limpeza, enfim, melhoramentos, somos nós que fazemos sempre. Se fôssemos esperar pelo atendimento da Secretaria da Cultura do Governo do Estado de SP a Árvore Cesalpina já teria morrido, o chão do Teatro já teria caído de podre, as galerias desmoronado.

Nós reconstruímos quase tudo este ano com as quotas da geração que hoje faz o brilho de “Cacilda !!!” – Refizemos a pista conforme Lina concebeu, com a mesma madeira que inaugurou o Terreiro há 20 anos atrás. E sempre com o sacrifício dos pagamentos ínfimos que nós Associados hoje recebemos.

Nunca vimos este dinheiro que o Estado destinou – mais de meio milhão de reais para a realização deste projeto.

Depois você Ana Lanna escreve que essas obras, para as quais esse dinheiro se destina, deverão ser analisadas e “obter a aprovação do Condephaat para a realização das obras desse custo, bem como dos demais órgãos de patrimônio junto aos quais o bem é tombado.” 

Não temos condições de esperar este Godot, pois talvez nunca venha mesmo com esta boa vontade com que somos tratado pelo Condephaat e o Departamento Jurídico desta Secretaria de Cultura!!!

E vamos tocando com o que podemos, que não é quase nada. Mas não esperamos estas – palavras de Ana Lanna novamente – “Dinâmicas das leis que expressam os pactos possíveis que a sociedade institui”.

Quem está interpretando estas leis a favor dos privilégios da Especulação Imobiliária são vocês – pessoas de Poder nesta Secult.

E que autoridade vocês tem em falar de democracia que, segundo você, nós desrespeitamos e estamos sempre colocando em risco o estado de direito?!
Vocês que criam interpretações das Leis para impor a violência da Especulação Imobiliária.

Na Revista de Antropfagia de 1928 nós vemos este texto:

“O Direito Antropofágico”. O jurisconsulto Pontes de Miranda, tomando a frente da Escola Antropophagica, lançará dentro de pouco tempo, as bases para a reforma dos Códigos que nos regem actualmente, substituindo-os pelo direito biológico, que admite a lei emergindo da terra e semelhante ás plantas.”

O Teatro desde a Grécia é em si um Poder – o Poder Humano de Antígone diante de Creonte, o Governador – e não somente o Teatro – A Cultura em si é um Poder – não um enfeite, um Museu Histórico do Oficina dos anos 60. O Oficina nem nesta época abdicou de seu Poder Teat(r)al nem agora que é Oficina Uzyna Uzona.

Leia se conseguir com atenção estas falas de Cacilda Becker em Cacilda!!!

Cacilda Antígone Chanel em 68 Aqui Agora:
Foi a Justiça dos deuses subterrâneos que criou nossas leis
Os soterrados vieram à luz
a justiça acolheu, enxergou
Nas tuas leis Governador Creonte
não reconheço força para violar as leis divinas
sempre da hora
não escritas, sem nome
não são de hoje
mas do Etherno Agora
ninguém sabe nem sequer se foram promulgadas
nossa vida de estúpidas penas
mesmo assim não atrofiou nossas antenas…

Vocês não entendem a grandeza do Teat(r)o Oficina Uzyna Uzona. Somos um Cosmos de mais de 50 anos, uma das Cias. mais longevas do mundo. Não somos diferentes do “Berliner Ensemble” criado por Brecht, que continua até hoje trabalhando em torno da linha deste Autor.
Ainda este ano o vimos com “A Ópera dos 3 Vinténs”, dirigida por Bob Wilson, peça trazida pelo SESC, a única instituição – dirigida pelo grande Danilo Miranda –  que tem mantido o Teatro Arte vivo em Sampã .

Nos anos 60 o Brasil, mesmo ainda na Ditadura Militar, tinha companhias assim. Como o Teatro de Arena, o TBC, O Teatro Maria Della Costa, o Teatro Sérgio Cardoso e Nydia Licia, a Companhia Tônia Celi Autran, o Grupo Decisão, dirigido por Antônio Abujamra.

Das Companhias permanentes que eram como Repúblicas Anárquicas auto geridas, com repertório e estilo próprio independente, Cosmos que brilharam nos anos 60, só restou o Oficina, que em sua re-existência tornou-se a Associacão Teat(r)o Oficina Uzyna Uzona e fez florir o que plantou: o que surgiu nos anos 60. Cuidou do Teat(r)o Oficina e manteve sempre seu Tyazo ativo. Mesmo no exílio, quando o Teatro ficou funcionando sob a direção de uma bilheteira à época, a maravilhosa Tereza Bastos, que hoje é funcionária aposentada do Teatro Sérgio Cardoso. Em sua gestão ela transformou o Oficina, por necessidade de sobrevivência, numa casa de exibição, oferecendo pautas, alugando o espaço para várias Cias. de São Paulo, independentemente da linha teatral que elas criavam. Meu irmão, o grande artista Luiz Antônio Martinez Corrêa, também ocupou o Oficina por mais de um ano com sua Companhia, a Pão e Circo e depois foi sediar-se no Rio de Janeiro.

Nós, no exílio, re-existimos como Oficina Samba e trabalhamos na Revolução Portuguesa fazendo Te-Atos, “Galileu Galilei” no Teatro São Luiz, que é um teatro municipal como o de São Paulo, em Lisboa. Filmamos “O Parto” sobre os 9 meses da “Revolução dos Cravos” exibido na Rádio e Televisão Portiguesa, a RTP, depois fomos para Moçambique onde filmamos a Independência do País – “25” é o nome do filme. Este foi o ganhador do prêmio de público no 1º Festival de Cinema no MASP inaugurado por Leon Cakoff.

Quando regressamos do exílio, Tereza Bastos entregou-me o Teat(r)o Oficina e eu assumi a direção criando com, além das pessoas exiladas comigo, um novo Tyazo com grandes artistas nordestinos de SamPã, como o sambista parceiro de Jackson do Pandeiro, Edgard Ferreira, o cirandeiro e artista plástico Surubim Feliciano da Paixão, a grande cantora Sandy Celeste, todos 3 de Pernambuco. Eles criaram no Oficina o “Forró do Avanço”, que funcionava com gente de todas as tribos populares de SamPã. Havia a cozinheira alagoana Zuria, que dirigia a Cantina Cabaret.

Com eles apreendemos o Amor às Terras do Oficina e nos tornamos defensores dela diante das 1as investidas do Grupo SS. Esse era o que chamávamos o Tyazo que semeava Os Sertões.

Vieram de todos pontos do Brasil jovens atores, atrizes, músicos jovens que constituíam o Tyazo das Bacantes.

E os criadores da Arte do Vídeo no Te-Ato: Noilton Nunes, Edson Elito que depois iria trabalhar com Lina Bardi, Tadeu Jungle e Walter da Silveira. Esse era o Tyazo do Homem e o Cavalo, de Oswald de Andrade.

O Tyazo da Memória, criador do Arquivo Oficina 20 Anos: Ana Helena D’Staal e Gilles d’Staal, francês que estivera conosco em Portugal no Oficina Samba.

O Tyazo do Circo dirigido pela 1ª geração de renovação do Circo em SamPã: Veronika Tamaoki, hoje a grande pesquisadora e animadora da ethernidade do Circo em SamPã.

Catherine Hirsch, francesa que está há 30 anos conosco e produziu a reengenharia do Oficina em Associação Teat(r)o Oficina Uzyna Uzona.

Com todos estes novos sócios acima mencionados, em várias mídias, inauguramos o Oficina Terreiro Eletrônico de Lina Bardi e Edson Elito, qu e levou 13 anos para ser levantado com Ham-let, com Marcelo Drummond trazendo sua geração de artistas brilhantes: Alleyona Cavalli, Julia Lemmertz, Alexandre Borges, Adão Filho, Denise Assunção, Paschoal da Conceição.

Neste 20 anos criamos, além de Ham-let, Mistérios Gozozos, de Oswald de Andrade; Taniko – Nô Bossa Nova Trans Zen Iko, do Japonês de ZenXico; Pra Dar um Fim no Juízo de Deus, de Antonin Artaud, fundamento da Obra prima dos filósofos franceses do Século XX Deleuze e Guatarri; Ela, de Jean Genet, por ocasião da visita do Papa ao Brasil em 1997; Cacilda!, de José Celso Martinez Correa; Boca de Ouro, de Nelson Rodrigues; as 5 peças de Os Sertões, de Euclides da Cunha no Teat(r)o Oficina e 2 vezes na Alemanha, depois levadas em tendas para as capitais do Brasil até Quixeramobim, terra de Antonio Conselheiro e Canudos, cidade onde se passa o Livro de Euclides, massacrada pelo Exército e reconstruída várias vezes. Esta peça de 5 partes foi construída e permaneceu em cartaz durante 5 anos, de 2002 a 2007 e em 2005 Berlim a elegeu como maior acontecimento cultural do ano.

Em 2001 fundamos o Movimento Bixigão – projeto social com oficinas de teatro, circo, capoeira, música, Teat(r)o, tendo como público alvo crianças e adolescentes moradores do Bixiga. Seu embrião foi uma comunidade de Sem Teto que ocupava um prédio da Caixa Econômica, depois derrubado pelo Mega Grupo Financeiro Grupo SS.

No seu jubileu de ouro de 50 anos o Oficina produziu O Assalto, de Zé Vicente, com direção de Marcelo Drummond, que excursionou pelo Brasil e Europa; leitura encenada no Volksbühne de Berlim, com atores da Cia. daquele teatro, em alemão, de O Rei da Vela, de Oswald de Andrade; Santidade, de Zé Vicente, também com direção de Marcelo Drummond; Os Bandidos, de Friedrich Schiller, que estreou no National Theatre de Manheim durante o Festival Schiller e depois entrou em carreira no Brasil; Cypriano & Chantalan ou Sensações e Folias de 1973, de Luis Antônio Martinez Corrêa e Analu Prestes, com direção e luz Marcelo Drummond, que teve no elenco atores da Associação Teatro Oficina Uzyna Uzona e do Movimento Bixigão; Vento Forte pra um Papagaio Subir, de José Celso Martinez Correa; Labrinco 50 – Rito Cyber Teatal Viagem, rito das 50 voltas em torno do Sol do Oficina Uzyna no dia 28 de outubro de 2008 – o grupo amador Teatro Oficina nasceu dia 28 de outubro de 1958 no Teatro Novos Comediantes, situado no mesmo local onde o Oficina existe hoje; Vento Forte – exposição virtual Oficina 50 Anos, inaugurada dia 3 de dezembro de 2008 no prédio do Centro Cultural dos Correios no Rio de Janeiro, um projeto-presente da catedrática em literatura da UFRJ Heloisa Buarque de Holanda com curadoria de Camila Mota, Lucas Weglinski e Alberto Renault; O Banquete, de Platão, estreado no Queer Festival em Zagreb, na Croácia, depois em temporada em SamPã e apresentado no FIT BH, onde ocupou o Museu de Arte da Pampulha, obra de arte de Oscar Niemeyer; Cacilda!! – Estrela Brazyleira a Vagar, de Zé Celso, com estreia no Rio de Janeiro no Teatro Tom Jobim dentro do parque Jardim Botânico e depois temporada em Sampã.

Em 2010 saímos em turnê nacional com as Dionizíacas: Taniko, o Rito do Mar, Cacilda!! – Estrela Brazyleira a Vagar, O Banquete e Bacantes. Neste projeto, patrocinado pelo Ministério da Cultura, em que a Cia. excursionou por 7 capitais do Brasil apresentando estes 4 espetáculos de seu repertório gratuitamente em tendas de 2000 lugares, além de dar oficinas gratuitas de todas as artes que compõem os cyberespetáculos: atuação, direção, música, luz, video, arquitetura cênica, figurino, direção de arte, produção, divulgação e difusão. Depois do Tombamento do IPHAN, no dia 24 de junho de 2010, a tenda foi montada em Sampã, a 8ª capital, no Entorno do Oficina Tombado, no terreno cedido em Comodato até este ano pelo próprio Silvio Santos.

No mesmo ano de 2010 fizemos O Bailado do Deus Morto, de Flávio de Carvalho em encenação apresentada durante a 29ª Bienal de Arte de Sampã no Pavilhão da Bienal no Ibirapuera e a Macumba Antropófaga, de Oswald de Andrade. Encenação do “Manifesto Antropófago” criada durante uma semana de ensaios e laboratórios no Inhotim Centro de Arte Contemporânea, localizado em Brumadinho MG, apresentada na obra de arte de Magic Square #5 de Helio Oiticica durante a turnê Dionizíacas. Esta peça entrou em cartaz no Terreno do Entorno do Teat(r)o Oficina num Circo instalado com essa finalidade. Em Sampã o espetáculo acontecia, além do Teatro, nas ruas do Bixiga, na Casa de Dona Yayá, no TBC e no prédio onde morou Oswald de Andrade na rua Ricardo Batista. Em janeiro de 2012 Bacantes, de Eurípedes, seguiu em, em turnê europeia por em Liége, na Bélgica, no Teatre de la Place e em Portugal, Lisboa, no Teatro São Luiz. No mesmo ano foram feitos os Acordes, de Bertolt Brecht e Paul Hindemith, encenada no Oficina, em seu entorno e em turnê pelo interios de São Paulo, também patrocinada pelo Sesc. Atualmente fazemos Cacilda!!! – Glória no TBC e em 68 Aqui Agora, de Zé Celso, também no Teat(r)o Oficina e no terreno do entorno cedido por Silvio Santos.

Isso é um resumo de nosso Currículo.

Não mencionamos os vídeos gravados profissionalmente, distribuídos pela Trama, nem os vídeos de Os Sertões
– 5 DVD’s, por enquanto somente adquiridos no próprio Oficina, nem a caixa comemorativa dos 50 anos com 4 vídeos gravados em 2008. O trabalho de produção audiovisual da Cia. ainda vai lançar em breve O Rei da Vela, o filme e pelo menos outras 4 peças do repertório já gravadas profissionalmente, em fase de montagem e finalização.

Além do Oficina Uzyna Uzona, nos tempos atuais, surgiram muitas outras Companhias permanentes que não nos deixam mais a sós hoje: Vertigem que atuou no Tietê, em prisões, igrejas, hospitais; o XPTO, Grupo Tapa, Latão, Parlapatões, Satyros, Os Fofos, Os Crespos, BR116, Cia. Mundana, Cia. Livre, Folias, Cia. do Feijão, Club Noir… Inúmeros outros Tyazos = Companhias Corais na terminologia da Tragédia Grega Dionisíaca Apolínea e de Pã, aqui em SamPã e também no Rio de Janeiro além de Cia. Armazém, no Paraná, outras no Piauí, atualmemente pelo Brasil todo. Elas são como as Escolas de Samba e os Times de Futebol: Cosmos. Tem uma linha própria que evolui no tempo.

E não resta a menor dúvida: todos estes Tyazos e os da mesma qualidade aqui não mencionados podem, se desejarem, atuar com o Oficina Uzyna Uzona, no Teat(r)o Oficina tombado e no seu entorno.

Como é possível um órgão que defende o Patrimônio Cultural do Estado ter tamanho desprezo pelo Oficina Uzyna Uzona e manifestar-se grosseiramente, sem Arte, neste documento, como se fôssemos usurpadores do Teatro Oficina.

É mais que Ignorância.

Nossa Companhia e nosso Teat(r)o Oficina Uzyna Uzona, seu projeto total de expansão, são hoje objeto de estudo no mundo todo. As Grandes revistas de Arquitetura como Domus, na Itália, 2G na Espanha, dedicaram números inteiros saudando o Projeto do Teat(r)o Oficina e sua extensão urbana no Anhangabaú da Feliz Cidade.

Vocês deviam se inteirar mais de quem somos para não nos entregar assim, com esta brutalidade, para a Especulação Imobiliária. Isso, por nossa Luta e do público brazyleiro e internacional, felizmente não vai acontecer, para a sorte de vocês. Porque se acontecer, vocês serão os neonazistas da América do Sul e irão sofrer muito quando caírem em si.

Hoje uma geração formada por nossas encenações, que são já consideradas cursos da Universidade Antropófaga, revela uma equipe de sócios do mais alto grau de talento. Todo público que viu a 1ª temporada de Cacilda!!!  ficou surpreendido com o talento das atrizes, dos atores, cantores, acrobatas, dançarinos, músicos, instrumentistas, ao mesmo tempo dos talentosos iluminadores, da qualidade do som, dos vídeos, dos  câmeras, figurinistas, camareiras, qualidade da produção e administração, das arquitetas do espaço cênico, dos operadores das transmissões diretas por nosso site, dos protagonistas e dos coros.

Peço que vocês, público, e vocês do Condephaat, se pluguem ao nosso site para conhecer estes maravilhosos artistas de Teat(r)o Multimídia, seus nomes, suas fotos e as transmissões online dos espetáculos de Cacilda!!!, de volta a partir de 3 de outubro.

Ana Lanna, seu texto me inspirou estas noites de réplica e de Insônia, a Deusa da Vida Alerta.

Não somos do PT, mas de esquerda.

“Ser de esquerda é saber que a maioria é ninguém e a minoria é todo mundo.” – Gilles Deleuze

José Celso Martinez Corrêa

Presidente da Associação Teat(r)o Oficina Uzyna Uzona

Segunda Feira, 16 de setembro de 2013 – 2h51’

Evoé! 

Há um desentendimento absoluto entre a Associação Teatro Oficina Uzyna Uzona – que cuida do Teat(r)o Oficina há mais de 50 anos e nele realiza suas produções artísticas – e o atual Governo do Estado de São Paulo. Assim como todos que estiveram no poder pertencentes ao PSDB posterior a Franco Montoro – governador que desapropriou o Teatro Oficina em 1984 para que não fosse engolido pelo Baú da Felicidade do Grupo Silvio Santos – o atual governo não tem a menor ideia do valor histórico, artístico, arqueológico e turístico do Oficina.

O que prova esta ignorância advinda nos sucessivos governos do PSDB pós-Montoro é esta Guerra deflagrada pelo atual Governo do Estado contra o Teat(r)o Oficina com o ATO praticado pela atual Presidente do CONDEPHAAT, Ana Lucia Lanna: em vez de defender o Teatro como seu Patrimônio Cultural – objetivo do Conselho – faz como Feliciano na Comissão dos Direitos Humanos da Câmara Federal e inverte seu papel ao aprovar a construção do empreendimento da Sisan, braço da especulação imobiliária do Grupo SS, que pretende simplesmente assassinar a Obra de Arte de Lina Bardi e a vida em plena produtividade dos 60 atuadores multimídia do Teat(r)o Oficina.
O projeto das torres encaixota a Obra de Arte do “Arquiteto” Lina Bardi e impede sua complementação e sua existência de mais de 50 anos de criação de um dos mais fortes Coletivos de Teatro do Mundo desde o Século XX até hoje, 2013.
Além do mais pretende entregar o entorno tombado do Teatro Oficina pelo próprio CONDEPHAAT em 1983, na gestão do geógrafo Azis Ab’Saber, do pianista João Carlos Martins, tendo como autor do Laudo Técnico de Tombamento o artista, homem de teatro e arquiteto Flávio Império.

Simulação das edificações autorizadas pelo CONDEPHAAT no entorno do Oficina (destacado em vermelho)

Simulação das edificações autorizadas pelo CONDEPHAAT no entorno do Oficina (destacado em vermelho)

O empreendimento da Sisan foi aprovado em uma reunião obscura, em maio deste ano, com votos de apenas 13 dos 24 conselheiros, e um texto reles e mal escrito, incomparável com os laudos de seus antecessores acima mencionados e mesmo com o documento da atual Presidente do IPHAN, Jurema Machado, apresentado em 24 de junho de 2010, no dia do tombamento federal do Oficina quando ela era ainda representante da UNESCO. É um dos melhores textos escritos sobre o Teat(r)o Oficina e conseguiu a aprovação unânime dos membros daquele conselho.

A aprovação do parecer de Jurema termina com as diretrizes consequentes:

Considerando o Parecer da Relatora e após discussão do Conselho, foi a seguinte a decisão final:

· Pela inscrição do Teatro Oficina no Livro de Tombo Histórico e no Livro de Tombo das Belas Artes.

· Pela re-avaliação posterior, pelo IPHAN, da delimitação do entorno, tendo em vista tratar-se de bem a ser inscrito também no Livro de Belas Artes e não exclusivamente no Livro Histórico, e

· Pela manifestação, ao Ministro da Cultura, de que o Ministério e o governo federal identifiquem mecanismos que viabilizem a destinação do terreno contíguo ao Teatro Oficina para um equipamento cultural de uso público, utilizando mecanismos tais como a aquisição, a desapropriação ou a conjugação destes com instrumentos urbanísticos a serem identificados em cooperação com o Município e com o Estado de São Paulo.

A decisão do Órgão de Defesa do Patrimonio Cultural do Governo do Estado de São Paulo de assassinar o Teat(r)o Oficina e seu
entorno demonstra por si o apogeu deste desentendimento entre este Estado e o Oficina. Nunca quisemos assinar um Contrato de Permissão de Uso do Teatro Oficina a Título Precário com o Governo do Estado de São Paulo porque a própria incompreensão já revelada neste documento do Departamento Jurídico da Secretaria de Cultura não compreendia que já existíamos muito antes do Tombamento e posterior desapropriação pelo Governo Montoro.
Estas medidas jurídicas tomadas pelo Governo do Estado com o retorno da democracia e nosso retorno do Exílio imposto por este mesmo Estado no Período Militar visavam garantir nossa permanência no local que criamos: o Oficina na Rua Jaceguay 520.

Exatamente por nos tratarem desta maneira nunca assinei este documento de “Permissão de Uso a Título Precário” e nos garantimos até hoje com o Tombamento e a Desapropriação como garantia jurídica de nossa permanência por mais de 50 anos.

Durante estes últimos anos o Estado recusou uma proposta por nós feita de um Trabalho Teatral em torno de nossas relações burocráticas e jurídicas em que fiossemos personagens, assim como o Corpo Humano que trabalha na sua Administração, com o objetivo de realizar um “Convênio Exemplar” (nome da peça de Vídeo, Teatro e Debates que faríamos). No Lugar desta peça então trocamos o projeto por 4 semanas de leituras encenadas da peça “Cacilda !!!”. Fora isso não tivemos mais nada do Proprietário Estatal da Rua Jaceguay 520. Tivemos que nós mesmos fazer obras necessárias no Teatro como trocar toda a madeira da pista que já estava corroída pelos 20 anos consecutivos de uso; salvar a vida da Cezalpina plantada por Lina que nasce no nosso jardim e atravessa o muro e os vidros do Janelão que Lina criou e avança com sua generosa sombra sobre o Terreno pertencente ao grupo Silvio Santos, além de inúmeras outras obras de manutenção e consertos.
O Estado de São Paulo nos oferece somente o porteiro do Teatro, sendo que pagamos Luz, Água, Telefone, Internet, enfim todas as imensas despesas de manutenção de um Espaço Obra de Arte como o Oficina.
Depois de termos pedido há anos que regulem a situação de segurança do Teatro com o Corpo de Bombeiros – responsabilidade esta do proprietário – pois não temos saída de incêndio, a Secretaria no oferece esta monstruosidade de trancar toda esta Obra de Arte e nossa Atuação de Artistas com esta Torres e as outras por todo o Terreno, com uma saída de emergência com 1 metro e 80 cm., que ao mesmo tempo destrói o Janelão MASP criado por Lina Bardi e corta a Cezalpina plantada por ela. Nos fecha de novo sem Sol, sem ar, assim como todo o envoltório do Teatro atingindo a “Casa de Dona Yayá”, restaurada pela própria Presidente do CONDEPHAAT que aprovou estas Torres.

janela linabobardi cezalpina

A Cezalpina que atravessa o Janelão do Oficina. Foto Jennifer Glass

Mas sei que no ápice deste desentendimento e desta Guerra poderá dar-se o início de uma outra relação. Esta guerra vomita tudo que não é dito publicamente. Por decisão da Comissão de Cultura da Asssembléia Legislativa do Estado de São Paulo, o Deputado Paulo Rillo teve sua proposta de realização de uma “AUDIÊNCIA PÚBLICA” aprovada. Será no dia 5, ás 14:30h, no Teatro Oficina com a Presidente do CONDEPHAAT a propósito desta tentativa de destombamento e massacre do Teatro. A audiência teve o apoio dos Deputados do PSDB, do PC do B e de todos os Partidos enfim que compõem a Comissão de Cultura.
É um ato público em que é desejável a presença de todos os defensores deste Patrimônio: o Teatro Oficina. Os que aqui atuaram nestes 50 anos, os que aqui vieram ver e viver nossos trabalhos, o grande Público do Oficina Uzyna Uzona e todos que desejam também o Tombamento da Área Verde do Parque da Augusta e a entrada de nossa Metrópole nesta Era Ecológica Digital, portanto Pós Industrial.

Estas Torres enfartam ainda mais não somente todo BIXIGA como toda SamPã. Nesta audiência devemos tratar também do bem vindo plano de construção de moradias populares no Bairro do Bixiga pelo Governador Alckmin, mas precisamos estar certos de que não se repetirão casos como o do Teat(r)o Oficina: a derrubada dos lugares preciosos que dão a personalidade magnífica deste Bairro irmão da Lapa, hoje reconquistada no Rio de Janeiro como Espaço Cultural restaurado e frequentado por Multidões de toda Cidade.

Queremos o mesmo pro Bixiga. Estou certo que, como vivemos uma Época magnífica de transição de um Capitalismo que esgotou as reservas do Planeta e que precisa abandonar seu “ismo”, ficando com o Capital somente, para que nós todos possamos cuidar dos estragos feitos no Planeta Terra e aprender a viver de uma maneira mais culta – mais simples.

Na peça que fazemos agora, Cacilda!!!, Franco Zampari declara que a Cidade do seu tempo começava a descobrir a Indústria dos Séculos Futuros: a Cultura. E realmente ele trocou toda sua fortuna para criar a modernização do Teatro e do Cinema Brasileiro no TBC, aqui no Bixiga, e na Vera Cruz. No fim dos anos 40 e nos 50 a Burguesia Paulista deu uma Infraestrutura que é a que existe até hoje em SamPã: a Bienal, o Ibirapuera, o MAM, o Cultura Artística, o MASP.

Hoje temos o SESC. Sem Danilo Miranda essa cidade não produziria mais Teatro Arte. Mas temos que ir mais longe – a própria condição desesperadora da Metrópole Caótica e Enfartada em que vivemos precisa de mais – de uma Infraestrutura Cultural que é a da própria Vida da Cidade, de seu ar, de suas terras vazias de Torres, das Águas de seus Rios fedidos despoluídas no Fogo de uma Virada Cultural intensa de todos os 365 dias do Ano.

Talvez desse desentendimento entre o Oficina e a Cultura do Governo do Estado possa nascer uma nova compreensão do que é uma CULTURA VIVA – não sujeita às burocracias – tendo suas leis interpretadas a favor de nós todos humanos que aqui vivemos. Esta AUDIÊNCIA pode ser o início de um Marco Zero no movimento para a Cultura atravessar toda nossa vida URBANA, SUBJETIVA, MATERIAL E IMATERIAL. Talvez desse encontro comecem a germinar sementes que superem este desentendimento entre Cultura e o Peso Irracional dos Departamentos Jurídicos sem a presença do Poder Subjetivo na Interpretação das Leis.
Não há leis Pétreas. Se fosse assim não haveria necessidade de ninguém em postos como os de Preservação do Patrimônio Cultural e nas Secretarias e Ministérios da Cultura. A Intervenção do fator humano no Poder hoje é decisiva nesta nossa luta diária para não deixar que esta Cidade e este Planeta apodreçam acabando de vez com a Cultura Nova, pós industrial.

O momento exige a mudança de nós todos.

As ruas vão clamar por esta nova Independência neste 7 de setembro – Primavera de 2013.

José Celso Martinez Corrêa
Uma pessoa chamada Zé,

MERDA